sábado, 7 de janeiro de 2012

Acaraú pra recordar de volta, mais informações culturais pra você

Desde 2008 desenvolvo o resgate histórico de Acaraú-Ce através do Blog Acaraú pra recordar e comecei a me interessar por História, Literatura, Cultura, Livrosde Acaraú e do Ceará.

Criei os Blogs Ceará de Fato e Acaraú Online onde publiquei matérias culturais, e agora resolvi resgatar o Blog Acaraú pra recordar,onde iniciou todo meu trabalho, peço a compreensão de todos os que acompanham este humilde espaço para conferirem as novas informações no blog: http://acarauprarecordar.blogspot.com/

Obrigado pela atenção

Totó Rios

Dragão do Mar em preto e branco

Resultado de oficina de xilogravura pode ser visto em exposição no Espaço Multiuso, no Dragão do Mar
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É visível a importância do fazer artístico e da fruição estética para o desenvolvimento de crianças e adolescente. Este contribui, dentre outros aspectos, para o fortalecimento de seu potencial cognitivo. Como reconhecimento não só da necessidade, mas também da capacidade, transformadora da arte, experiências desse tipo vêm sendo realizadas em Fortaleza.
O Núcleo Educativo do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC) promove um trabalho onde arte e educação estão interligadas no processo de construção de um pensamento pedagógico que busca a dinâmica entre o sentir, o pensar e o fazer. Dessas atividades, as oficinas de gravuras ministradas pelo artista visual Eduardo Eloy têm contribuído não só com a formação de jovens e adultos, mas também no estimulo para as artes e na descoberta de novos talentos da terra.
Coletiva
A partir da exposição "Um olhar sobre o Dragão do Mar", aberta desde a última quarta-feira, no Espaço Multiuso do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, é possível entrarmos em contato com a produção de cerca de 26 alunos, que participaram, intensamente, do curso Imagens da Cidade - Educação Patrimonial Através da Xilogravura, ocorrido no ano de 2004.
De acordo com Eduardo Eloy, também responsável pela curadoria da mostra, tudo começou com um exercício artístico, onde ele convidou os alunos (jovens moradores do entorno do Dragão do Mar), a perceber e representar a cidade por meio de um de seus ícones mais significativos.
A exposição, portanto, tem como foco de atenção o olhar desses jovens sobre a arquitetura do Centro cultural como fonte para um exercício poético com o auxílio da xilogravura, técnica tão marcante da expressão artística no Ceará.
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As xilogravuras têm como fonte de inspiração a arquitetura do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura MARINA CAVALCANTE
 
Percepções
"Após sete anos, as obras, que fazem parte do acervo do Instituo de Arte e Cultura do Ceará (IACC), voltam a ser apresentadas ao público, evidenciando a criatividade dos artistas e a contemporaneidade da técnica. A exposição tem como cenário o Espaço Multiuso, visando proporcionar ao visitante um contexto mais intimista com as obras, sem a perda com a totalidade do tema", explica Eduardo Eloy.
O artista ressalta que o resultado da oficina é fantástico, uma prova do esforço e da criatividade de seus participantes. "Temos reunidos nesta exposição, os mais curiosos e singelos olhares. Embora oriento os alunos no decorrer do processo, não intervenho na expressividade deles. Assim, temos obras oriundas de olhares autônomos", frisa.

Eloy conta que durante o curso foram produzidas mais de 100 matrizes, sendo 30 delas escolhidas para a mostra. Nessa mesma linha, relacionada a arte, a educação e o patrimônio, o artista desenvolveu duas séries com outras turmas de alunos: "Um olhar sobre o Theatro José de Alencar" (2005) e "Um olhar sobre o bairro Jacarecanga" (2006). As obras fazem parte do acervo da Escola de Artes e Ofícios Thomaz Pompeu Sobrinho.

Olhares
Além da exposição "Um olhar sobre o Dragão do Mar", encontram-se em cartaz mais cinco exposições no Museu de Arte Contemporânea (MAC) do Dragão do Mar. "Nova visitação", de Eduardo Eloy, apresenta 70 desenhos aguados de café, misturado com caneta nanquim e grafite.
Essas obras surgiram de um acidente com uma xícara cheia de café, que foi derrubada pelo artista numa folha em branco. Da mancha sobre o suporte vieram novas indagações e o estímulo para pesquisar os traços aleatórios. Deles surgiram desenhos que dialogam fortemente com a tonalidade trazida à superfície do papel pelo uso da técnica de pintura "aguada".

