sábado, 2 de abril de 2011

O leitor brasileiro na visão de nossos escritores clássicos

Publicado em 1º de março de 2011
Juliana Carvalho
Professora e redatora
Em continuação ao tema explorado no minicurso Literatura, Ensino e Divulgação Cultural, oferecido pela professora doutora Muna Omram na UFF, sobre o qual falamos aqui na edição de 4 de janeiro de 2011, a formação do leitor brasileiro mereceu especial atenção. Para Antonio Candido, faz pouco tempo que as obras nacionais trabalham com base no sistema literário autor – obra – público. Para o historiador, a literatura deve valorizar um esquema comunicativo mais completo, que não isole o autor em sua produção, mas coloque-o em diálogo com outros autores, adeptos ou não da mesma tendência. Durante muito tempo, o que vimos foi uma produção literária mais ou menos consciente de seu papel e que renegava o leitor a um papel secundário. Para esses autores, o papel do leitor era apenas ocupar um lugar de destaque como receptor privilegiado dessas obras.

Formação do público leitor no Brasil

A figura do leitor começa a aparecer na produção literária nacional no Romantismo. Os autores românticos se posicionavam como professores desses leitores. Em Memórias de um Sargento de Milícias, Manuel Antônio de Almeida parece conduzir o leitor pela mão, sempre recapitulando uma ação do capítulo anterior:

Os leitores devem estar lembrados de que o nosso antigo conhecido, de quem por algum tempo nos temos esquecido, o Leonardo Pataca, apertara-se em laços amorosos com a filha da comadre e que com ela vivia em santa e honesta paz. Pois este viver santo e honesto deu, em tempo oportuno, o seu resultado. Chiquinha (era este o nome da filha da comadre) achou-se de esperanças e pronta a dar à luz.
José de Alencar fornece ao leitor uma formação engajada com o projeto político e ideológico do Romantismo na primeira geração, representado pelo indianismo. Esse projeto pretendia, por meio da literatura, fundamentar os alicerces para a construção de uma nação ideal:

O que melhor do que a história de Peri para despertar o furor nacionalista que parecia adormecido no inconsciente coletivo — na juventude brasileira que ansiosa aguardava a chegada do trem transportando as páginas folhetinescas? O sentimento solidário agrupava jovens para uma leitura em voz alta a favor de quem não possuía um exemplar.

A mais conhecida razão para a escolha do índio como herói nacional foi a resistência que impuseram aos portugueses. Mas José de Alencar tenta desmentir isso nas primeiras linhas de Iracema. A luta apresentada quando Iracema se encontra com o branco é breve e apenas consequência de um reflexo de defesa contra um estranho. Mas ao disparar sua flecha e ferir o guerreiro, logo sente remorso. Este, ao contrário, “de primeiro ímpeto, a mão lesta caiu sobre a cruz da espada; mas logo sorriu. O moço guerreiro aprendeu na religião de sua mãe, onde a mulher é símbolo de ternura e amor. Sofreu mais d’alma que da ferida” .

Um pouco mais distante dos temas políticos, Machado de Assis tomou para si a missão de fornecer cultura ao leitor. São muitos exemplos, mas o conto Missa do Galo apresenta isso de forma bem clara. Observe o trecho em que Nogueira fala a Conceição (e ao leitor) sobre o romance que está lendo:

Tinha comigo um romance, Os Três Mosqueteiros, velha tradução, creio do Jornal do Comércio. Sentei-me à mesa que havia no centro da sala, e à luz de um candeeiro de querosene, enquanto a casa dormia, trepei ainda uma vez ao cavalo magro de D'Artagnan e fui-me às aventuras. Dentro em pouco estava completamente ébrio de Dumas (...).

— Que é que estava lendo? Não diga, já sei, é o romance dos Mosqueteiros.
— Justamente: é muito bonito.
— Gosta de romances?
— Gosto.
— Já leu A Moreninha?
— Do Dr. Macedo? Tenho lá em Mangaratiba.
— Eu gosto muito de romances, mas leio pouco, por falta de tempo. Que romances é que você tem lido?
Comecei a dizer-lhe os nomes de alguns.

Já o conto A Cartomante tem início com uma citação de Shakespeare:

Hamlet observa a Horácio que há mais cousas no céu e na terra do que sonha a nossa filosofia. Era a mesma explicação que dava a bela Rita ao moço Camilo, numa sexta-feira de novembro de 1869, quando este ria dela, por ter ido na véspera consultar uma cartomante; a diferença é que o fazia por outras palavras.
Além de sugerir listas de livros, peças, concertos e obras culturais às quais o indivíduo deve ter acesso para adquirir formação ampla, outro recurso usado por Machado de Assis é aproximar-se do leitor, fazendo-o sentir-se parte da história. Em Dom Casmurro, no capítulo 10, chama o leitor de amigo para convencê-lo:

Eu, leitor amigo, aceito a teoria do meu velho Marcolini, não só pela verossimilhança, que é muita vez toda a verdade, mas porque a minha vida se casa bem à definição, cantei um duo terníssimo, depois um trio, depois um quatuor... Mas não adiantemos; vamos à primeira tarde, em que eu vim a saber que já cantava, porque a denúncia de José Dias, meu caro leitor, foi dada principalmente a mim.

Ao ser convidado a compartilhar os pensamentos e atitudes do narrador, o leitor é levado a refletir e tomar partido na narrativa. No caso da história narrada por Bentinho, o leitor decide se acredita na veracidade dos fatos ou não. Machado tenta claramente seduzir o leitor chamando-o de amigo ou tratando-o com cordialidade, mas o considera inapto para entender as sutilezas da linguagem. Talvez por isso Capitu não tenha sido condenada pelo autor, mas sim pelo público.

Shakespeare volta a ser referência, se observarmos a estrutura e as semelhanças entre os perfis de Bentinho e Otelo. Bentinho, assim como Otelo, também reflete desajuste social, sendo descrito como um sujeito manipulado e sem decisões próprias. Fruto da autoridade matriarcal e da acomodação burguesa, vê em Capitu uma figura cuja força, exuberância e firmeza de atitude são capazes de subjugar sua própria identidade. Ambos viram como solução para a suposta infidelidade a morte de suas esposas. Otelo, em sua personalidade mais sanguínea, parte para o ato evidente, estrangulando Desdêmona, reparando sua honra numa atitude totalmente movida pela emoção, chegando à insanidade. Já Bentinho, um homem que prezava as convenções sociais, buscou solução mais racional, embora covarde, em ignorar Capitu, retirando-a aos poucos de seu convívio. O assassinato pode ser entendido na própria narrativa, em que Dom Casmurro, quase que por descuido, deixa escapar que ela morreu na Europa, sem uma observação mais relevante, distante dele e já há muito de seu coração.

No século XX, Lima Barreto cria uma personagem leitora, o major Policarpo Quaresma, que se eleva quando transforma em ideal o conteúdo de suas leituras. Ainda assim, o autor apenas indica uma lista extensa de obras, sem oferecer nenhuma explicação sobre sua importância. Isso evidencia o desprezo ao leitor presente na literatura brasileira em geral até então.

Mário de Andrade, em seu livro Amar, verbo intransitivo, conta com a ajuda do leitor na medida em que este, ao ler um texto, estabelece conexões implícitas, preenche lacunas, faz deduções, comprova suposições, e tudo isso significa o uso de um conhecimento de mundo em geral e das “regras” literárias em particular. Partindo desse princípio, o autor constrói uma obra cheia de lacunas, em que é solicitado o trabalho do leitor para interpretá-las. Apesar disso, ainda não há diálogo. O leitor realiza seu trabalho de interpretação já com base nas pistas oferecidas pelo autor, que direciona a leitura.

O conceito de metanarrativa permite ao autor guiar o leitor por meio de uma sucessão de lacunas ao fim das quais ele terá reconstruído o texto segundo a intenção do autor. A obra apresenta pistas que balizam as interpretações. A consciência de que há uma regra de montagem é que nos leva a fazê-lo corretamente.

A obra apresenta um narrador onipresente e onisciente, que interrompe a história para comunicar ao leitor que o que ali está em palavras não é algo inventado, mas efetivamente um relato. O leitor, a par das impossibilidades típicas do relato, como a onisciência e onipresença autoral, aceita a tarefa de contextualizar a ficção e torná-la verossímil. Existe uma intenção clara que solicita a cooperação do leitor, mas não se predispõe a dividir com ele o trabalho de autoria.

Talvez o primeiro autor dentro da literatura brasileira que realmente convide o leitor para ajudá-lo na construção de sua obra é Graciliano Ramos. São Bernardo, aclamado no meio acadêmico, apresenta um narrador que dialoga com o leitor com base em sua maturidade. O leitor passa a ser produtor e operário, com base no sistema de produção capitalista. Desde o início de São Bernardo, o protagonista compartilha com o leitor o processo de elaboração da obra, questiona sobre a linguagem a ser empregada, a divisão dos capítulos. Esses traços metalinguísticos tornam a obra ainda mais complexa; esse estilo pode oferecer pistas para compreender Paulo Honório, que compartilha conosco suas memórias. Já no início do livro percebemos a intenção do autor: “Antes de iniciar este livro, imaginei construí-lo pela divisão do trabalho”. Paulo Honório convida o leitor para construir a narrativa junto com ele, demonstrando solidariedade e reconhecendo a necessidade de diálogo, entretanto sem desprezá-lo ou diminuí-lo.

