A família Araújo Costa da ribeira do Acaraú provém de três irmãos portugueses Jose de Araujo Costa, Pedro de Araujo Costa, e Manuel de Araujo Sá, naturais do lugarejo rural chamado Estrufe, freguesia de Santa Lucrecia de Louro, distrito e arquidiocese de Braga, província do Minho.
Capela Santa Lucrecia de Louro-Portugal |
Na época em que ali nasceram, a freguesia de Louro pertencia ao concelho de Barcelos, mas atualmente pertence ao de Vila Nova de Famalicão, que se tornou sede concelhia a partir de 1835.
Vila Nova Famalicão-Praca D. Maria-II-Portugal |
Os três irmãos minhotos emigraram para a ribeira do Acaraú, sendo que Jose estabeleceu-se na Fazenda Lagoa Grande, perto da atual cidade de Bela-Cruz; Pedro de Araujo Costa fixou residência na Fazenda Morrinhos, no atual município cearense de igual nome; e Manoel, na fazenda Boa-Vista, durante o quarto decênio do século XVIII. Deles descende numerosa prole do Vale do Acaraú que, através de sucessivos casamentos endogamicos, constitui a família Araujo Costa e, posteriormente, Araujo ou Costa, com os sobrenomes separados.
Em suas raízes portuguesas, Araújo provém da ascendência paterna e Costa, da ascendência materna dos três irmãos emigrados.
O pai, Pedro de Araujo, e natural do lugar Camposinhos, freguesia de Viatodos, Concelho de Barcelos, e a mãe, Maria da Costa de Sá, e natural do lugar Estrufe, freguesia de Louro, concelho de Vila Nova de Famalicão, conforme comprova-se pelos dados dos registros de casa-mento e batismo que adiante serão transcritos.
Também os avós paternos, Domingos de Araujo e Maria da Costa, são originários da freguesia de Nossa Senhora da Apresentação de Viatodos (Barcelos) e os maternos, Domingos da Costa e Ângela de Sá, naturais da freguesia de Santa Lucrecia de Louro (Vila Nova da Famalicão). As duas freguesias são vizinhas, separadas pelo rio Este que desce de Espanha e banha a cidade de Braga. Ali também, as famílias Araujo, Costa e Sá entrelaçaram-se em numerosos matrimônios endogami¬cos, como pude pessoalmente verificar nos registros de assentos paroquiais que manuseei no Arquivo Distrital de Braga.
E importante observar que dentre os primeiros sesmeiros que obtiveram terras no Vale do Baixo Acarau, muitos tiveram sobrenome dessas famílias, cujos nomes completos passo a relacionar em ordem cronológica da doação de sesmarias: Leonardo de Sá (1706), Maria de Sá, mulher de Felix da Cunha Linhares (1707), Paulo Lopes da Costa (1708), Antonio Marques da Costa (1717), Custódio da Costa Araujo (1717), Domingos da Costa Araujo (1721), Francisco Peixoto de Araujo (1721).
Por outro lado, entre os mais remotos possuidores de terra, não sesmeiros, constam os mesmos sobrenomes: Ventura de Araujo Costa, Jose da Costa de Sá e Luis de Sá Costa. De todos os que encontrei com descendência registrada em documentos locais, fiz referencia no 1.° volume da «Cronologia Sobralense», com atenção especial para Jose da Costa e Sá (pag. 156), natural também de Santa Lucrecia de Louro, cuja filha Luisa da Costa casou-se com o Cap. Manuel da Cunha Linhares, de quem trato neste livro no capitulo sobre os Linhares. Era tio dos três irmãos Araujo. Como é sabido que foi ele o primeiro proprietário da Fazenda Morrinhos, infere-se que os três irmãos, seus sobrinhos, vieram para o Brasil a seu convite ou atraídos pelas noticias de suas boas condições econômicas, como atesta o inventário feito em 1746.
Do matrimonio de Pedro de Araujo e Maria da Costa e Sá, cujo texto ficou acima transcrito, nasceram nove filhos, dos quais, com exceção de Pedro e Manuel, encontrei os registros de batismo no supracitado livro da freguesia de Louro:
1º Gonçalo. Nasceu a 9 de dezembro de 1714.
2º Francisco. Nasceu a 20 de agosto de 1716. Faleceu em tenra idade.
3º Maria. Nasceu a 4 de março de 1718. Foram padrinhos de batismo de Domingos de Araujo, de Camposinhos, da freguesia de Viatodos e Antonia Martins, mulher de Antonio Gonçalves, da Nine Grande, freguesia de Viatodos.
4º Benta. Nasceu a 4 de novembro de 1719. Foram padrinhos Domingos, filho de Domingos de Araujo, de Camposinhos, freguesia de Viatodos, e Benta, filha de Domingos da Costa, de Estrufe.