"Sala experimental", de Paulo Lima e Diego Moreno, versa sobre a temática do movimento, corpo e cotidiano religioso. "Fotografia contemporânea: experimento" traz obras de Marcelo Brasileiro, resultantes de uma experimentação química com emulsão e papel fotográfico. "Cíceros", com fotos homenageando os romeiros de Juazeiro do Norte. As imagens foram feitas pelo fotógrafo Leopoldo Kaswiner no Dia de Finados, e incorporam um trabalho maior do fotógrafo em que retrata figuras populares do Nordeste, como vaqueiros, rendeiras e pescadores.

Há ainda a exposição "30 anos esta noite". O projeto reúne obras de cinco artistas cearenses que iniciaram sua trajetória em meados da década de 1980 e ainda são atuantes em Fortaleza, como: Ascal, José Pinheiro, Tarcísio Felix, Vidal Jr. e Cleoman Fontenele.

FIQUE POR DENTRO
A xilogravura: suas raízes e processosEsta é uma técnica de gravura na qual se utiliza madeira como matriz, possibilitando a reprodução da imagem gravada sobre papel ou outro suporte adequado. É um processo semelhante a um carimbo. A xilo é de provável origem chinesa, sendo conhecida desde o século VI. No ocidente, a técnica já se afirma durante a Idade Média. Ela chega ao Brasil por intermédio dos portugueses, tendo a região Nordeste como sua principal difusora. Francisco de Almeida e J. Borges são grandes gravadores.
Mais informações
Exposição "Um Olhar sobre o Dragão do Mar, em cartaz no Espaço Multiuso. Gratuita. Contatos: (85) 3488. 8600

ANA CECÍLIA SOARES
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Teatro José de Alencar

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No final do século passado o quarteirão da Rua Liberato Barroso entre a Rua General Sampaio e a Rua 24 de Maio no lado sul da antiga Praça Marquês do Herval (atual Praça José de Alencar) era ocupado por apenas duas instituições, o Batalhão de Segurança (Polícia Militar) e a Escola Normal Pedro II. Em 1908 parte do prédio do Batalhão de Segurança foi cedido pelo Governo Estadual para a construção do Teatro José de Alencar.

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A construção foi confiada ao Capitão Engenheiro Bernardo José de Mello, iniciando-se no dia 6 de junho de 1908. A inauguração oficial do Teatro José de Alencar, foi no dia 17 de junho de 1910, com a execução de hinos pela Banda Sinfônica do Batalhão de Segurança, sob a regência dos maestros Luigi Maria Smido e Henrique Jorge Ferreira Lopes, logo após discurso proferido por Júlio César da Fonseca, que recebeu o presidente, comendador Antônio Pinto Nogueira Acioly. A parte metálica, no estilo art-nouveau, foi importada da Inglaterra, fabricada por Walter Max Farlene & Co., de Glasgow. As pinturas internas foram feitas por J. Paula Barros e R. Ramos.

A foto mais antiga data de 1931 e mostra o teatro bem conservado e com as características da época em seu redor, como as famosas "melindrosas" os automóveis conversíveis da época, o combustor a gás carbônico, enfim, uma atmosfera aconchegante.
A foto nova nos traz o mesmo teatro, após longa reforma feita pelo Governo Estadual através da Secretaria de Cultura e Desporto. As janelas que tinham sido alteradas em outras reformas voltaram à condição original. Na foto antiga os vizinhos do teatro eram a Escola Aprendizes Artífices, no antigo prédio do Batalhão de Segurança de um lado e, do outro, a Grupo Norte da Cidade, no prédio já reformado da antiga Escola Normal Pedro II. Na foto atual, o vizinho da direita já não existe, pois o jardim pertence ao próprio teatro e o vizinho da esquerda já é o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN. (ver texto 94).
Fonte: Fortaleza de Ontem e de Hoje - Marcos Prediais