A partir da obra de Graciliano Ramos, outros autores passaram a respeitar a independência do leitor, já que somos nós que produzimos a leitura, construímos o personagem e geramos sentido, independente da criação do autor. Bastava aos autores apenas o reconhecimento e a elaboração da obra a partir dessa perspectiva.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Pe. Robson - Homilia Missa 1º Ano de Falecimento do Mons. Edson

Salutar nostalgia
    
Sinto-me honrado em poder pela segunda vez homenagear, embora de maneira tão pobre um homem, um sacerdote de tamanha magnitude sabendo, pois, que há pessoas mais indicadas do que eu para tal ação. Peço desde já desculpas, quando minhas palavras não forem suficientes para expressar quem foi José Edson Magalhães.

Hoje queremos lembrar com justiça também o nosso querido Romário Rios que nos deixou há 07 meses. Imensa saudade daqueles que souberam cultivar uma amizade saudável e inesquecível como a sua, amigo.
“Amar é ter um pássaro pousado no dedo. Quem tem um pássaro no dedo sabe que, a qualquer momento ele pode voar”, diz Rubem Alves.

O pensamento deste poeta cai como uma luva, se encaixa, emoldura exatamente o instante em que soubemos da abrupta partida sem despedida do padre Edson, há um ano completado hoje.

O pássaro que estava no dedo de Deus, inesperadamente, voou do dedo para o coração, do dedo para o coração de Deus. Sendo assim poderíamos cantar com o salmo 131: minha alma retorna a tua paz, como criança bem tranqüila no regaço acolhedor de sua mãe como canta Kelly Patrícia.

O pássaro voou naquela manhã, surpreendente, traiçoeira, de segunda-feira da Semana Santa. Coincidência ou acaso, eu ouvia pela manhã, ao acordar, a música Canção da América. Por achá-la rebuscada decidi escutá-la pela segunda vez. Era uma canção insistente para celebrar a amizade. A letra desta música é bastante utilizada nos momentos de despedida, e com padre Edson não foi diferente. Ao chegarmos à funerária, padre Denilson e eu, nos deparamos com seu corpo inerte trajando uma camisa simples com o trecho da referida canção – falava de amizade. Coincidência ou não, interpretei a repetição daquela melodia, que para mim é um bálsamo, como aviso suave do pássaro que voava de volta para o lugar de onde um dia partiu em direção a seara do Senhor.

Padre Edson era este pássaro de cocoruto grisalho que soube ao longo da experiência terrena fazer vôos rasantes, pois era muito sonhador, mas sem tirar os pés do chão.
Este pássaro amigo fizera inúmeras amizades com crianças, jovens, adultos e pessoas da sua idade.

Na capela de São Benedito, no último domingo de sua vida, a me ver amarrando o cíngulo à cintura, comentou com frei Domingos que veio nos auxiliar nas cerimônias e confissões da Semana Santa: “padre novo... se preocupa com os paramentos...” e dizia como havia feito no dia da sua ordenação sacerdotal, e não se contentando fez uso do microfone para tratar do assunto. Achei inoportuno aquele comentário para o momento – era domingo de Ramos. 
Algum tempo depois, perdido no meio das minhas recordações, pude resgatar também as lembranças e desabafos do padre Edson e, paulatinamente, fui compreendendo a despedida inconsciente do pássaro que já ameaçava alçar vôo.

Ele esteve quarenta e cinco anos pousando no dedo da Igreja de Acaraú. Nos acostumamos com ele, com sua timidez no altar. Por causa da sua consciência lúcida e atualizada jamais, seus paroquianos, pensavam na hora que o pássaro levantaria vôo para outras paragens. Foi embora, migrou para o desconhecido, mundo invisível, eterna morada almejada por todos. Encerrou uma jornada inédita, pois somente os que se gastam pela causa do Reino de Deus, e estes são raros, é que podem desfrutar de um tirocínio extraordinário tal como fizera o pássaro de cocoruto grisalho.

Particularmente, já o conheci assim de cabelos esbranquiçados pelo tempo, pelos cargos, compromissos e preocupações escondidas naquele coração que parou de funcionar no dia vinte e nove de março de dois mil e dez.

Há um ditado pejorativo que diz: “quem quer ser bom... morra”. Ao padre Edson este adágio não se aplica. A partida brusca sem despedida arrancou do coração de muitos paroquianos a lamentação. O retorno para Deus fez nascer na consciência das pessoas a missão inigualável, sublime de um sacerdócio discreto. Paradoxalmente muitos o conheceram após sua partida.

Alguns bairros de nossa cidade ganharam nome e cresceram com a motivação de padre Edson, destacamos aqui Mons. Sabino, Sítio Buriti e Bailarina. Nas quadras invernosas pesadas, ele foi o principal incentivador do desbravamento destes lugares. Os moradores de Perseguida, por exemplo, foram convidados a morar em região mais segura. Eu mesmo sou testemunha dos gêneros arrecadados na garagem de sua residência para assistência dos desprovidos nos tempos de enchente.

Quantas pessoas foram socorridas pela mediação de padre Edson, com remédios e indicação para emprego no município, independentemente de serem católicas.

Ao assistir o sofrimento das pessoas sem recursos para um bom atendimento de saúde, junto ao Lions Clube de Acaraú, empreendeu a construção da fundação SESP que atualmente recebe, merecidamente, o nome de Dr. Nestor de Paulo.

Há que se falar aqui também do projeto de cacimbas comunitárias que amenizou o sofrimento de inúmeras famílias sem água.

Apresentou ao secretário de segurança do Estado o projeto de um presídio modelo com terapia ocupacional para os detentos. Infelizmente, padre Edson ouviu da boca do secretário que o estado não tinha condições para manter um presídio daquele porte no interior. 

Durante seu pastoreio construiu centros de evangelização em várias comunidades. Existentes ainda hoje, acolhem os encontros de catequese e outras atividades da paróquia.  Alguns estão sendo adaptados para capela.

Na grande reforma da igreja matriz criou a escola de aprendizes com oficinas de carpintaria, construção civil e outros ofícios.

Não nos compete elencar em detalhes os feitos de padre Edson para o desenvolvimento do Acaraú. O importante é viver segundo o princípio do Evangelho de dar com a mão direita para que a esquerda não veja. Ele soube agir desinteressadamente, livre como um pássaro desprendido e abandonado na confiança de Deus.

Homem de idéias firmes, pensamento ponderado. Com capacidade de análise. Era formado em Letras e sabia escrever com mãos de poeta. Sou conhecedor de um dos seus devaneios artísticos – uma homenagem ao amigo coqueiro que existia no fundo do quintal do casarão como ele se reporta ao falar da casa paroquial. 

Trata-se de uma belíssima crônica do solitário sacerdote e a companhia do amigo coqueiro. Datado de julho de mil novecentos e noventa e dois, o texto rebuscado encontra-se emoldurado na sala superior da casa que lhe abrigou de 1965 a 1998.

Já na nova residência, por diversas vezes, me surpreendia vê-lo perdido entre os livros. Era um sacerdote atualizado, lúcido, amava a Igreja que o gerou para um apostolado fecundo. Depois das leituras, a escrita de maneira lenta, como sabemos.

Ao longo de seu ministério apascentou somente dois rebanhos – o de Cruz e o de Acaraú. É verdade que foi convidado algumas vezes para assumir outras funções, como por exemplo, a reitoria do Seminário Arquidiocesano, em Fortaleza. Padre Edson havia fixado as raízes no seu torrão-natal, consumia-se de zelo pela paróquia. Dos muitos templos da Igreja do Ceará, a nossa matriz é um dos ícones sagrados mais suntuosos e imponentes. Ele não queria mexer na arquitetura de Agostinho Balme. Alguém sugeria: a igreja precisa de banheiro... de armários... é preciso trocar o carro.... Ele dizia: “o padre que vier cuidará disso”.

Todos os anos, ao que me parece desde a década de 70, padre Edson oficialmente abria as festas de Nossa Senhora da Conceição com uma mensagem, um apanhado dos últimos acontecimentos da vida social e da Igreja local. O último discurso, embora ele não tenha mencionado, trazia como título – Antes de parar. Nos últimos tempos falava muito com ar de despedida, o que era natural para um homem trabalhador, dono de muitas responsabilidades paroquiais e pessoas, além disso, era necessário cuidar do coração. Protelou por algumas vezes a ida ao cardiologista alegando os serviços pastorais da Diocese e da paróquia. Como sabemos, ele foi Coordenador de pastoral da Diocese por várias vezes e coordenador da Região Pastoral Vale do Acaraú por longa data.

Em janeiro de 2009 deveria ir ao médico. Não foi. Aguardava a minha chegada de Pernambuco para não deixar a paróquia desassistida. Resolveu prorrogar os exames, os quais faria após a semana santa. Mas, retomando ao tema - Antes de parar- padre Edson assim se expressava: “a fila anda”, para dizer se referindo a uma canção do Daniel a respeito do eterno convite da vida. Há um caminho para ser percorrido, ainda há trabalho a ser feito, os sonhos se eternizam.