5º Helena. Nasceu a 15 de abril de 1721. Foram padrinhos Matias de Araujo, filho de Domingos de Araujo, e Maria da Costa, da freguesia de Viatodos.
6º Jose. Nasceu a 30 de junho de 1724 a termo de batismo vai transcrito adiante.
7º Francisco. Nasceu a 10 de fevereiro de 1728.
8º Pedro e Manoel, cujo termos de batismos não foram por mim localizados. Talvez batizados em alguma das muitas freguesias vizinhas.
Todos os assentos de batismo encontram-se registrados no «Livro Misto n.o4, freguesia de Santa Lucrecia de Louro», guardado no Arquivo Distrital de Braga. Informei acima apenas as datas de nascimento e os nomes dos padrinhos, que denotaram parentesco com os afilhados, para fins de pesquisas ulteriores.
Três desses irmãos emigraram ainda solteiros para a Ribeira do Acarau, quando estavam na faixa dos vinte anos, portanto durante o inicio da década de 1740. Por essa época, já se encontrava na região o Cel. Jose da Costa e Sá, de quem os três irmãos eram sobrinhos maternos. Referido coronel, cujos passos procurei seguir em documentos coevos, conseguiu obter três datas de sesmarias: Uma nos riachos Taboca e Inhuçu,Serra da Ibiapaba, medindo 3x1 léguas, a 23 de dezembro de 1723; outra, no riacho das Almas, afluente do Aracatimirim, medindo 6 léguas, a 29 de setembro de 1733 a terceira, no rio Aracatimirim acima, medindo 3x1 léguas, a 11 de dezembro de 1733 Nos requerimentos que fez, o Coronel diz-se morador na Ribeira do Acaraú, embora peça sesmarias no Aracatimirim e na Ibiapaba.
Sei mais que foi casado em Pernambuco com Josefa Maria de Jesus e faleceu em viagem a Pernambuco, como consta de seu inventario, feito a 25 de setembro de 1746 no Sitio Boa Vista, ribeira do Acarau, onde residia a viúva. O casal teve a filha Luzia da Costa, que se casou com o Cap. Manoel da Cunha 'Linhares, e ainda Josefa e Ana. O Cel. Jose da Costa de Sá, e natural de Santa Lucrecia do Louro. Seu genro Manuel da Cunha Linhares e natural de Linhares, filho de Pedro Jose da Cunha e Maria da Cunha Araujo Dele falamos mais adiante.
Na descrição dos bens de raiz, do Cap. José da Costa e Sá constam uma légua de terra na Fazenda Boa Vista, cujo vaqueiro era Manuel Rodrigues; uma légua de terra no Morrinhos, cujo curador e criador era João da Silva Dutra e vaqueiro, Pedro de Araújo Costa, seu sobrinho; uma légua de terra no Morro Grande, cujo criador era Antônio Diniz Penha.
Destas informações infere-se que os três irmãos, seus sobrinhos, vieram de Portugal com a intenção de partilhar dessas terras do tio abastado. 0 capitão Jose de Araújo Costa foi inventariante no inventário do tio.
Capitão José de Araújo Costa
Dos três irmãos que imigraram para a ribeira do Acaraú, foi o que deixou maior descendência e maior cabedal de bens de fortuna. É o tronco mais prolífero da familia Araújo.
Nasceu, a 30 de junho de 1724, em Estrufe, lugarejo rural da freguesia de Louro, então do concelho de Barcelos e hoje do de Vila Nova de Famalicão. Foi batizado, com nove dias de nascido, conforme atesta o documento que passou a transcrever:
«Joseph, filho de Pedro de Araújo e de sua mulher Maria de Sá, de Estrufe desta freguesia, nasceu em os trinta de junho de mil setecentos e vinte e quatro e foi solenemente por mim batizado em ausência do Reverendo Abade em as nove de julho do dito ano. Foram padrinhos Manoel Gomes, de Vila Nova de Famalicão, e Angella de Campos, mulher de Dionísio Costa, de Estrufe desta freguesia o Pe. Antônio da Silva». (Livro Misto, nº 4, FI. 74).
José passou a infância e os anos da adolescência no convívio doméstico da aldeia de Estrufe, no fértil Vale do Louro, banhado pelo rio Este, que muitas vezes tinha que atravessar para visitar os avós residentes na outra margem.
Ali aprendeu a trabalhar no cultivo da terra e os rudimentos do ensino de então, que consistia em «ler, escrever, contar e a doutrina cristã".
As cartas, endereçada aos familiares que o tio José da Costa de Sá, enviava do Brasil com as boas noticias de prosperidade econômica, eram comentadas em casa, pelo que ele e seus irmãos sentiam-se incentivados, pela imaginação, a seguir os mesmos caminhos.