Passeio Público de Fortaleza

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Estamos na Avenida Caio Prado, que fica atualmente nos fundos do Passeio Público, aquela que dá para o lado do mar.
Foi iniciada, em 1864, a construção do Passeio Público no Largo da Fortaleza ou Campo da Pólvora, que era a primeira praça da povoação, na gestão do presidente da Província Dr. Fausto Augusto de Aguiar, compreendendo três planos, o atual e outros dois mais abaixo, hoje ocupados pela Avenida Leste-Oeste.
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O Passeio Público já foi Campo da Pólvora, Largo da Fortaleza, Largo do Paiol, Largo do Hospital de Caridade, Praça da Misericórdia e, a partir de 3/04/1879, Praça dos Mártires. Teve dois nomes não oficiais: Campo da Pólvora (1870) e Passeio Público, pelo qual é hoje conhecido. A praça foi urbanizada em 1864.
Havia três planos em três níveis, destinados às classes rica, média e pobre. Por volta de 1879 as duas praças mais baixas foram desativadas e a atual foi dividida em três setores com a mesma finalidade, ficando os ricos com a avenida do lado da praia, a classe média com a do lado da Rua Dr. João Moreira e os pobres com a central. Foi nesta época que o passeio recebeu as bonitas grades de ferro que o rodeavam e que foram retiradas em 1939 e recentemente feitas novas de acordo com as antigas.

O nome de Praça dos Mártires é uma homenagem aos heróis tombados ali, pertencentes ao movimento República do Equador, que foram bacamarteados: João Andrade Pessoa Anta, tenente-coronel Francisco Miguel Pereira Ibiapina, padre Gonçalo Inácio de Loiola Albuquerque e Melo Mororó, tenente de milícias Luís Inácio de Azevedo e o tenente-coronel Feliciano José da Silva Carapinima.
Na foto mais antiga, vemos no fundo o velho quartel do 9º Batalhão das Forças Federais ainda com apenas um andar; várias dezenas de combustores de iluminação a gás ladeando a avenida; em primeiro plano uma coluna encimada por uma esfinge, que dava acesso a uma escada que levava ao segundo plano; por trás, trecho da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção e de frente para o fotógrafo pessoas posando para a posteridade, podendo-se notar a maneira de vestir da época, quando todos, sem exceção, usavam chapéus, independente de idade, cor, credo ou condição social.
A foto atual mostra o mesmo trecho hoje, quando o quartel abriga a 10ª Região Militar e já tem dois pavimentos, que não são vistos por estarem cobertos pelas copas das árvores. Os combustores presentes encimando a grade não são os mesmos antigos, mas novos, com luz elétrica.
RUA JOÃO MOREIRA - ANTIGA RUA DA MISERICÓRDIA - PASSEIO PÚBLICO
A atual Rua João Moreira já se chamou Rua Nova da Fortaleza, Rua da Misericórdia (por causa da Santa Casa), Rua General Tibúrcio e Rua nº 17. 

Na foto antiga, que data de 1905, o fotógrafo está na calçada do Passeio Público, próximo à esquina da Rua João Moreira com a Rua Barão do Rio Branco, de costas para esta. Do lado esquerdo vemos, as antigas colunas com as grades de ferro que dali foram retiradas em 1932 e que recentemente foram refeitas no mesmo estilo, porém, com proporções alteradas. Na ponta da calçada, os combustores de gás. 

Do lado direito, o prédio de dois andares (incluindo o térreo), onde ficava o "Hotel de France", que foi depois reformado, passando a ter mais um pavimento e nele funcionou, por muitos anos, o Pálace Hotel, de Efrem Gondim. Atualmente, no mesmo prédio, está a Associação Comercial do Ceará.
É a esquina com a rua Major Facundo, que nasce ali. Do outro lado da rua, a casa com as janelinhas quadradas no sótão, que era dos "Mississipis" e na outra esquina, já com a Floriano Peixoto, o edifício onde funcionou o Hotel do Norte, de Silvestre Rendall e depois lá ficou por muito tempo os Correios, a Light, o Serviluz, a Conefor e a Coelce. Hoje, apesar de pertencer ao patrimônio da Coelce, ao abandono, tendo já desmoronado parcialmente durante uma chuva.

O tempo trouxe o que mostra a foto atual, como a presença de carros, o asfalto na rua antes com calçamento, postes e fios, etc. O prédio em primeiro plano, que antes tinha apenas dois pavimentos e quatro portas, na nova foto tem três pavimentos e seis portas; no outro lado da rua a velha casa dos "Mississipis" bastante alterada, o sobrado semi-abandonado da Coelce na esquina da Rua Floriano Peixoto.