Podemos afirmar que padre Edson partiu gastando-se até o fim, parafraseando João Paulo II, pela causa do Reino de Deus.

Deixou rastro, lembranças, opinião, palavras, gestos, marcas, testemunho, dedicação, serviço, saudades. Sua lembrança ficará impregnada na consciência dos que souberam amá-lo e no interior desta igreja. Basta contemplar o altar para lembramos daquele olhar de lado, as mãos no bolso da calça comprida, o cuidado em pentear os cabelos, o casaco azul, gestos tão peculiares a sua pessoa.

Evidentemente tais palavras são muito desprovidas para expressar, nesta celebração, não da tristeza, mas da saudade, tudo que significa para nós (familiares, amigos, conterrâneos, aprendizes, ex-alunos, afilhados, paroquianos) o padre José Edson Magalhães.

Ao concluir gostaria mais uma vez de tomar emprestadas as palavras doutro poeta, desta vez, Mário Quintana: “não vamos chorar por que acabou, vamos sorrir por que aconteceu”. Padre Edson já fez sua páscoa, está com Deus. O importante é nos esforçamos para dar continuidade aos trabalhos começados por ele. É a melhor maneira de homenageá-lo, lançar a semente. Assim é a vida: uns plantam outros colhem.

Pe. Robson Cabral 
Acaraú, 29 de março de 2011 (IIIª semana da Quaresma)

Missa do 1º Ano de Saudades de Mons. Edson Magalhães

A Missa teve início às 18:15 hs com a presença de muitos paroquianos, parentes, e amigos de Acaraú e das paróquias da Região Episcopal do Baixo Acaraú e dos Pe. Eudes, Pe. Denílson, Pe. Robson, Pe. Jacó, Pe. Lindomar, Pe. Rômulo, Pe. Saraiva, Pe. Assis e do seminarista Fábio.

A missa foi presidida por Pe. Denílson e o panegírico por Pe. Robson que retratou a trajetória, trabalhos, missão e realizações do Mons. Edson em Acaraú.

No ofertório foram levados em procissão objetos pertencentes ao Mons. Edson: sandália, túnica, estola, pente, blusa, livro, terço e um banner com mensagem e foto do monsenhor pelo Lions Club de Acaraú movimento que o monsenhor fazia parte.

No Momento de ação de graças várias homenagens feitas por: Carlos Magalhães irmão do Mons. Edson, Eva Muniz de Cauassú, Mensagem da Ir. Silvanete Pontes que reside em Bezerros Recife-Pe.

Lourdinha Vasconcelos e Pe. Eudes agradeceram a todos os participantes da Celebração Eucarística.

Nós paroquianos somos gratos ao Mons. Edson pelos relevantes serviços pastorais e pela Evangelização realizada na Paróquia de Acaraú.

Por Totó Rios – 30.03.2011

Coleção Outras Histórias lança novo livro de Ismael Pordeus

"Escritos sobre Antônio Conselheiro e a Matriz de Quixeramobim", de Ismael Pordeus, traz três séries documentais com preciosidades sobre a vida do líder de Canudos. Lançamento 06 de abril, 17h30, no Museu do Ceará.


A Associação de Amigos do Museu do Ceará - ASMUSCE é uma entidade de direito privado, sem fins econômicos, fundada em 28/8/1996, na cidade de Fortaleza, com o objetivo de auxiliar o Museu do Ceará a captar recursos para a execução da sua missão institucional: promover a reflexão crítica sobre a História do Ceará, por meio de programas integrados de aquisição e conservação de acervos, pesquisas museológicas, exposições, cursos, publicações e práticas pedagógicas.

Desde 2001, a ASMUSCE edita a Coleção Outras Histórias, que hoje conta com 65 volumes. Por esse trabalho, recebeu o Prêmio Rodrigo Franco Melo de Andrade, na Categoria Divulgação do Patrimônio Cultural Brasileiro, conferido em 2007 pelo IPHAN e o Prêmio Manoel Coelho Raposo, do Edital para o Autor(a) Cearense, da Secretaria da Cultura do Estado, na categoria Selo Editoral.

A intenção da Coleção Outras Histórias é divulgar a produção acadêmica das ciências humanas, em linguagem e preço acessível, mas sem a perda do rigor. Este material, muito procurado pelas escolas e universidades do Ceará, subsidia ainda as diferentes atividades produzidas pelo Museu do Ceará, dentro do seu projeto educativo, que envolve pesquisas para as exposições de curta e longa duração, visitas orientadas, produção de materiais didáticos e oficinas.

O perfil editorial da Coleção Outras Histórias prima por uma multiplicidade de abordagens e objetos de investigação, a partir de três núcleos temáticos: 1) estudos de cultura material, especialmente direcionados para o acervo da instituição (Museu do Ceará); 2) pesquisas no âmbito do conhecimento histórico ou áreas afins, relevantes para a compreensão do referido acervo e da História do Ceará; 3) publicação comentada de documentos inéditos, de modo a promover a divulgação de vestígios e testemunhos que possam servir de subsídio para trabalhos futuros.


Considerando esse perfil editorial, a ASMUSCE lança Escritos sobre Antônio Conselheiro e a Matriz de Quixeramobim, de Ismael Pordeus (Prefácio de Ana Maria Roland), que traz três séries documentais: A verdadeira idade de Antônio Conselheiro, texto inédito em livro (sem data); Antônio Conselheiro não é matricida (1949), Antônio Dias Ferreira e a matriz de Quixeramobim (1955), compostos por vários artigos publicados individualmente no jornal O Nordeste e reunidos agora pela primeira vez.

Esses documentos encontram-se na reserva técnica do Museu do Ceará. Além de homenagear um dos mais importantes historiadores cearenses, divulgando a sua obra, a ASMUSCE tem por objetivo apresentar também, para o grande público, parte do acervo do Museu que não está nas salas de exposição.

Lançamento do livro "Escritos sobre Antônio Conselheiro e a Matriz de Quixeramobim", de Ismael Pordeus
dia 06/04 (qua), às 17h30
no Museu do Ceará (Rua São Paulo, 51 - Centro de Fortaleza)
entrada franca
valor do livro: r$10
info: (85)3101-2609 3101-2610

quinta-feira, 31 de março de 2011

O ceará e seus encantos

Quando falamos em Ceará temos que colocar em voga, literatura, musicalidade, artes plásticas, artesanato, turismo, belezas naturais e o tradicional humor cearense, conhecido em todo o Brasil. Ceará terra da luz cantada em provas e versos, a loira e desposada do sol, a terra de Iracema, a terra alencarina. O estado do Ceará é rico em diversos aspectos: no petróleo, na culinária, na agricultura, na piscicultura, nas belezas naturais, nas praias, lagoas, serras, na música, nas rendas, no humor, romarias religiosas e outros apetrechos culturais. Uma hospitalidade fora de série faz do povo cearense um dos mais divertidos da nação brasileira. Mesmo com a chegada do progresso e da modernidade o Ceará ainda tem praias afrodisíacas e nativas, bem como um rico folclore, um vasto sertão pronto para irrigação.

O boom do estado é o grande número de resortes e usinas eólicas localizadas em locais onde o vento é constante. O Ceará tem história começando pela miscigenação de colonizadores europeus, indígenas catequizados e aculturados, depois da grande resistência à colonização de mulatos e negros que viviam tanto como povos livres e escravos. O desempenho independente do Ceará começou com a sua separação do estado de Pernambuco no ano de 1789, e sua história foi destacada por movimentos e lutas armadas. Reluz a história que um navegador espanhol de nome Vicente Yáñez Pinzón atracou na enseada do Mucuripe, antes mesmo de Cabral e existe muita veracidade no assunto, visto que muitos historiadores já conhecem de co e salteado essa façanha. Primo do navegador Diego de Lepe, integrou a primeira Armada de Cristovão Colombo que descobriu a América em 1492, tendo comandado a caravela Niña, tripulada por vinte e quatro homens, que armou os seus gastos.

A sua embarcação foi incumbida de socorrer a nau Santa Maria, que encalhou em 25 de dezembro de 1492, na costa da ilha de São Domingos. De retorno a Espanha, em 1495, obteve licença dos soberanos para empreender novas expedições ao novo continente. Quatro anos depois, partiu com uma esquadra de quatro caravelas tendo sido considerado o primeiro navegador europeu a cruzar a linha do Equador na região das Américas, tendo descoberto várias ilhas naquela região. Nessa expedição, alcançou à costa do Brasil, tendo avistado um grande promontório, que chamou de Santa Maria da Consolação (sobre o qual atualmente os autores se dividem, considerando-o ou o cabo de Santo Agostinho litoral sul de Pernambuco) ou a ponta do Mucuripe, (na cidade de Fortaleza), do qual tomou posse para a Espanha em 26 de janeiro de 1500. Na ocasião, registrou-se um violento combate com os potiguares. Infletindo para o Norte, Pinzón atingiu em fevereiro a foz do rio Amazonas, a qual denominou de "mar Dulce", de onde prosseguiu para as Guianas e daí para o mar do Caribe.