Após atingir a maioridade, os três irmãos resolveram juntar algum dinheiro e no porto vizinho de Vila do Conde embarcaram em um dos patachos que freqüentemente dali zarparam rumo a Pernambuco, em longa viagem.
Do porto do Recife ao Acaraú, e vice-versa, não faltavam sumacas especialmente nessa época de início do efervescente comércio das charqueadas. Foi em um destes paquetes, que eles chegaram às praias acarauenses. O restante da viagem, daí até a Fazenda Boa Vista do tio Cel. José da Costa de Sá, foi rematada a cavalo.
Pouco tempo depois, com o falecimento do tio em 1745, cada um dos sobrinhos procurou viver por conta própria. José de Araújo Costa obteve a fazenda Lagoa Grande, comprada ao casal Sebastião de Sá e Oliveira e sua mulher Maria Teresa de Jesus, medindo 1x1 légua, às margens do rio Acaraú até confrontar, ao poente, com terras da capela de Santa Cruz.
A cerimônia religiosa foi realizada, a 31 de julho de 1747, na própria Lagoa Grande, conforme verifica-se do assento que se encontra no livro do Curato do Acaraú, guardado no Arquivo da Diocese de Sobral.
Por outro lado, entre os mais remotos possuidores de terra, não sesmeiros, constam os mesmos sobrenomes: Ventura de Araujo Costa, Jose da Costa de Sá e Luis de Sá Costa. De todos os que encontrei com descendência registrada em documentos locais, fiz referencia no 1.° volume da «Cronologia Sobralense», com atenção especial para Jose da Costa e Sá (pag. 156), natural também de Santa Lucrecia de Louro, cuja filha Luisa da Costa casou-se com o Cap. Manuel da Cunha Linhares, de quem trato neste livro no capitulo sobre os Linhares. Era tio dos três irmãos Araujo. Como é sabido que foi ele o primeiro proprietário da Fazenda Morrinhos, infere-se que os três irmãos, seus sobrinhos, vieram para o Brasil a seu convite ou atraídos pelas noticias de suas boas condições econômicas, como atesta o inventário feito em 1746.
Do matrimonio de Pedro de Araujo e Maria da Costa e Sá, cujo texto ficou acima transcrito, nasceram nove filhos, dos quais, com exceção de Pedro e Manuel, encontrei os registros de batismo no supracitado livro da freguesia de Louro:
1º Gonçalo. Nasceu a 9 de dezembro de 1714.
2º Francisco. Nasceu a 20 de agosto de 1716. Faleceu em tenra idade.
3º Maria. Nasceu a 4 de março de 1718. Foram padrinhos de batismo de Domingos de Araujo, de Camposinhos, da freguesia de Viatodos e Antonia Martins, mulher de Antonio Gonçalves, da Nine Grande, freguesia de Viatodos.
4º Benta. Nasceu a 4 de novembro de 1719. Foram padrinhos Domingos, filho de Domingos de Araujo, de Camposinhos, freguesia de Viatodos, e Benta, filha de Domingos da Costa, de Estrufe.
5º Helena. Nasceu a 15 de abril de 1721. Foram padrinhos Matias de Araujo, filho de Domingos de Araujo, e Maria da Costa, da freguesia de Viatodos.
6º Jose. Nasceu a 30 de junho de 1724 a termo de batismo vai transcrito adiante.
7º Francisco. Nasceu a 10 de fevereiro de 1728.
8º Pedro e Manoel, cujo termos de batismos não foram por mim localizados. Talvez batizados em alguma das muitas freguesias vizinhas.
Todos os assentos de batismo encontram-se registrados no «Livro Misto n.o4, freguesia de Santa Lucrecia de Louro», guardado no Arquivo Distrital de Braga. Informei acima apenas as datas de nascimento e os nomes dos padrinhos, que denotaram parentesco com os afilhados, para fins de pesquisas ulteriores.
Três desses irmãos emigraram ainda solteiros para a Ribeira do Acarau, quando estavam na faixa dos vinte anos, portanto durante o inicio da década de 1740. Por essa época, já se encontrava na região o Cel. Jose da Costa e Sá, de quem os três irmãos eram sobrinhos maternos. Referido coronel, cujos passos procurei seguir em documentos coevos, conseguiu obter três datas de sesmarias: Uma nos riachos Taboca e Inhuçu,Serra da Ibiapaba, medindo 3x1 léguas, a 23 de dezembro de 1723; outra, no riacho das Almas, afluente do Aracatimirim, medindo 6 léguas, a 29 de setembro de 1733 a terceira, no rio Aracatimirim acima, medindo 3x1 léguas, a 11 de dezembro de 1733 Nos requerimentos que fez, o Coronel diz-se morador na Ribeira do Acaraú, embora peça sesmarias no Aracatimirim e na Ibiapaba.