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Fonte: Portal da História do Ceará

Emcetur-Centro de Turismo do Ceará


Localizada onde antes havia a Cadeia Pública do Ceará, a Empresa Cearense de Turismo (EMCETUR) é hoje um mercado que conta com mais de 100 lojas que comercializam produtos típicos cearenses.


Estima-se que o prédio tenha sido construído em 1850 para funcionar como presídio, com sua desativação ficou decidido que em seu local surgiria um mercado para comercializar produtos feitos no Ceará. Em 1973, no governo de César Cals surgia o mercado que hoje conhecemos como EMCETUR. Além das lojas o prédio abriga o Museu de Arte e Cultura Populares e o Museu da Mineralogia. As lojas ocupam os espaços que no passado serviam como celas, e ainda hoje é possível ver as grades originais em muitas dos pequenos comércios que ali vendem seus produtos.

D.Rosa-Rendeira de Acaraú

A EMCETUR funciona de segunda à sexta de 08:00 as 18:00, aos sábados de 08:00 as 17:00 e finalmente aos domingos e feriados de 08:00 as 12:00. A entrada é gratuita.









Patativa do Assaré


Uma das principais figuras da música nordestina do século XX. Segundo filho de uma família pobre que vivia da agricultura de subsistência, cedo ficou cego de um olho por causa de uma doença [2]. Com a morte de seu pai, quando tinha oito anos de idade, passou a ajudar sua família no cultivo das terras. Aos doze anos, frequentava a escola local, em qual foi alfabetizado, por apenas alguns meses [3]. A partir dessa época, começou a fazer repentes e a se apresentar em festas e ocasiões importantes. Por volta dos vinte anos recebeu o pseudônimo de Patativa, por ser sua poesia comparável à beleza do canto dessa ave.

Fonte: TV Assembléia do Ceará

Raquel de Queiroz - A historia de quem nos contou muitas historias


Rachel de Queiroz nasceu em Fortaleza-Ceará, em 17 de novembro de 1910 e faleceu no Rio de Janeiro em 4 de novembro de 2003. Foi eleita para a Academia Brasileira de Letras em 4 de agosto de 1977 e recebida em 4 de novembro de 1977 pelo acadêmico Adonias Filho.

Fonte: TV Assembléia do Ceará

Cearense - Padre Cicero Romao Batista


Um fato importante marcou a sua infância: o voto de castidade, feito aos doze anos, influenciado pela leitura da vida de São Francisco de Sales.

Em 1860, foi matriculado no Colégio do renomado Padre Inácio de Sousa Rolim, em Cajazeiras na Paraíba. Aí pouco demorou, pois, a inesperada morte de seu pai, vítima de cólera, em 1862, o obrigou a interromper os estudos e voltar para junto da mãe e das irmãs solteiras. A morte do pai, que era pequeno comerciante no Crato, trouxe sérias dificuldades financeiras à família, de tal sorte que, mais tarde, em 1865, quando Cícero Romão Batista precisou ingressar no Seminário da Prainha, em Fortaleza, só o fez graças à ajuda de seu padrinho de crisma, o coronel Antônio Luís Alves Pequeno. 

Fonte: TV Assembléia do Ceará

História da TV Ceará Canal 2


A década de 1960 representou o início da produção televisiva cearense. A TV Ceará, canal 2, dos Diários Associados, foi inaugurada em 26 de novembro de 1960. A emissora representava a expansão da cadeia associada pelo Nordeste, após instalar canais em Recife e Salvador naquele mesmo ano. A produção era tipicamente local, até porque o videotape ainda não havia chegado às emissoras, muito menos o sinal via satélite. A direção do canal ficou por conta do superintendente Eduardo Campos.

Fonte: TV Assembléia do Ceará

Geopark Araripe



Fonte: Repórter Assembléia

Geopark Araripe

É um território com limites definidos e que possui sítios de grande valor científico cujos patrimônios cultural, histórico, ambiental, científico e socioeconômico apresentam importância, raridade, riqueza em biodiversidade e contam a história da terra, conferindo identidade ao lugar.