Na costa do Brasil, Pinzón teria capturado trinta e seis indígenas. Pinzon pisou o solo cearense, antes mesmo de Cabral chegar a Porto Seguro, na Bahia. Não é verdade que o Brasil foi descoberto a 22 de abril de 1500, no Monte Pascoal, região do Trancoso na Bahia: o fato concreto é que o Navegador espanhol do Navio Nina, Vicente Pinzon, da Frota de Cristóvão Colombo, esteve aqui no Mucuripe muito antes de Cabral partir de Portugal, comandando uma flotilha composta por quatro caravelas. A descoberta não entrou nos registros oficiais em consequência das determinações do célebre Tratado de Tordesilhas que demarcava estas Terras como pertencentes a Coroa Portuguesa. E a Espanha não tinha interesses de entregar de bandeja um prato cheio desses como a descoberta de terra abaixo da linha do equador. Para eles era pecado mesmo, e capital!

O descobridor Vicente Pinzon chegou a batizar a Terra Nova com o nome de Santa Maria de La Consolación, a 2 de Fevereiro de 1500, correspondendo aqui ao dia de Nossa Senhora das Candeias; era praxe batizar as terras descobertas com o nome do santo do dia. Pouco depois, uma outra expedição espanhola, comandada por Diogo Lepe deixou nas Terras cearenses, no mesmo local onde esteve o comandante da Nau Nina, marco de sua passagem, de presente, uma grande cruz de madeira.

Portanto dois meses antes do Português Pedro Álvares Cabral descortinar o Monte Pascoal, a Ponta Grossa do Mucuripe, atual Castelo Encantado, já estava nos mapas náuticos da coroa espanhola. Os livros de história do Brasil são unânimes em informar que as terras atualmente pertencentes ao Ceará foram doadas, em 1535, a Antônio Cardoso de Barros, mas este não se interessou em colonizá-las e nem sequer chegou a visitar a capitania. Ironicamente, quando Barros decide vir à Capitania do Siará (como era conhecida à região correspondente aos seguintes lotes: Capitania do Rio Grande, Capitania do Ceará e a Capitania do Maranhão), em expedição organizada, o navio naufraga na costa de Alagoas (1556), culminando com sua morte. A primeira tentativa séria de colonização ocorre com Pero Coelho de Sousa, que lidera a primeira bandeira feita em 1603, demonstrando por isso certo interesse em colonizar o Ceará.

A história do Ceará é longa e cheia de nuances denotando, por conseguinte a bravura do povo em ter seu estado independente de outros estados brasileiros. As nuanças histórias aqui enumeradas também fazem parte do encanto cearense. O que se lamenta é que o forró de pé de serra, um estilo de música regionalíssima tenha sido desvirtuado pelo forró eletrônico, como se segue: "O forró eletrônico se populariza na década de 1990, e o Ceará começa a despontar, seguindo a tendência do litoral nordestino, como um grande polo de turismo no Brasil.". Ao longo dos anos 1990, com ações como o Programa de Saúde da Família (PSF), o Estado também realiza grandes avanços na redução da mortalidade infantil. A migração em direção a Fortaleza segue forte, tendo em vista o persistente atraso do interior em comparação com o forte crescimento da capital.

As noitadas em Fortaleza têm sido mais alegres e divertidas com a implantação de casas de shows na orla marítima compreendendo o perímetro Barra do Ceará até a praia do Futuro. No site cearácultural.com.br/ retiramos a seguinte informação:"O sertão do Ceará é vasto e rico pelo povo que ali habita". Sua religiosidade e sua penúria pelo castigo das muitas secas que, de tão causticantes, foram palco de muitos livros e filmes. Uma das obras mais importantes sobre a seca no sertão cearense é "O Quinze" da escritora cearense Raquel de Queiros. Na música encontramos "A Triste Partida" do poeta cearense Patativa do Assaré grande sucesso com Luiz Gonzaga. Nas épocas de seca é comum o êxodo rural (veja a figura ao lado). Famílias inteiras mudam-se para as cidades a procura de trabalho, pois no sertão quando da estiagem na época de inverno nada se tira: a plantação é perdida e o gado e outros animais morrem pela falta da água. Uma das grandes secas ocorridas no ceará destaca-se a de 1915 (que gerou o livro citado acima) quando muita gente morreu de fome e desnutrição. Grande foi o sofrimento do sertanejo naquele ano.

A região sertaneja, que representa 57% do território cearense, corresponde à área em que as médias pluviométricas situam-se entre 500 e 700 mm. O período seco tem duração de até 8 meses e a temperatura máxima registrada situa-se entre 32 e 33º C, caindo para 23ºC durante a noite. Por causa da baixa umidade (inferior a 70%), a sensação de calor é maior do que no litoral. Assim como no litoral existe a figura do "Jangadeiro", no sertão existe a figura típica do "Vaqueiro". Vestido com a sua roupa de couro para se proteger do mato quando da corrida atrás do boi pelas caatingas, ele é o patrimônio vivo dos sertões cearenses.

A religiosidade do Vaqueiro é explícita quando das festividades de Padre Cícero Romão Batista (Padim Ciço) que ocorrem todos os anos na cidade de Juazeiro do Norte. Padre Cícero foi a grande figura, tanto religiosa quanto política, de Juazeiro do Norte. Os Vaqueiros costumam fazer uma procissão da zona rural até a igreja onde está enterrado Padre Cícero. Como turismo, o sertão cearense é rico em trilhas e zonas de ecoturismos. O Ceará apesar de se localizar numa região árida seu povo é muito hospitaleiro, além das belezas naturais com praias, serras, lagoas, rios e açudes, o Ceará se destaca na música, na literatura, no humor, nas rendas com as famosas mulheres rendeiras, as emboladas, as bandas cabaçais, os cordéis, as trovas, poesias e figuras tipicamente cearenses domo o "seu Lunga", Patativa do Assaré, Padre Cícero, cego Aderaldo e muitos outros. São apenas alguns detalhes conotados aqui que fazem vislumbrar o nosso Ceará como a terra dos mil e um encantos. Pense nisso!


Antônio Paiva Rodrigues

Jornalista, Radialista,Gestor de Empresas(Administração), Bacharel em Segurança Pública, Acadêmico de Letras, Membro da ACI(Associação Cearense de Imprensa)e da Associação De Ouvintes de Rádio(AOUVIR/CE) espírita por convicção, gosto de escrever crônicas, poesias, contos, faço resenha de livros, comento, faço novelas de rádio e agora pretendo compor letras de música, gosto de leituras e escrevo uma média de três matérias diárias e já tenho mais de 1.000 publicadas.Lancei recentemente o livro;80 Anos da ACI(Associação Cearenses de Imprensa) e Detalhes sobre a História do Rádio no Ceará, Brasil e no Mundo.

Fonte: Artigonal

quarta-feira, 30 de março de 2011

O lançar vivo de um amor incondicional ao berço - Acaraú


Reluz...
De vermelho, amarelo...
Reluz de vivas cores que anunciam a glória dos teus dias:
De auréola. De celebração.
De júbilo. De colosso.
Mais brilha,    
Brilha tanto que esmerila os olhos cansados do teu povo
Que se alimenta da bruta harmonia que tua beleza causa.
Tua beleza nutre graciosa  os nossos sentidos.
És entorpecente, terra amena, solo afável.
Espirituosa e virtuosa,
És a fartura das crias que de teu ventre semeou...
De ti surge amantes pra teu corpo ser maior.
O maior amor... O materno amor.
Os meus olhos abrem-se, pouco dementes...
Estão tontos...
Mareados de frescor.
E a cada instante do achado penhor, o bravio, o esplendor
Firmo saudavelmente meus pés no solo que me gerou.
São passos largos de anos coloridos...
São anos raros, de uma vida pra durar...
É uma vida de passadas pelas páginas dessa história...
Pelas lágrimas recordantes  do meu olhar.
Passos largos, firmes passos:
Nessas bravas ruas que cruzo desde os meus primeiros...
Piso no chão histórico que me dá ardência, só de pensar...
Só de pisar...
(Sai-te pesar...)
Assim que meus pés ao teu chão pisam
Sobe por minha corrente sanguínea uma ardência indescritível...
De ardência... Para cadência de estrela impar que és.
Lugar pra se pensar...
Alvo de inspiração.
Madrugo feito vigilante guardando tuas vilas e alamedas,
Deixo nascer em mim o ar puro e o teu rio corrente.
E nas ondas raras que das tuas praias surgem...
Faz balançar vidas de pescadores, de paixões.   
Os ventos que balançam as palhas dos coqueiros,
Balançam minha estrutura,
Vêem  balançar os cabelos das donas à esperar os seus  homens à beira do rio.
Deixam-me afortunada por
A ti pertencer...
A ti ser devota inigualável...
Ser assoberbada diante teu imenso esplendor...
...

É,
Quanto bem! Quão é bom!
Quanta idoneidade para um lugar só!(Espetáculo)
Decorro diante desses pequenos traços de palavras hílares,
O orgulho aparato de uma cria tua que,
A ti  devota todos os mais diversos adjetivos qualitativos...
E a ti terra amada,
Aguça sempre tua face,
Mesmo que em outros pontos...

Acaraú,
Anuncio-te  feito maravilha e indico-te
Como encanto maior.
Maior amor... Materno amor.