Sei mais que foi casado em Pernambuco com Josefa Maria de Jesus e faleceu em viagem a Pernambuco, como consta de seu inventario, feito a 25 de setembro de 1746 no Sitio Boa Vista, ribeira do Acarau, onde residia a viúva. O casal teve a filha Luzia da Costa, que se casou com o Cap. Manoel da Cunha 'Linhares, e ainda Josefa e Ana. O Cel. Jose da Costa de Sá, e natural de Santa Lucrecia do Louro. Seu genro Manuel da Cunha Linhares e natural de Linhares, filho de Pedro Jose da Cunha e Maria da Cunha Araujo Dele falamos mais adiante.
Na descrição dos bens de raiz, do Cap. José da Costa e Sá constam uma légua de terra na Fazenda Boa Vista, cujo vaqueiro era Manuel Rodrigues; uma légua de terra no Morrinhos, cujo curador e criador era João da Silva Dutra e vaqueiro, Pedro de Araújo Costa, seu sobrinho; uma légua de terra no Morro Grande, cujo criador era Antônio Diniz Penha.
Destas informações infere-se que os três irmãos, seus sobrinhos, vieram de Portugal com a intenção de partilhar dessas terras do tio abastado. 0 capitão Jose de Araújo Costa foi inventariante no inventário do tio.
Capitão José de Araújo Costa
Dos três irmãos que imigraram para a ribeira do Acaraú, foi o que deixou maior descendência e maior cabedal de bens de fortuna. É o tronco mais prolífero da familia Araújo.
Nasceu, a 30 de junho de 1724, em Estrufe, lugarejo rural da freguesia de Louro, então do concelho de Barcelos e hoje do de Vila Nova de Famalicão. Foi batizado, com nove dias de nascido, conforme atesta o documento que passou a transcrever:
«Joseph, filho de Pedro de Araújo e de sua mulher Maria de Sá, de Estrufe desta freguesia, nasceu em os trinta de junho de mil setecentos e vinte e quatro e foi solenemente por mim batizado em ausência do Reverendo Abade em as nove de julho do dito ano. Foram padrinhos Manoel Gomes, de Vila Nova de Famalicão, e Angella de Campos, mulher de Dionísio Costa, de Estrufe desta freguesia o Pe. Antônio da Silva». (Livro Misto, nº 4, FI. 74).
José passou a infância e os anos da adolescência no convívio doméstico da aldeia de Estrufe, no fértil Vale do Louro, banhado pelo rio Este, que muitas vezes tinha que atravessar para visitar os avós residentes na outra margem.
Ali aprendeu a trabalhar no cultivo da terra e os rudimentos do ensino de então, que consistia em «ler, escrever, contar e a doutrina cristã".
As cartas, endereçada aos familiares que o tio José da Costa de Sá, enviava do Brasil com as boas noticias de prosperidade econômica, eram comentadas em casa, pelo que ele e seus irmãos sentiam-se incentivados, pela imaginação, a seguir os mesmos caminhos.
Após atingir a maioridade, os três irmãos resolveram juntar algum dinheiro e no porto vizinho de Vila do Conde embarcaram em um dos patachos que freqüentemente dali zarparam rumo a Pernambuco, em longa viagem.
Do porto do Recife ao Acaraú, e vice-versa, não faltavam sumacas especialmente nessa época de início do efervescente comércio das charqueadas. Foi em um destes paquetes, que eles chegaram às praias acarauenses. O restante da viagem, daí até a Fazenda Boa Vista do tio Cel. José da Costa de Sá, foi rematada a cavalo.
Pouco tempo depois, com o falecimento do tio em 1745, cada um dos sobrinhos procurou viver por conta própria. José de Araújo Costa obteve a fazenda Lagoa Grande, comprada ao casal Sebastião de Sá e Oliveira e sua mulher Maria Teresa de Jesus, medindo 1x1 légua, às margens do rio Acaraú até confrontar, ao poente, com terras da capela de Santa Cruz.
Igreja de Bela Cruz-Ce |
Homem trabalhador, em pouco tempo conseguiu razoável fortuna, tratando logo de contrair matrimônio. Escolheu por noiva a jovem Brites de Vasconcelos, nascida em 1724 em Igaraçu, Pernambuco, filha do Capitão Manoel Vaz Carrasco de Sá, seus vizinhos.
A cerimônia religiosa foi realizada, a 31 de julho de 1747, na própria Lagoa Grande, conforme verifica-se do assento que se encontra no livro do Curato do Acaraú, guardado no Arquivo da Diocese de Sobral.