Nele está localizado um determinado número de Geossítios, selecionados conforme a relevância de suas características para a história da Terra. Apesar do destaque principalmente relacionado ao patrimônio geológico, também se considerou a ocorrência de outros aspectos fundamentais relacionados à biodiversidade, história, cultura, arqueologia, dentre outros.

Um Geopark tem papel ativo no desenvolvimento econômico de seu território, que passa a ser mais reconhecido em função das suas riquezas naturais, possibilitando o desenvolvimento do Geoturismo, como estratégia na dinâmica econômica local.

Segundo Chris Woodley, Gerente do Geopark North Pennines AONB, do Reino Unido, Geoparks não estão relacionados apenas à rochas, mas também à pessoas é crucial, que estas estejam envolvidas, conheçam e valorizem a geologia da área. O objetivo é maximizar o geoturismo, para benefício da economia local e para ajudar às pessoas a entender a evolução da paisagem.

O projeto de criação do Geopark Araripe foi encaminhado à verificação da UNESCO pelo Governo do Estado do Ceará e Universidade Regional do Cariri - URCA, ainda em 2005, representando nessa ação o Governo do Ceará e o Governo Alemão, através do Programa de intercâmbio acadêmico- Brasil e Alemanha (DAAD), que apoiou à iniciativa.

Em 21 de setembro de 2006, após se submeter aos procedimentos padrões de vistoria e avaliação pela comissão oficial da UNESCO, Divisão de Ciências da Terra, o Geopark Araripe foi aprovado e oficializado na II Conferência Mundial de Geoparks (II World Conference on Geoparks), realizada em Belfast na Irlanda do Norte.

Características

O conceito do Geopark Araripe está baseado no estabelecimento de uma rede de Geossítios com grande valor histórico, cultural, ambiental e científico merecedores de atenção e proteção integral em virtude de suas peculiaridades. Ele permite ao visitante uma abrangente compreensão da origem e evolução da vida e do planeta Terra.

O Geopark Araripe está localizado ao sul do estado do Ceará, na porção cearense da Bacia Sedimentar do Araripe e abrange seis municípios da região do Cariri. Possui uma área de aproximadamente 3.520,52 km² e que corresponde ao contexto territorial das cidades de Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha, Missão Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri.

Sua função está além da proteção e preservação dos registros científicos, ambientais e culturais. As visitas exploratórias originadas desta ação e a infraestrutura de apoio, ainda em consolidação, proporcionam um processo natural e desejável de inclusão social, onde a participação da sociedade se constitui em um pilar importante para o funcionamento pleno do Geopark Araripe.

Objetivos

-Proteger e preservar legalmente os principais sítios selecionados, nomeados cientificamente como Geossítios, verdadeiras "janelas" educativas da história da evolução do planeta e da vida;

-Proporcionar à população local e visitantes oportunidades de conhecer e compreender tanto os contextos científicos selecionados das várias eras geológicas, como outros contextos regionais existentes, a exemplo do ecoturismo na FLONA (Floresta Nacional do Araripe);

-Possibilitar o contato com registros arqueológicos, próprios do povoamento ancestral da região e característicos de cultura local;

-Estabelecer relações entre a história da ocupação do território, a cultura regional e suas manifestações, e as formas de apropriação dos recursos naturais da região.

Vale ressaltar que o Geopark Araripe apóia os estudos dos registros arqueológicos, como pinturas rupestres, materiais cerâmicos e artefatos líticos( em pedra). O Geopark Araripe desenvolve projetos e programas inovadores, buscando para isso o apoio e a participação de entidades públicas, privadas, não governamentais e do conjunto da sociedade.

Paisagens do Ceará


Mais um programa da série de reportagens "Repórter Assembleia".

Esta reportagem exibe paisagens pouco conhecidas do Ceará, como o Riacho do Meio, em Barbalha, a Gruta do Farias, na Chapada do Araripe e a Cachoeira de Missão Velha. O documentário conta com trilha sonora de músicas nordestinas, em sua maioria cearense. A reportagem traz vários outros lugares que oferecem belezas naturais. Na região da Paraipaba, por exemplo, são mostradas a Praia do Capim Açu, um dos atrativos ainda pouco explorados, com lagoas e manguezais; e as águas límpidas da Lagoa das Almécegas, localizada na Praia da Lagoinha, em especial na reserva das Pedrinhas, paisagem que une sertão, praia e lagoa. Ainda em Quixadá, a reportagem mostra a Lagoa dos Monólitos ou Açude do Eurípedes, um dos pontos turísticos do município.