Lorena Cristina de Souza Silveira
Confira poesias e textos no Recanto das Letras: aqui

Caminhos da Arte para o Interior

Brasilianas Itaú e Brassaï - Paris la nuit encantam estudantes e professores de escolas públicas do Ceará

Alunos da Escola Gerardo C. Lima, do município de Jaguaruana, durante visita à Unifor, acompanhados do chanceler Airton Queiroz
FOTO: ANDRÉ LIMA
Fortaleza Segue até o dia 1º de maio, a visitação de escolas públicas dos 184 Municípios cearenses às exposições Brasiliana Itaú e Brassaï - Paris la nuit, dentro do projeto Caminhos da Arte, que marca os 60 anos da Nacional Gás, empresa do Grupo Edson Queiroz.

Até lá, 10 mil crianças e adolescentes mergulharão no universo da arte, cultura e do saber, possibilitado pelo Espaço Cultural da Universidade de Fortaleza (Unifor). Somente na manhã de ontem, foram 322 estudantes e professores da Escola Gerardo Correia Lima, de Jaguaruana; Colégio Maria Júlia Maia Bonfim, de Uruburetama; Escola Professora Maria Luiza, de Fortim; Escola José Oster Machado, de Solonópole; Escola Andre Campelo, Potiretama; Escola José Eneias Pinheiro, de Milhã; e de Piquet Carneiro, a Escola José Martins da Costa.

A cada visita, uma nova possibilidade de conhecer olhares diferentes sobre a história destes dois países. As peças da exposição Brasilianas Itaú compõem um dos mais abrangentes acervos artísticos sobre o Brasil. Um dos destaques, uma raridade: a vista da cidade de São Paulo, no ano de 1821, em tela pintada com tinta a óleo, de Armaud Julien Pallière.

Entre documentos da época da escravidão, manuscritos de governantes brasileiros e livros da família real, estão também o maior panorama do Rio de Janeiro do século XIX, medindo seis metros; a primeira partitura da ópera O Guarany; primeiras edições dos clássicos infantis do escritor Monteiro Lobato; entre outros.

MAIS INFORMAÇÕES
Espaço Cultural Unifor

Av. Washington Soares, 1321 - Bairro Edson Queiroz - Fortaleza (CE) - (85) 3477.3319 / espacocultural@unifor.br

Fonte: Diário do Nordeste

terça-feira, 29 de março de 2011

Projeto Bazar das Letras recebe Fabiana Guimarães


A escritora Fabiana Guimarães  nasceu em Eusébio-CE. Foi agraciada em alguns concursos de poesia. Publicou Mar violeta, seu primeiro livro de poemas para ‘gente grande’. Depois veio a lume Poemas de sopro e pássaro. Publicou vasta obra no gênero infantil, ou para ‘gente criança’, como ela prefere. São de sua autoria: Brincadeiras da minha infância, As meninas do mundo de lá, Seu Miguelito e sua mala encantada, O menino e o tempo, A festa da muriçoca e O senhor do tempo e outras histórias.


Fabiana Rocha é o novo endereço da poesia no Ceará. Ela não é apenas uma promessa literária que se desenha num futuro próximo ou distante. Ela é, já agora, uma das vozes mais belas e límpidas da poesia brasileira dos nossos dias. Uma voz que celebra as múltiplas dimensões da vida e do amor. Uma voz que acalma os ventos e as tempestades da conturbada hora presente. Uma voz que acena para os seus semelhantes com novas expectativas de esperança, de beleza e de paz.

Francisco Carvalho

Suas metáforas correm ao solfejo do verso. E é uma poesia liberta, cósmica, liricamente sensual. O que é curioso, uma poesia dadivosa, com achados e imagens notáveis. Há uma musicalidade nos poemas que encanta. E parecem um dar-se por inteiro aos vendavais da vida.

Caio Porfírio Carneiro

Fonte: Blog A inquitetude da busca

Livro "Palavras Aladas e outras crônicas", de Max Franco

Palavras Aladas e outras crônicas

(decifra editora)

de Max Franco


Ganhador do Prêmio Literário para Autor (a) Cearense

Prêmio Milton Dias, de CRÔNICA, da SECULT/CE


Para aquisição de livros e contato com o Autor: samael_lua@hotmail.com

Promoção de lançamento: R$ 25,00

Sobre a Obra: Depois do sucesso da coleção Cantos sob o Sol, das obras de ficção, Na corda bamba, No fio da navalha e O Confessor, o autor cearense Max Franco, mergulha no fascinante mundo das crônicas e nos mostra outra vertente do seu talento. Seu novo livro, Palavras Aladas e outras crônicas, mexe com a emoção do leitor com histórias baseadas em experiências do próprio autor. O leitor se identifica da primeira à última história. Da receita para não pensar, ao ladrão de livros, dono de um bom coração, o conjunto de textos faz rir e até gargalhar, ao imaginar o protagonista puxar um livro para impressionar a linda mulher ao seu lado e acabar se frustrando ao percebê-la lendo em alemão, mas também emociona com a descoberta da poesia, narrada como quem conquista o amor. Uma prova de que a vida se transforma em palavras, crônicas.

Apoio Cultural

Secretaria da Cultura do Estado do Ceará

Livro "Criaturas" de Rochett Tavares

Criaturas

de Rochett Tavares

(La Barca Editora)


— ganhador do Prêmio Literário para Autor (a) Cearense
Prêmio Otacílio de Azevedo (Reedição)



Para aquisição de livros ou contato com o autor e/ou editora:

Alvaro Beleza (La Barca Editora): alvaro@labarcaedtora.com.br - (85) 8768.3964 e 3264.8028

Rochett Tavares (autor) rochettsilva@hotmail.com - (85) 9987.9985

Sobre a obra: Na capa, o grito de pavor assinado pelo artista plástico Val França antecipa o que está por vir. O clima é soturno nos oito contos de Criaturas, com seus soldados, policiais, ordens iniciáticas e seres impossíveis. O horror e a fantasia se unem nas linhas de Rochett como no seu pior pesadelo, em um estilo que é exceção na literatura cearense.

"Criaturas é um conjunto de narrativas que exploram aquilo oculto pelo animal humano em sua pseudocivilidade. Minhas personagens não são arquétipos de heróis. Elas não fazem sacrifícios altruístas. São tão humanas quanto você e eu. Têm medo, sentem alívio quando são poupados, ainda que alguém próximo seja escolhido, seja vítima do mal a cercá-los. São histórias cujo objetivo é expor o homem a seu íntimo e forçá-lo a ver que não somos tão nobres quanto pensamos", define o autor.

Influenciado pela literatura estrangeira, principalmente pelo horror fantástico de Howard Philips Lovecraft, é lá fora que Rochett busca inspiração. A tomada da Normandia, uma deserta e antiga Champs Élyséss, a atmosfera inebriante do Cairo são alguns dos cenários de Criaturas. Outros são criações de Rochett. "O horror pode ocorrer em qualquer tempo e/ou lugar, com qualquer um a qualquer instante", diz.

Escrita no Ceará, a obra tem como característica a capacidade de levar o leitor a outros lugares. "Seja em reinos fantásticos onde deuses e deusas vivem em eterno combate contra as forças da escuridão, heróis desafiam a morte realizando tarefas impossíveis ou falando do desconhecido. Tudo isso para aliviar suas mentes de algo muito mais terrível que qualquer história ou monstro: o quotidiano". Pronto para fazer as malas?

Apoio Cultural

Secretaria da Cultura do Estado do Ceará

Fonte: Blog AlmanaCULTURA

Arte circense é tema de votação na Câmara

Projeto que será votado na Câmara Municipal hoje pretende regulamentar e garantir melhores condições de funcionamento aos circos de Fortaleza
O projeto prevê a criação da Escola Municipal de Circo, que terá suas atribuições definidas por decreto (FCO FONTENELE)
A Câmara Municipal de Fortaleza deve votar hoje matéria sobre o projeto de indicação que trata da regulamentação de circos itinerantes na Capital. Caso seja aprovado, o apoio do poder público poderá ser o marco inicial de uma nova fase para os artistas e profissionais do circo, uma oportunidade para não deixar se apagar a chama histórica de uma arte bastante popular.

O projeto, de autoria do vereador Guilherme Sampaio (PT), visa a assegurar condições básicas de funcionamento em cada Secretaria Executiva Regional (SER), autorizando o poder Executivo a disponibilizar espaços públicos com instalações fixas (água, luz, banheiros químicos) na área ocupada pelos circos, além de isenção nas taxas de alvará. Uma das principais reclamações dos profissionais do circo é a demora em conseguir a autorização para funcionamento. Pelo projeto, as regionais terão um prazo máximo de dez dias para analisar os pedidos e se posicionar sobre concessão do uso de terrenos públicos.

Segundo Guilherme Sampaio, o debate pretende garantir o reconhecimento do circo como um patrimônio cultural de Fortaleza, daí a necessidade de uma lei que regulamente e incentive tais equipamentos. “A linguagem artística do circo, que é milenar, não estava sendo reconhecida adequadamente pelo poder público”, afirma o vereador. Para ele, caso sejam realmente postas em prática as ideias do projeto, juntamente com a articulação dos profissionais de circo, haverá “um novo patamar para a organização política desses movimentos” e uma nova fase para a arte circense na Cidade.

Como se trata de uma indicação, o projeto, se for aprovado, será enviado ao poder Executivo, que o avalia e, caso o aprove, reenvia para a Câmara em forma de projeto de lei, para ser novamente votado, seguindo depois para a sanção da Prefeitura.