Deste matrimônio houve onze filhos, a saber:
1-Alferes Anselmo de Araújo Costa, c.c Francisca dos Santos Xavier, natural do Recife, filha de Manoel Gomes Diniz e Josefa Maria dos Santos, a 30 de maio de 1769. Faleceu a 13 de setembro de 1795. Esta Josefa Maria dos Santos, sogra de Anselmo, é irmã inteira de Pe. Antônio Pereira Porto e irmã, por parte de mãe, do Pe. Francisco Vaz Leite, que foi vigário de São Gonçalo da Serra dos Cocos e faleceu em Sobral a 4 de setembro de 1775 Josefa Maria, tendo viuvado de Manoel Gomes Diniz, casou-se com o alferes Geraldo Gonçalves Moreira.
2-Maria Madalena de Sá. c.c Inácio Bezerra de Menezes, filho de Gonçalo João Coimbra e Cosma de Melo Moura, a 17 de abril de 1774. Inácio faleceu a 21 de janeiro de 1781.
3-Francisca de Araújo Costa, c.c Capitão-mor Inácio Gomes Parente, portugês natural de São Martinho de Mouros, Lamego, filho de Manoel Gomes e Catarina Lopes, a 24 de novembro de 1777. Francisca faleceu a 8 de abril de 1826. O viúvo Inácio casou-se, segunda vez, com Maria Joaquina das Silva, a 19 de agosto de 1830 e faleceu a 13 de abril de 1838, com 96 anos de idade.
4- Ana Maria de Jesus, c.c o alferes João de Sousa Uchoa, filho de Luis de Sousa Xerez e Ana Teresa de Albuquerque, de Olinda, a 15 de agosto de 1771. Faleceu a 5 de agosto de 1792. O viúvo João de Sousa casou-se, segunda vez, com Ana Sebastiana de Almeida, filha de Inácio Leite Meireles e Inácia de Almeida.
5-Anastácia de Sá Araújo, c.c o português João Francisco Perfeito, filho de Manoel Francisco Perfeito e Ana Luisa dos Santos, a 3 de fevereiro de 1789. Sem sucessão, João Francisco faleceu a 12 de setembro de 1806, com 36 anos.
6-Antônia Maria da Purificação, c.c Paulo Joaquim de Medeiros, filho de Domingos Álvares de Magalhães e Clara da Silva Medeiros, a 14 de fevereiro de 1778. Paulo Joaquim faleceu a 31 de julho de 1794. Deixou cinco filhos menores.
7-Maria da Encarnação, nascida a 30 de janeiro de 1760, c.c Bernardo Pereira de Carvalho, filho de Tomás da Silva Porto e Nicácia Alves Pereira, a 14 de novembro de 1777.
8- Cap. Diogo Lopes de Araújo Costa, nascido a 8 de março de 1761. Viveu maritalmente com três mulheres sucessivas: Antônia Maria do Rosário Maria Rodrigues de Sousa e Maria Egipicíaca da Fonseca. Com esta última parece que realizou matrimônio de consciência pois ela consta do inventário como herdeira meeira. O Capitão Diogo Lopes faleceu a 18 de setembro de 1838.
9- Rita Teresa de Jesus, nascida a 21 de janeiro de 1764, c.c José Álvares Linhares, filho de Antônio Álvares Linhares e Inês Madeira de Vasconcelos, a 8 de julho de 1781. Residiam no Mumbaba, Massapê. José Álvares faleceu a 16 de outubro de 1800 e Rita, a 19 de junho de 1828.
10-Maria Quitéria de Araújo, nascida em 1765, c.c Narcisio Lopes de Aguiar, filho de Nicácio Aguiar Silva e Micaela da Silva Medeiros, a 25 de janeiro de 1796. Narcísio faleceu a 18 de fevereiro de 1840.
11-Francisco Xavier Sales Araújo, nascido a 13 de dezembro de 1768, c.c Francisca Alves Feitosa, filha de Luis Vieira de Sousa e Ana Alves Feitosa, na freguesia de S. Gonçalo da Serra dos Cocos. Sobre sua descendência, cfr. “Tratado Genealógico da Familia Feitosa”, de Leonardo Feitosa, Fortaleza, IOCE, 1985, p. 258 e 266.
As oito filhas de José de Araújo Costa casaram com rapazes oriundos das mais ilustres famílias da região, enquanto os três filhos consociaram-se com moças mais modestas e alienígenas.
Especial é o caso do Capitão Diogo Lopes de Araújo Costa, o tronco mais prolífero, que legitimou, em seu inventário, 16 filhos nascidos de três mulheres solteiras: Antônia Maria do Rosário, Maria Rodrigues de Sousa e Maria Egipicíaca da Fonseca. Com esta última, conhecida popularmente pela corruptela se Sicíaca, contraiu matrimônio de consciência após haver cegado, pois no mesmo inventário ela costa como herdeira meeira, o que não seria possível sem a cerimônia oficial, embora sigilosa. Sobre a vida lendária e aventureira desse capitão, pode-se ler o livro “Capitão Diogo Lopes”, de autoria de Nicodemos Araújo, publicado em 1978 pela Imprensa Universitária da UFC.