Fonte: TV Assembléia do Ceará

As igrejas católicas de Fortaleza


Repórter Assembléia - As igrejas católicas de Fortaleza

Fonte: TV Assembléia do Ceará

A História e Arquitetura das Edificações do Ceará


Repórter Assembleia - A História e Arquitetura das Edificações do Ceará

Fonte: TV Assembléia do Ceará

Escritor cearense Moreira Campos


Documentário sobre o escritor cearense Moreira Campos realizado pela TV Assembléia do Ceará. A lembrança é devido o dia 6 de janeiro marcar o nascimento de Moreira Campos (1914), em Senador Pompeu. Integrante do Grupo Clã, Moreira lançou “O Puxador de Terço”, “Dizem que os Cães Vêem Coisas” e outros livros de contos.

Fonte:  Blog Ceará Agora e TV Assembléia do Ceará

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Acaraú - Busca por gás e petróleo atrasa

Se os resultados encontrados forem satisfatórios, área do Ceará pode ser levada aos próximos leilões
image Até dezembro, 65% dos testemunhos em amostras haviam sido adquiridos FOTO: THIAGO 

GASPAR
Programado para o fim do ano passado, o resultado da pesquisa para identificação, ou não, de petróleo e gás na porção ocidental em mar da Bacia do Ceará atrasou, e os trabalhos prosseguem durante 2012. Até dezembro, segundo informa a Agência Nacional de Petróleo (ANP), que contratou o serviço, haviam sido adquiridos 65% dos mil testemunhos em amostras do assoalho oceânico a serem adquiridos.

Atualmente, o órgão está analisando as informações recebidas.
A Bacia do Ceará já é explorada comercialmente, mas somente na área do litoral de Paracuru, através dos campos denominados Xaréu, Atum, Curimã e Espada. A parte ocidental da bacia ainda é desconhecida, e o estudo pretende aumentar o conhecimento sobre a região das sub-bacias de Piauí, Acaraú e Icaraí, em uma área de 9,4 mil quilômetros quadrados. A pesquisa está incluída no Plano Plurianual de Geologia e Geofísica 2007-2014 realizado pela ANP.

Aporte
O projeto foi contratado em dezembro de 2010 e as pesquisas iniciadas em janeiro do ano passado, através do consórcio formado pelas empresas Ipex e Fugro. O relatório completo deveria ter sido entregue à Agência até o último dia 30. O investimento total no estudo é de R$ 12,7 milhões.
Até o fim de 2011, 651 testemunhos haviam sido retirados, por meio do testemunhador "piston core", que é o equipamento usado para proceder este tipo de amostragem.
As amostras estão sendo tiradas em lâminas d´água compreendidas entre 50 e 2.500 metros, atingindo, assim, águas profundas na bacia cearense. Até hoje, só há produção de petróleo em águas rasas, com até 50 metros de profundidade.

A ANP já informou que, no caso de ser detectada presença de hidrocarbonetos em parte significativa das amostras coletadas, haverá uma importante elevação da atratividade da bacia, podendo levá-la a ser oferecida nos próximos leilões a serem promovidos.

Explicação
"Deve-se enfatizar que esta ferramenta exploratória, coleta de amostras e análise geoquímica subsequente não se habilita a detectar ´acumulações´ de hidrocarbonetos, mas tão somente verificar a presença de indícios, ou seja, indicações de possíveis ocorrências, principalmente de gás, porventura migrado de zonas mais profundas da bacia. Trata-se de um método de investigação muito preliminar, o qual, evidenciando anomalias positivas encorajaria a obtenção de novos dados através de ferramentas mais apropriadas para a detecção de acumulações de hidrocarboneto, como a sísmica de reflexão por exemplo", esclarecera anteriormente o órgão.

Além da Bacia do Ceará, a Bacia do Araripe, na região do Cariri também foi pesquisada pela ANP. Contudo, após quase um ano de estudos, a Agência especializada concluiu que não existe petróleo para comercialização na localidade.