Para o presidente da Associação de Profissionais, Artistas e Escolas de Circos do Ceará (Apaece), Carlos Sousa, a execução do projeto poderá trazer “benefícios enormes, permitindo apresentar os espetáculos com maior qualidade” e tornar o circo mais visível e atraente ao público. Segundo o humorista, que faz o personagem Motoca, muitas pessoas se distanciaram do circo porque o primeiro contato com as apresentações não era bom, devido à falta de estrutura: “As pessoas vão ao circo esperando ver algo lindo e maravilhoso, mas chegam lá e veem o oposto, aí não voltam”, lamenta.

Outros problemas destacados pelo humorista se referem às dificuldades de acesso à educação e à saúde, uma vez que os órgãos municipais responsáveis por esses direitos prestam atendimento às pessoas que moram em sua área de abrangência. Devido ao caráter itinerante dos circos, esses fatores deverão ser anexados às propostas do projeto.

O projeto apresentado prevê ainda a autorização para que o poder Executivo crie a Escola Municipal de Circo, que terá sua estrutura e atribuições definidas por decreto. Sobre a criação da escola, Carlos Sousa diz que ela irá “fomentar a arte do circo na Capital”, com foco na formação de novos artistas de circo, contendo aulas de dança, teatro, expressão e música, entre outros. O artista diz ainda que a escola será fundamental para profissionalizar os artistas, pois “o artista circense do Ceará deixa a desejar em alguns pontos porque aprendeu na marra”.

O quê

ENTENDA A NOTÍCIA

O projeto de indicação propõe que a Prefeitura de Fortaleza regulamente e apoie os circos itinerantes da Capital. Pelo projeto, as regionais devem avaliar em até dez dias o pedido de alvará de funcionamento dos circos e disponibilizar espaço público dotado de água, luz e banheiros químicos.

Marcos Robério 
 
Fonte: O Povo

Tradição revisitada

Com mais de 100 gravuras, a exposição "Xilogravura Nordestina" sintetiza cinco décadas da arte da xilografia na Região Nordeste do Brasil

Obra de mestre Noza: clássico da xilogravura, presente na exposição do Memorial da Cultura Cearense
Resultado de uma longa pesquisa do artista plástico, compositor e escritor Bené Fonteles, a exposição "Xilogravura Nordestina" será aberta amanhã, no Memorial da Cultura Cearense. A mostra rememora as últimas cinco décadas da xilografia na Região, por meio de mais de 100 obras de artistas pioneiros e contemporâneos.

A ideia é mostrar aos próprios cearenses - e, posteriormente, ao público de outros estados - toda a riqueza estética e o vasto universo cultural que marca a xilografia nordestina. Para isso, a exposição resgata trabalhos desde a década de 60, a exemplo de Mestre Noza (Juazeiro do Norte), primeiro xilogravador a ser conhecido no Brasil e no exterior.

Noza foi pioneiro na questão de popularizar a técnica, ao trabalhar por encomenda para a Tipografia São Francisco, que desde os anos de 1930 era a mais importante editora e impressora do Cariri. A gráfica foi rebatizada pelo poeta Patativa do Assaré com o nome de Lira Nordestina, tornando-se por muito tempo a mais tradicional editora de cordel do País.

"Desde os anos 80 pesquiso sobre a xilogravura. Estou produzindo um livro sobre o assunto, que será lançado até o final deste ano" revela o curador Bené Fonteles. "90% das obras que compõem a mostra são da minha coleção, voltada aos artistas mais antigos - como, por exemplo, os de Juazeiro e do Crato, dois celeiros de talentos. Outro destaque é J. Borges, de Bezerros (PE), grande gravador pernambucanos".

Segundo Fonteles, a afinidade com xilogravura há muito faz-se presente no seu trabalho. "Como artista plástico, sempre fui ligado à questão das artes gráficas. Nas décadas de 70 e 80 usava a máquina de xerox como um tipo de prensa de gravura contemporânea", recorda.

Ao todo, integram "Xilogravura Nordestina" mais de 30 artistas, de quase todos os estados da região (exceto Rio Grande do Norte e Piauí), distribuídas pelas duas galerias do Memorial. Entre os nomes estão mestres como Antônio Celestino, Arievaldo Viana, Expedito da Silva, Fracorli, Francisco de Almeida, Gilvan Samico, J. Borges, Cícero Lourenço, Mestre Noza, Nilo, Stênio Diniz (mestre da Cultura), entre outros.

"A ideia era fazer uma síntese da xilografia nordestina ao longo das últimas cinco décadas. Ao mesmo tempo, percebe-se a evolução na trajetória dos mestres, que vão depurando sua estética", esclarece Fonteles.

"Para mim, a edição não foi tão difícil, porque já tinha conhecimento do assunto. Mas havia alguns artistas contemporâneos no Ceará cujos trabalhos não conhecia, pois estou afastado do Estado há algum tempo. Em compensação, nos últimos dois anos entrei em contato com artistas de outros lugares, como Sergipe e Alagoas", destaca o pesquisador.

"A hora de editar tem suas complexidades. Na última hora surge a sugestão de alguém, um artista, um catálogo. A coisa vai crescendo e isso é que é legal na curadoria", observa Fonteles. Depois de Fortaleza, a exposição vai circular pelo Brasil, como uma espécie de prévia do lançamento do livro do curador. A mostra deve passar por Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Salvador e Recife.

Em Fortaleza, além das obras, haverá uma sala onde estará montada uma réplica de um pequeno ateliê de xilogravura. "Pelo vidro os visitantes poderão ver todo o material utilizado, como a prensa", orienta o curador. A exposição traz ainda as matrizes das imagens, para o público tocar, inclusive pessoas com deficiência visual.

Para Fonteles, o mais importante em "Xilogravura Nordestina" é compreender como os artistas "assimilaram" sua cultura, transformaram-na e recriaram-na por meio da xilografia. "Eles invadiram o imaginário popular, especialmente por meio do cordel, porque há algumas décadas a xilogravura era a única forma de o ´povão´ ter contato com suas próprias imagens, suas raízes", observa Fonteles.

Segundo o curador, foi somente depois de inspirar os intelectuais que o trabalho dos xilogravadores passou a ser valorizado. "Até hoje muitos não são conhecidos ou inseridos no mercados. As obras custam muito pouco. No Ceará temos bons pesquisadores, como Gilmar de Carvalho, uma sumidade no assunto. Mas a exposição junta todas as pontas da xilografia no Nordeste", ressalta Fonteles.

MAIS INFORMAÇÕES
Exposição Xilogravura Nordestina. De amanhã até 12 de junho, no Memorial da Cultura Cearense (Centro Dragão do Mar). Acesso livre. Nos dias 31/03 e 01/04, às 19h, haverá visitas guiadas com o curador Bené Fonteles e os artistas José Lourenço e João Pedro (Juazeiro do Norte). Contato: (85) 3488.8600

ADRIANA MARTINS
 REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

Baú da Leitura faz a entrega de 300 livros

Projeto busca incentivar a formação de acervos e estimular o hábito da leitura entre crianças e adolescentes

A entrega dos livros é acompanhada por momento de contação de histórias feito pelo Grupo Aracê
FOTO: KELLY GOMES
Juazeiro do Norte O projeto Baú de Leitura finaliza hoje a entrega de 300 livros para quatro instituições deste Município. Ontem, receberam o projeto o Orfanato Jesus Maria José e a Creche Poço de Jacó. Já a programação de hoje inclui a Associação Educativa e Cultural Asa Branca e do Centro de Referência da Assistência Social. A iniciativa é patrocinada pela Coelce, por meio da Lei Rouanet, e realizada pelo Núcleo de Produções Culturais (Nuproc).

No ato da entrega, acontece também uma contação de histórias pelo Grupo Aracê em que o mote é o incentivo à leitura junto a crianças e adolescentes. Já foram beneficiadas, em Fortaleza, a Legião da Boa Vontade (LBV), a Associação Comunitária Cônego de Castro, as escolas Rainha da Paz e o CAIC Raimundo Carvalho. Em Sobral, a Escola Leonília Gomes e a Biblioteca Pública Lustosa da Costa também receberam o Projeto Baú de Leitura.

No total, 50 instituições sociais e escolas públicas de Ensino Fundamental receberão os livros infantis e infanto-juvenis em Fortaleza e no interior do Ceará, incluindo Municípios como Barro, Nova Olinda, Beberibe, Horizonte, Maranguape e Guaramiranga. O objetivo é reforçar ou iniciar o acervo de bibliotecas nesses locais, incentivando o hábito da leitura na infância e na adolescência.

Leitores conscientes

"Ao atingir crianças e adolescentes em diferentes fases de seu desenvolvimento, o Baú da Leitura é um meio de estimular em nosso público não só o hábito da leitura, mas ajudar numa visão mais ampla do mundo e de si mesmos, formando uma sociedade consciente de seus direitos e deveres", afirma o responsável pela Área de Responsabilidade Social, Corporativa e de Meio Ambiente da Coelce, Sérgio Araújo.

"Num cenário no qual as informações chegam cada vez mais pela internet e pela televisão, apenas uma pequena parcela da sociedade brasileira contemporânea tem buscado conhecimento e entretenimento nos livros. Um dos motivos é a falta de hábito da leitura desde a infância", enfatiza a coordenadora do Nuproc, Dora Freitas.