No livro de assentos batismais da freguesia de Sobral, nº 19, referente aos anos de 1822 a 1825, fl. 53, há registro do batismo de Vicente, “filho de Diogo Lopes Araújo e Maria Egipícíaca da Fonseca” e nascimento em fevereiro de 1822. Em datas anteriores, aparecem registros de batismo de outros filhos de Maria Sicíaca, com o nome do pai e com a expressa consignação de “filho natural”. Como vários destes filhos não constam da relação do inventário, conclui-se que os dezesseis legitimados
Foram tão somente os que sobreviveram, havendo quase outros tantos que faleceram em tenra idade.
Com o passar dos anos, José de Araújo Costa foi adquirido muitos bens de raiz e boa projeção social, tendo obtido a patente de Capitão do Terço de Auxiliar das Marinhas da Ribeira do Acaraú.
A 5 de julho de 1773, festa da instalação da Vila de Sobral, aí se encontra e assina a ata oficial daquele evento na Barra do Acaraú. A 1º de agosto de 1775, na sessão da Câmara de Sobral, é eleito vereador, mas não compareceu à posse realizada a 1 de janeiro doa no seguinte. Tendo renunciado da função sob a alegativa de enfermidade, em seu lugar foi escolhido Polinardo Caetano César de Ataíde, na eleição de barrete do dia 1º de junho.
Com o nascimento e crescimento dos netos, o capitão foi pouco a pouco dedicando-se mais aos cuidados familiares de avô afetuoso, entregando os misteres de suas muitas ao zelo direto dos filhos.
A morte prematura de seu genro Inácio Bezerra de Menezes, ocorrida á 21 de janeiro de 1781, deixando sua filha mais velha Maria Madalena em estado de viuvez recolhida à casa paterna, abateu-lhe profundo mente,o ânimo.
1-Alferes Anselmo de Araújo Costa, c.c Francisca dos Santos Xavier, natural do Recife, filha de Manoel Gomes Diniz e Josefa Maria dos Santos, a 30 de maio de 1769. Faleceu a 13 de setembro de 1795. Esta Josefa Maria dos Santos, sogra de Anselmo, é irmã inteira de Pe. Antônio Pereira Porto e irmã, por parte de mãe, do Pe. Francisco Vaz Leite, que foi vigário de São Gonçalo da Serra dos Cocos e faleceu em Sobral a 4 de setembro de 1775 Josefa Maria, tendo viuvado de Manoel Gomes Diniz, casou-se com o alferes Geraldo Gonçalves Moreira.
2-Maria Madalena de Sá. c.c Inácio Bezerra de Menezes, filho de Gonçalo João Coimbra e Cosma de Melo Moura, a 17 de abril de 1774. Inácio faleceu a 21 de janeiro de 1781.
3-Francisca de Araújo Costa, c.c Capitão-mor Inácio Gomes Parente, portugês natural de São Martinho de Mouros, Lamego, filho de Manoel Gomes e Catarina Lopes, a 24 de novembro de 1777. Francisca faleceu a 8 de abril de 1826. O viúvo Inácio casou-se, segunda vez, com Maria Joaquina das Silva, a 19 de agosto de 1830 e faleceu a 13 de abril de 1838, com 96 anos de idade.
4- Ana Maria de Jesus, c.c o alferes João de Sousa Uchoa, filho de Luis de Sousa Xerez e Ana Teresa de Albuquerque, de Olinda, a 15 de agosto de 1771. Faleceu a 5 de agosto de 1792. O viúvo João de Sousa casou-se, segunda vez, com Ana Sebastiana de Almeida, filha de Inácio Leite Meireles e Inácia de Almeida.
5-Anastácia de Sá Araújo, c.c o português João Francisco Perfeito, filho de Manoel Francisco Perfeito e Ana Luisa dos Santos, a 3 de fevereiro de 1789. Sem sucessão, João Francisco faleceu a 12 de setembro de 1806, com 36 anos.
6-Antônia Maria da Purificação, c.c Paulo Joaquim de Medeiros, filho de Domingos Álvares de Magalhães e Clara da Silva Medeiros, a 14 de fevereiro de 1778. Paulo Joaquim faleceu a 31 de julho de 1794. Deixou cinco filhos menores.
7-Maria da Encarnação, nascida a 30 de janeiro de 1760, c.c Bernardo Pereira de Carvalho, filho de Tomás da Silva Porto e Nicácia Alves Pereira, a 14 de novembro de 1777.