Cifra
12,7
milhões de reais é o valor do investimento do projeto que pretende avaliar a possibilidade de exploração de petróleo na parte ocidental da Bacia do Ceará

SÉRGIO DE SOUSA
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

Estreias literárias

Entre livros inéditos e coleções relançadas, saiba o que poderá compor sua estante em 2012
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Em sequência: Jorge Amado, Lira Neto, Ronaldo Correia de Brito, James Joyce e Nelson Rodrigues, destaques no calendário literário

Abra mais um generoso espaço na sua estante de livros. O ano de 2012 será marcado pelo lançamento de volumes em homenagem a centenários de autores brasileiros, títulos inéditos de escritores cearenses e a liberação da obra de grandes nomes da literatura internacional para domínio público.
Inéditos
Após dois anos de meio de pesquisa, finalmente o escritor cearense Lira Neto lança o primeiro volume de uma trilogia sobre Getúlio Vargas. Alcançando notoriedade no cenário literário nacional através de biografias de personagens tão distintos entre si quanto o escritor José de Alencar, o polêmico Padre Cícero e a cantora Maysa, o jornalista decidiu, desta vez, imergir na vida e na trajetória política de um dos mais memoráveis presidentes do Brasil. O autor retorna a um ambiente político já visitado há oito anos, quando escreveu "Castello - A Marcha Para Ditatura", sobre o cearense Marechal Castello Branco.
O primeiro livro, já entregue à editora, deve sair ainda neste primeiro semestre. "Provavelmente em maio", antecipa o autor. Neste volume retrata desde a infância de Getúlio e segue até 1930, quando inicia a sua vida na presidência. Entre o que pode revelar em primeira mão, o autor comenta o trabalho de arqueologia empregado para reconstituir as primeiras décadas da vida do advogado e político, além de uma característica interessante: "As pesquisas comprovaram que, mesmo enquanto governador do Rio Grande do Sul ou deputado, Getúlio já demonstrava simpatia pelo fascismo de Mussolini. Isto é, portanto, bem anterior à presidência", revela.
Atualmente, o autor se divide entre os preparativos para o lançamento e a estruturação do segundo volume. "A princípio, trabalhei pensando nos três. Foi um ano só para traçar um plano geral da obra, estabelecer os assuntos de cada um dos três volumes e fazer as divisões cronológicas. Agora, devo começar a colocar no papel os primeiros esboços, definir quantos capítulos serão...", detalha, já adiantando que deve lançar um volume por ano.
Para o autor, o livro promete "dar o que falar", já que Lira faz emergir documentos inéditos e se preocupa em apresentar aos leitores o "caldo de cultura" em que Getúlio estava inserido. A proposta, portanto, é que o título seja acessível e popular, apesar de - espera-se - também satisfazer a crítica. "Nas filas de autógrafo de Maysa, por exemplo, era visível a heterogeneidade do público. Senhores e senhoras saudosos da obra dela e jovens que tinha redescoberto a cantora. Com este livro, espero que aconteça o mesmo".
Lira Neto admitiu a complexidade de lidar com este personagem desde o início das pesquisas, tendo a imprensa, inclusive, intitulado Getúlio de "Esfinge". Pensando na polêmica em torno do biografado, o autor assegura que se preocupou com o trabalho de referência das informações. "O texto precisa ser atraente ao leitor, mas isso não me permite nenhuma licença poética. Tudo o que está escrito, tem base em algum documento", esclarece. Das 600 páginas do primeiro livro, aproximadamente 50 delas foram dedicadas a notas finais.
De São Paulo, rumo a Pernambuco, um outro cearense também se prepara para um lançamento importante. O médico e escritor Ronaldo Correia de Brito lança, no segundo semestre deste ano, mais um romance - sucessor de sua premiada estreia no gênero, "Galileia". Ronaldo é reconhecido por alguns sucessos como o conto "Lua Cambará" - publicado em 1970 e adaptado para TV, cinema e teatro - e o próprio "Galileia", vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura, em 2008.