Cada livro é uma passagem com destino à fantasia, a um mundo de possibilidades que despertam no leitor a capacidade constante de se reinventar por meio de dramas, aventuras, romances. Personagens e situações permitem que a criança e o jovem possam projetar suas próprias vivências nos livros, formando no futuro adultos mais sensíveis e humanos.

Entre os títulos selecionados para compor o projeto, 100 livros se destinam ao público conhecido como "leitor iniciante" - que compreende a fase de aprendizagem da leitura; 100 são voltados para o "leitor fluente" - que abrange a fase da independência na leitura, pois já adquiriu as habilidades básicas necessárias; e os 100 últimos são direcionados ao "leitor crítico" - que é aquele que está na fase da confirmação da consciência crítica e da leitura independente, com capacidade de reflexão em maior profundidade.

MAIS INFORMAÇÕES

Assessoria de imprensa do projeto: (85) 9993.4920

Gerência de Comunicação da Coelce: (85) 3453.4883 / 3453.4045

Fonte: Diário do Nordeste

Juiz federal Marcos Mairton lança livro ´Quilombo do Encantado`


O juiz federal Marcos Mairton, titular da Comarca de Quixadá, e autor bastante conhecido nos meios literários e musicais cearenses, está convidando o mundo jurídico e amigos para mais uma noite de autógrafos do seu livro "O Quilombo do Encantado".

Será no Centro Cultural Oboé, em Fortaleza, na Rua Maria Tomásia, 531, perto do Shopping Del Paseo, a partir das 19:30, na 3a.feira, dia 5 de abril

O magistrado pede transmitir aos que já estiveram em eventos anteriores e quiserem comparecer novamente que dar-lhe-ão "alegria em dobro".

Fonte: Direitoce

Caminhos da Arte - desperta cultura nas escolas públicas

Projeto une arte e educação para celebrar os 60 anos da empresa Nacional Gás e beneficia 10 mil estudantes

Mergulho na história: estudantes dos 184 municípios cearenses apreciam exposições de arte
FOTOS: RODRIGO CARVALHO
O brilho no olhar da aluna do 9º ano de uma escola de ensino fundamental de Paraipaba, Maria Joveline Nascimento Félix, ao contemplar, pela primeira vez na vida, uma das obras-prima de Jean-Baptiste Debret evidencia que a arte realmente abre portas para um caminho onde o impossível não existe.

A estudante perante a criação. O encantamento diante do conhecimento, do saber, da cultura. Essa cena se repete com todos os estudantes de escolas públicas dos 184 municípios do Ceará ao percorrerem duas exposições em cartaz no Espaço Cultural da Universidade de Fortaleza (Unifor): a Brasiliana Itaú e Brassaï - Paris la nuit.

Mergulho na história
A visita, um verdadeiro mergulho pela história do Brasil e a Paris do século passado, é possibilitada pelo projeto Caminhos da Arte que marca os 60 anos da Nacional Gás, empresa do Grupo Edson Queiroz. Para Maria Joveline, um momento inesquecível compartilhado com seus colegas da Escola Francisco Figueiredo de Paula. Para a Nacional Gás e a Fundação Edson Queiroz/Unifor, a possibilidade de levar cultura e arte e saber para 10 mil crianças e jovens de todos os recantos do Estado.

Conhecimento
O projeto começou no último dia 21 e prossegue até 1º de maio. Três mil estudantes já passaram pelo espaço e puderam ver de perto quadros, documentos e gravuras que só poderiam encontrar em livros de História. "É além de minha imaginação", atesta Mayara Maria Monteiro, de 14 anos de idade e do município de Umirim.

Para Alisson Bruno de Castro, de 13 anos, o projeto da Nacional Gás também proporciona outros conhecimentos.

Ele tem razão. A proposta do Caminho da Arte vai além da visitação às mostras dos espaços expositivos da universidade. Os jovens participantes do projeto também fazem um tour pelo campus da Universidade, fortalecendo o vínculo entre cultura, arte e educação.

Os alunos interagem com outras iniciativas culturais da Unifor, como o Teatro Celina Queiroz, a Camerata da Unifor e o coral. "É um sonho para mim que quero entrar para a Faculdade de Medicina", diz.

De cada escola públicas, três adultos compõem a comitiva. Assim, a visita passou a ser um privilégio não apenas para os estudantes, mas igualmente para os professores.

Os educadores também são beneficiados, enriquecendo o conteúdo explorado em sala de aula aos elementos vistos durante a exposição.

"A iniciativa é muito importante porque poderemos multiplicar o que aprendemos aqui com os outros alunos", avalia a professora Regiane Maria da Silva Pessoa.

Viagem no tempo
Olhos atentos, máquinas fotográficas a mão e lá vai o grupo da escola Eneias Ferreira Nobre, do município de Ibicuitinga (região do Sertão Central) - uma das noves instituições que passaram pelas duas mostras ontem - para uma viagem por entre luzes e sombras da Paris noturna e transgressora dos anos 1930.

É esta a sensação que se tem diante da exposição de fotografias do húngaro Brassaï (1899 - 1984). A mostra, que tem curadoria da pesquisadora francesa Agnès de Gouvion Saint-Cyr, é constituída por cerca de 98 fotos em preto e branco.

"Nossa! Que incrível", foi a única frase pronunciada por José Gerônimo Freitas, de Itaiçaba (no Baixo Jaguaribe). A cada foto a expressão de magia em seu rosto, falava pelo garoto.

Diante da bela Torre Eiffel, as alunas registraram a imagem que desperta tantos sonhos. "É tudo muito lindo, diferente de nossa vida", emocionou-se Patrícia Maria de Araújo, do município de Limoeiro do Norte.

Na Coleção Brasiliana Itaú, o deslumbramento diante de obras dos principais artistas viajantes do Brasil Colônia, entre eles, Debret e Armand Julien Pallière. Este último, autor do panorama da cidade de São Paulo, de 1821, uma das peças mais raras da exposição.

Brasil Colônia
Os alunos passam pelos núcleos Brasil Holandês (que inclui uma belíssima peça de tapeçaria); pelo Brasil dos Naturalistas e o Brasil dos Viajantes (com desenhos, gravuras e álbuns de exploradores e pesquisadores europeus); pelo núcleo Rio de Janeiro, que apresenta vasta iconografia da cidade e seus habitantes - então parada obrigatória de qualquer artista viajante que chegava no Brasil naquela época.

Toda as visitas são guiadas por monitoras, alunas da Unifor, que vão explicando com detalhes cada período da coleção. Entre eles, grandes momentos da história e da cultura brasileiras por meio de cartas, manuscritos, atos oficiais assinados, desenhos e outros documentos, além das primeiras edições de vários livros famosos na literatura brasileira (alguns com dedicatória). "É um dia que levarei em meu coração e na minha memória para sempre", resumiu o sentimento de cada colega, Maria Joveline Nascimento.

MAIS INFORMAÇÕES
As duas mostras ficam em cartaz no Espaço Cultura Anexo até 1º de maio.

De terça a sexta, das 10 às 20 horas, e sábados e domingos, das 10 às 18h

ACERVOExposições apresentam o Brasil Império e Paris
As duas exposições em cartaz atraíram a atenção dos alunos. Durante a visitação, eles pediam informações sobre eles, como as peças, os artistas, período da história em que eles estão contextualizando.

As peças da Exposição Brasiliana Itaú compõem um dos mais abrangentes acervos artísticos da História do Brasil. Entre as raridades, há uma tela pintada com tinta a óleo por Arnaud Julien Pallière que retrata a vista a cidade de São Paulo em 1821. Em ´Segundo Casamento de D. Pedro I´, de 1829, Jean-Baptiste Debret ilustra o matrimônio do jovem monarca com D. Amélia.

O maior panorama do Rio de Janeiro do século XIX, medindo seis metros; o melhor exemplar conhecido da primeira enciclopédia da flora e fauna do Brasil aquarelado à mão; a primeira partitura da ópera O Guarany; a primeira edição de Os Sertões de Euclides da Cunha; primeira edição do único livro de poesias de Augusto dos Anjos; primeiras edições dos clássicos infantis de Monteiro Lobato constam na exposição.

A escravidão aparece em gravuras de Johann Moritz Rugendas, expostas ao lado de cartas de alforria e documentos de compra e venda de escravos. Há também manuscritos de governantes brasileiros, livros encadernados para a família real e moedas fabricadas em homenagem à coroação de D. Pedro I.

Enquanto que a Exposição Brassaï - Paris la nuit apresenta 98 fotografias em branco e preto de um dos fotógrafos mais célebres de século XX, o húngaro Brassaï.

Ele adotou Paris após a Primeira Guerra Mundial e se transformou em um de seus fotógrafos mais consagrados. Brassaï, cujo nome de batismo é Gyula Halász, foi membro da elite cultural de Paris, estando Miller, Picasso, Sartre, Camus e Cocteau, entre seus amigos mais ilustres. Sua obra registrou Paris de forma irreverente.