8- Cap. Diogo Lopes de Araújo Costa, nascido a 8 de março de 1761. Viveu maritalmente com três mulheres sucessivas: Antônia Maria do Rosário Maria Rodrigues de Sousa e Maria Egipicíaca da Fonseca. Com esta última parece que realizou matrimônio de consciência pois ela consta do inventário como herdeira meeira. O Capitão Diogo Lopes faleceu a 18 de setembro de 1838.
9- Rita Teresa de Jesus, nascida a 21 de janeiro de 1764, c.c José Álvares Linhares, filho de Antônio Álvares Linhares e Inês Madeira de Vasconcelos, a 8 de julho de 1781. Residiam no Mumbaba, Massapê. José Álvares faleceu a 16 de outubro de 1800 e Rita, a 19 de junho de 1828.
10-Maria Quitéria de Araújo, nascida em 1765, c.c Narcisio Lopes de Aguiar, filho de Nicácio Aguiar Silva e Micaela da Silva Medeiros, a 25 de janeiro de 1796. Narcísio faleceu a 18 de fevereiro de 1840.
11-Francisco Xavier Sales Araújo, nascido a 13 de dezembro de 1768, c.c Francisca Alves Feitosa, filha de Luis Vieira de Sousa e Ana Alves Feitosa, na freguesia de S. Gonçalo da Serra dos Cocos. Sobre sua descendência, cfr. “Tratado Genealógico da Familia Feitosa”, de Leonardo Feitosa, Fortaleza, IOCE, 1985, p. 258 e 266.
As oito filhas de José de Araújo Costa casaram com rapazes oriundos das mais ilustres famílias da região, enquanto os três filhos consociaram-se com moças mais modestas e alienígenas.
Especial é o caso do Capitão Diogo Lopes de Araújo Costa, o tronco mais prolífero, que legitimou, em seu inventário, 16 filhos nascidos de três mulheres solteiras: Antônia Maria do Rosário, Maria Rodrigues de Sousa e Maria Egipicíaca da Fonseca. Com esta última, conhecida popularmente pela corruptela se Sicíaca, contraiu matrimônio de consciência após haver cegado, pois no mesmo inventário ela costa como herdeira meeira, o que não seria possível sem a cerimônia oficial, embora sigilosa. Sobre a vida lendária e aventureira desse capitão, pode-se ler o livro “Capitão Diogo Lopes”, de autoria de Nicodemos Araújo, publicado em 1978 pela Imprensa Universitária da UFC.
No livro de assentos batismais da freguesia de Sobral, nº 19, referente aos anos de 1822 a 1825, fl. 53, há registro do batismo de Vicente, “filho de Diogo Lopes Araújo e Maria Egipícíaca da Fonseca” e nascimento em fevereiro de 1822. Em datas anteriores, aparecem registros de batismo de outros filhos de Maria Sicíaca, com o nome do pai e com a expressa consignação de “filho natural”. Como vários destes filhos não constam da relação do inventário, conclui-se que os dezesseis legitimados
Foram tão somente os que sobreviveram, havendo quase outros tantos que faleceram em tenra idade.
Com o passar dos anos, José de Araújo Costa foi adquirido muitos bens de raiz e boa projeção social, tendo obtido a patente de Capitão do Terço de Auxiliar das Marinhas da Ribeira do Acaraú.
A 5 de julho de 1773, festa da instalação da Vila de Sobral, aí se encontra e assina a ata oficial daquele evento na Barra do Acaraú. A 1º de agosto de 1775, na sessão da Câmara de Sobral, é eleito vereador, mas não compareceu à posse realizada a 1 de janeiro doa no seguinte. Tendo renunciado da função sob a alegativa de enfermidade, em seu lugar foi escolhido Polinardo Caetano César de Ataíde, na eleição de barrete do dia 1º de junho.
Com o nascimento e crescimento dos netos, o capitão foi pouco a pouco dedicando-se mais aos cuidados familiares de avô afetuoso, entregando os misteres de suas muitas ao zelo direto dos filhos.
A morte prematura de seu genro Inácio Bezerra de Menezes, ocorrida á 21 de janeiro de 1781, deixando sua filha mais velha Maria Madalena em estado de viuvez recolhida à casa paterna, abateu-lhe profundo mente,o ânimo.
A 28 de julho de 1790, novo golpe veio a sofrer com o falecimento da jovem e bonita Inácia, de 18 anos, pois nasceu a 15 de julho de 1772, filha de sua filha Ana Maria, mulher de João de Sousa Uchoa, sepultada na capela de Santana. Ele próprio, entre lágrimas de saudade, acompanhou o cadáver da neta em demorada e dolorosa viagem a cavalo. No ano seguinte, era ele próprio que morria, aos 67 anos de idade. Faleceu na noite de 3 a 4 de agosto de 1791, reconfortado com os sacramentos da Igreja e sem ter tido tempo para escrever testamento. Seu corpo foi sepultado no chão da capela de Santa Cruz, onde está a esperar pela ressurreição. Exatamente um ano depois, a 5 de agosto de 1792, falecia sua filha Ana Maria, mãe da bondosa e bonita Inácia, cujo desaparecimento abalou tanto a saúde do avô e da mãe.