Em seu novo livro, o autor deixa o ambiente sertanejo, revisitado em Galileia, e se dedica a um romance mais urbano. "São personagens que poderiam ter surgido nos Estados Unidos, na Inglaterra. É ambientado em um Recife da década de 60 e tem como cenário de fundo a ditadura de 1964. Mas não estou visitando os porões, este não é o principal foco da história", esmiúça.
Ainda que não seja uma preocupação de Ronaldo, pode-se dizer que 2012 é também um ano de expectativas para sua obra, já que alguns de seus textos e livros tiveram suas licenças vendidas para o cinema e o teatro. Os direitos de "Galileia" e de alguns contos de "Retratos Imorais" foram adquiridos para cinema, e o último também para adaptações no teatro.
Quanto a isso, Ronaldo mantém uma postura firme. "Uma vez conversando com o Luís Fernando Veríssimo, um autor brasileiro bastante adaptado, ele me aconselhou que, para não ter contrariedade, eu devia me preocupar sempre em procurar vender bem o direito de adaptação e não querer saber o que estavam fazendo. Ele ainda disse mais: que, de preferência, não fosse nem ver o resultado! Achei um conselho de um homem sábio. Fico feliz que a força motriz da obra tenha saído de mim, mas quando chega ao teatro, ao cinema e a TV, a obra já não é mais minha", opina o autor.
Mas Ronaldo, e o título do livro? O autor poetiza: "Ai, isso eu não posso dizer. Nesse sentido, sou muito africano. Os africanos não costumam divulgar o nome dos filhos. Muitas vezes, fazem isso só no ato do nascimento e alguns chegam a passar anos da infância sem ter seus nomes divulgados. Os pais só sopram seus nomes, secretamente, no ouvido dos filhos. Estou soprando nas páginas do meu livro o nome dele, mas vou deixar para dizer só quando ele nascer".
HomenagensDentre os centenários e efemérides, 2012 presenteia os que gostam de uma literatura brasileira popular e bastante temperada. Bahia, Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro compõem o caldo dos relançamentos deste ano: Jorge Amado e Nelson Rodrigues fariam 100 anos, já Carlos Drummond de Andrade, 110.
Jorge Amado será celebrado com uma verdadeira revisão de sua obra, vida e ideologia. Desde 2008, a obra do escritor ganhou nova casa editorial e vem sendo relançado pela Companhia das Letras em edições com excelente projeto gráfico. Aliás, o que a obra, de fato, merecia.
Entre as festividades que percorrem o Brasil, estão: o já lançado filme "Capitães da Areia", da cineasta e neta do escritor Cecília Amado; uma nova montagem da peça "Dona Flor e seus Dois Maridos", que entrou em cartaz no Rio de Janeiro; e a editora Companhia das Letras lança uma caixa que reúne os quatro livros das mulheres de Jorge, além de preparar uma programação com edições especiais, como o livro inédito de cartas que Jorge trocou com Zélia enquanto estava no exílio. Em março, deve sair "Navegação de Cabotagem", em edição especial ilustrada; em maio o lançamento de uma coleção de obras infanto-juvenis de Jorge, selecionada por Heloísa Prieto, e, finalmente, em agosto: "Os Velhos Marinheiros" e "Jorge & Zélia".
Já o mineiro Carlos Drummond de Andrade, que posteriormente dividiu seu coração com o Rio de Janeiro, ressurge nas livrarias com nova roupagem também pela Cia. das Letras, que ganhou, em 2011, o direito de publicar toda a obra do poética do escritor. "A Rosa do Povo", o primeiro, chega em março, em tempo da homenagem da 10.ª Festa Literária Internacional de Paraty, marcada para julho. Ainda em 2012, outros três títulos não divulgados serão lançados.
A mais misteriosa é a programação de lançamentos da Nova Fronteira, que edita Nelson Rodrigues. Ela garante que publicará textos inéditos do autor, releituras de suas peças e edições populares, mas não dá detalhes.
SAIBA MAIS
Acompanhe o
calendário de lançamentos literários neste ano:
Fevereiro
A obra de Pedro Nava, em novas edições pela Companhia das Letras
Março
"A Rosa do Povo", de Carlos Drummond de Andrade (Cia. das Letras)
"Navegação de Cabotagem", de Jorge Amado (Cia. das Letras)
Abril
Nova tradução de "Ulisses", de James Joyce, feita por Caetano Galindo ( Penguin-Companhia das Letras )
MaioPrimeiro volume da trilogia sobre Getúlio Vargas, de Lira Neto (Companhia das Letras)
Agosto"Velhos marinheiros", de Jorge Amado
"Jorge & Zélia", organizado por João Jorge
SetembroNovo romance de Ronaldo Correia de Brito (Alfaguara)
MAYARA DE ARAÚJOREPÓRTER