LÊDA GONÇALVES
 REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

segunda-feira, 28 de março de 2011

Poeta Zeca Muniz - 90 Anos

Zeca Muniz e Totó Rios
Participei das comemorações do aniversário de 90 anos do Poeta Zeca Muniz no dia 26/03/2011 momento muito festivo com familiares, parentes e amigos. Pela manhã foi realizado missa celebrada por Mons. Valderi Rocha e ao meio dia foi servido o almoço, à noite às 7hs seresta com músicas que marcaram nossa história e o poeta Zeca Muniz participou com toda sua lucidez.

Totó Rios com os filhos de Zeca Muniz
Neste momento foi que conheci o Zeca Muniz, quando me apresentei ao mesmo disse-lhe que eu era filho de Arimá Silveira, ele logo me falou que o conhecia inclusive lembrava-se da Tapera localidade onde moraram meus avós e citou algumas pessoas que residiam lá como Antônio Silveira, e falamos um pouco sobre Genealogia de nossa famílias.

Há alguns meses conheci seus filhos: Elizabeth que lançou livro sobre a Genealogia das Famílias de Cruz-Ce ‘Era uma vez na Cruz’, logo depois o Orestes que publica suas poesias no Blog Cavalo de Talo e a Goretti com o Blog Balaio da Poesia. E na ocasião do aniversário pude conhecer os outros filhos do Zeca Muniz.

 “Como é bom envelhecer com lucidez”-Totó Rios

Por Totó Rios


Zeca Muniz

Dados Biograficos
Eu, José de Sousa Albuquerque , vulgo Zéca Muniz; nascido, em Cruz, em 26/03/1921, desde a mais tenra idade me botaram no amanho da terra, cavando o pão na inchada. Nunca tive liberdades pra brincadeiras, e a disciplina no meu tempo era rigorosa, qualquer pequeno erro, a advertência era o cipó; acho que os castigos extrapolaram o meu emocional, e a repressão me fez um reprimido.

Por isso não culpo meus Pais, pois não tinham a luz de como educar os filhos com liberdade e informação; assim foram criados e assim nos criaram.

Na lavoura fiz profissão, e trabalhei com meu Pai até os 20 anos. Aos 21, fui sorteado para o Exército, era a primeira saída - e logo ir enfrentar as armas de guerra - isso me trouxe o peso de um treinamento estafante que me deixou mais deprimido e frouxo do que já era, alem do medo de ir pra guerra. Foram dois anos numa escola da vida, onde a disciplina me estrangulou ainda mais o sistema nervoso e o emocional, se bem que aprendi alguma coisa para o caminho da vida.Mas dei graças quando me licenciaram, a guerra terminou e eu não fui, voltei pra liberdade no meu nascedouro, um pouco abalado no sistema orgânico, mas sentindo na alma a esperança de paz no seio da família.

Em 47, já com 26 anos, me casei sem nem uma noção para uma estrutura de família, mas fomos levando o barco a remo e a vara, nasceram-nos 8 filhos 2 morreram ainda criança. Os seis cresceram aos trancos e barrancos, mais eram todos bem inteligentes, e com o pouco de escola que lhes demos souberam achar caminhos mais fluentes para seguir, e me superaram no trajeto da vida. Regozijo-me, pelo pouco que lhes dei no inicio de suas vidas, pois com este alicerce se ergueram e com o sacrifício de seus trabalhos, ordenados com persistência e perseverança.

Visando estas qualidades, contemplo-os um prodígio de família, nascida de um Pai frágil e desordenado, que levou a vida tangido pelo medo e perturbado pela a ignorância, hoje no fim da caminhada, arranjei um passa tempo nas paginas dos livros e, descobri as falhas que estou apontando; rogo-vos perdoem as minhas falhas e, alerto-os, cuidado com o vicio da boemia, ela arrasa com a saúde moral e corporal.
Os Erros e os frutos, deles, estão no histórico sobre o Zequinha.

Que todos vivam em paz e bem unidos, ADIOS.

Fonte: Livro Coletânea de um aprendiz aos 80

Confira outros dados e Poesias do Poeta Zeca Muniz: Blog Biblioteca Municipal de Cruz

A súplica de um ancião
O meu corpo desfalece
Mais tenho um coração
E a mente muito frágil
Traz-me a desilusão,
Reforça a minha alma
Com a força de um sanção
E que brilhe em meu senso
A luz pra esta canção.
Perdoa os descaminhos
Que este velho cruzou
Pois na minha juventude
A fúria me dominou,
Mas a água batismal
Tua fé me pegou
E pelo curso da vida
Eu senti o teu amor.
Ò Senhor Deus do Universo
A tua luz me enseja
A jogar com minhas notas
As sementes bem fazejas
Que elas sejam semeadas
Nos vales da tua Igreja
E que lá no reino etéreo
Tua Santa Face eu veja.

Poeta Zeca Muniz - 90 Anos

Zeca Muniz e Totó Rios
Participei das comemorações do aniversário de 90 anos do Poeta Zeca Muniz no dia 26/03/2011 momento muito festivo com familiares, parentes e amigos. Pela manhã foi realizado missa celebrada por Mons. Valderi Rocha e ao meio dia foi servido o almoço, à noite às 7hs seresta com músicas que marcaram nossa história e o poeta Zeca Muniz participou com toda sua lucidez.


Totó Rios e filhos do Zeca Muniz
Neste momento foi que conheci o Zeca Muniz, quando me apresentei ao mesmo disse-lhe que eu era filho de Arimá Silveira, ele logo me falou que o conhecia inclusive lembrava-se da Tapera localidade onde moraram meus avós e citou algumas pessoas que residiam lá como Antônio Silveira, e falamos um pouco sobre Genealogia de nossa famílias.

Há alguns meses conheci seus filhos: Elizabeth que lançou livro sobre a Genealogia das Famílias de Cruz-Ce ‘Era uma vez na Cruz’, logo depois o Orestes que publica suas poesias no Blog Cavalo de Talo e a Goretti com o Blog Balaio da Poesia. E na ocasião do aniversário pude conhecer os outros filhos do Zeca Muniz.

 “Como é bom envelhecer com lucidez”-Totó Rios

Por Totó Rios


Zeca Muniz

Dados Biograficos

Eu, José de Sousa Albuquerque , vulgo Zéca Muniz; nascido, em Cruz, em 26/03/1921, desde a mais tenra idade me botaram no amanho da terra, cavando o pão na inchada. Nunca tive liberdades pra brincadeiras, e a disciplina no meu tempo era rigorosa, qualquer pequeno erro, a advertência era o cipó; acho que os castigos extrapolaram o meu emocional, e a repressão me fez um reprimido.

Por isso não culpo meus Pais, pois não tinham a luz de como educar os filhos com liberdade e informação; assim foram criados e assim nos criaram.

Na lavoura fiz profissão, e trabalhei com meu Pai até os 20 anos. Aos 21, fui sorteado para o Exército, era a primeira saída - e logo ir enfrentar as armas de guerra - isso me trouxe o peso de um treinamento estafante que me deixou mais deprimido e frouxo do que já era, alem do medo de ir pra guerra. Foram dois anos numa escola da vida, onde a disciplina me estrangulou ainda mais o sistema nervoso e o emocional, se bem que aprendi alguma coisa para o caminho da vida.Mas dei graças quando me licenciaram, a guerra terminou e eu não fui, voltei pra liberdade no meu nascedouro, um pouco abalado no sistema orgânico, mas sentindo na alma a esperança de paz no seio da família.

Em 47, já com 26 anos, me casei sem nem uma noção para uma estrutura de família, mas fomos levando o barco a remo e a vara, nasceram-nos 8 filhos 2 morreram ainda criança. Os seis cresceram aos trancos e barrancos, mais eram todos bem inteligentes, e com o pouco de escola que lhes demos souberam achar caminhos mais fluentes para seguir, e me superaram no trajeto da vida. Regozijo-me, pelo pouco que lhes dei no inicio de suas vidas, pois com este alicerce se ergueram e com o sacrifício de seus trabalhos, ordenados com persistência e perseverança.

Visando estas qualidades, contemplo-os um prodígio de família, nascida de um Pai frágil e desordenado, que levou a vida tangido pelo medo e perturbado pela a ignorância, hoje no fim da caminhada, arranjei um passa tempo nas paginas dos livros e, descobri as falhas que estou apontando; rogo-vos perdoem as minhas falhas e, alerto-os, cuidado com o vicio da boemia, ela arrasa com a saúde moral e corporal.
Os Erros e os frutos, deles, estão no histórico sobre o Zequinha.

Que todos vivam em paz e bem unidos, ADIOS.

Fonte: Livro Coletânea de um aprendiz aos 80

Confira outros dados e Poesias do Poeta Zeca Muniz: Blog Biblioteca Municipal de Cruz


A súplica de um ancião

O meu corpo desfalece
Mais tenho um coração
E a mente muito frágil
Traz-me a desilusão,
Reforça a minha alma
Com a força de um sanção
E que brilhe em meu senso
A luz pra esta canção.
Perdoa os descaminhos
Que este velho cruzou
Pois na minha juventude
A fúria me dominou,
Mas a água batismal
Tua fé me pegou
E pelo curso da vida
Eu senti o teu amor.
Ò Senhor Deus do Universo
A tua luz me enseja
A jogar com minhas notas
As sementes bem fazejas
Que elas sejam semeadas
Nos vales da tua Igreja
E que lá no reino etéreo
Tua Santa Face eu veja.