A viúva Brites de Vasconcelos, então com 67 anos, não suportando o ambiente tristonho da fazenda Lagoa Grande, transferiu definitivamente residência para o Sítio São José, de sua propriedade, sobra a serra da Meruoca, onde no ano seguinte assistiu à feitura do inventário do esposo e ali permaneceu até à morte, ocorrida a 10 de fevereiro de 1814, quando atingira os noventa anos de existência heróica e cristãmente vivida. Seu corpo foi inumado no solo da Matriz de Sobral, onde também aguarda a graça da ressurreição.
PEDRO DE ARAÚJO COSTA
Segundo dos três irmãos, Pedro de Araújo Costa fixou residência na fazenda Morrinhos, antiga propriedade de seu tio José da Costa e Sá.
Segundo dos três irmãos, Pedro de Araújo Costa fixou residência na fazenda Morrinhos, antiga propriedade de seu tio José da Costa e Sá.
Igreja Morrinhos-Ce |
Casou-se, em 1780, com Maria José de Jesus, filha de Quintiliano Dias Leitão e Bibiana Ferreira. Esta é filha de Manoel Ferreira Fonteles, (Adão do Vale do Acaraú, de quem trata um dos capítulos deste livro.
Do matrimônio de Pedro de Araújo Costa e Maria José de Jesus, nasceram os seguintes filhos:
1 - Joaquim de Araújo Costa, c.c. Joana Maria do Nascimento, filha de Antonio Soares Bulcão e Teodora Inácia de Menezes, a 20 de setembro de 1805. O casal passou a residir na fazenda Sabuba. Joaquim é trisavô paterno do autor deste livro e faleceu a 6 de agosto de 1863.
2 - Francisco de Araújo Costa, c.c. Rita Madeira de Vasconcelos, filha de Joaquim Reis Gomes e Antonia Maria do Espírito Santo, a 6 de agosto de 1811.
Tendo viuvado, Rita Madeira casou-se, segunda vez, com Antonio Januário Unhares, filho de Francisco Antonio Unhares e Maria Manuela da Conceição, a 20 de novembro de 1820.
3 - Emerência de Araújo, c.c. o português Domingos Dias Silva, filho de Cosme Gomes e Maria do Rosário, a 31 de janeiro de 1808, na capela de Almofala, na presença do Pe. Francisco Moreira de Sousa.
4 - Francisca de Araújo Costa, c.c. José da Silveira Outra, filho de João da Silveira Outra e sua segunda mulher Maria da Conceição Araújo, a 20 de novembro de 1814, na Matriz de Sobra!.
Terceiro dos três irmãos Araújo Costa, residia na fazenda Boa Vista, onde casou-se, a 6 de maio de 1753, com Ana Maria, filha de Jerônimo Fernandes Jorge e Mariana Barbosa Álvares. Não consta ter deixado descendência na região.
A familia Araújo Costa, de que vimos falando até agora, descende dos irmãos acima descritos e é natural da freguesia portuguesa de Louro, concelho de Vila Nova de Famalicão. Não deve ser confundida com outra familia, a dos Costa Araújos, descendentes do Tenente-coronel Custódio da Costa Araújo, português natural da freguesia de São João de Rei, do concelho de Póvoa de Lanhoso, onde nasceu em 1699. Emigrou para o Brasil e se fixou em Olinda, onde casou-se com Teresa de Jesus Maria.
Este casal teve um filho homônimo, Capitão da Costa Araújo, que migrou de Pernambuco para a ribeira do Acaraú, tendo casado na Matriz Caiçara (Sobral),a 6 de novembro de 1760, com Cosma Damiana do Espírito Santo, filha de Manuel Carneiro Rios e Maria do Livramento.
Deste casal, por sua vez,nasceu um outro Custódio,terceira do nome que para diferençar do pai e do avô homônimos, chamou-se Capitão Custódio de Araujo Costa, com os sobrenomes trocados. Este casou-se com Bárbara Maria da Soledade, filha de Domingos Rodrigues Lima
Maria da Soledade Araujo,e dele tratei-na «Cronologia Sobralense», vol. 2°., pág.41
Há muitos outros descentes dessa família que tomaram nome de custódio, de tal modo que chegou a ser sobrenome, mas também difere dos Custódios de Azevedo, do Aprazível, que são originários da freguesia portuguesa de Barqueiros, concelho de Barcelos.
Fonte: Raizes Portuguesas do Vale do Acaraú-Pe Sadoc de Araújo
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