sábado, 19 de fevereiro de 2011

José Ferreira da Cruz - Zé Cruz

Aos 26 de fevereiro de 1918 no distrito de Aranaú do município de Acaraú-Ce, nasceu José Ferreira da Cruz, quinto filho do primeiro matrimônio do casal fervoroso e de vivencia crista, João Batista da Cruz e Vicência Ferreira da Cruz.


Seus irmãos do primeiro matrimonio são: Clodoaldo, Julieta, Maria Carmélia, Ana, Maria Abigail, Geraldo e Vicência.





São seus irmãos e primos de primeiro grau, do segundo matrimonio, Edmilson, Eunice, Terezinha, Elzir e Edilberto.

Aos quatro anos de idade, dominava a leitura, alfabetizado por seu genitor. Órfão de mãe, aos cinco anos de idade, começando precocemente a vivenciar as carências da ausência materna.

Exalta em versos, o seu torrão natal, cheio de encantos e belezas naturais. Lembra a sua infância com sentimentos de responsabilidade diante de seus trabalhos albergues próprio da vida cotidiana da época.



Refere-se a uma adolescência, juventude, maturidade e terceira idade, marcada por uma distensão muscular, acometido aos treze anos de vida quando ajudava seu genitor no comercio, com alterações em todo o corpo.



"Este problema de saúde que carrego, e conseqüência de um esforço físico (peso) na juventude que tenho que suportar ate enquanto eu estiver vida na terra".

Homem temente a Deus, Mariano desde jovem. Expressa seu amor e veneração a Virgem Maria ao rezar diariamente o terço em familia, em louvor a Maria e adoração a Jesus Cristo.

Aumenta a fé de quem com ele convive, pelos ensinamentos do rosário ao promover a contemplação dos mistérios que testemunha a vida do filho de Deus como salvador da humanidade.



Coloca com muito amor, o trecho do hino Treze de Maio em homenagem a Maria, recitando:

"A Virgem vos manda, o terço rezar, assim diz meus filhos, vos hei de salvar" (1)

Cristão tolerante, vida de caridade e desapego aos bens materiais, coloca o amor e o perdão como fundamento da vida crista.

No ano de 1940, casou-se com Maria Nilse Carneiro Couto, filha de João Fernandes Couto e Maria Jose Carneiro Couto, viúva, humilde costureira e operaria crista.


Do matrimonio tiveram quinze filhos: Jose Nilston, Jose Neilson, Jose Naécio, Maria Neilce, Jose Neilson, Jose Nilton, Jose Newton, Jose Nilder, Maria Neilde, Maria Neilze, Maria Neule, Maria Neuda, Maria Neila, Jose Narcélio e Jaqueline, neta e filha adotiva.

Exerceu varias profissões, agricultura, alfaiataria e comércio. Aposentado pelo INSS como comerciário.
Por problema de saúde, em 1959, necessitou de tratamento em Fortaleza, onde a familia teve que acompanhá-Io, residindo por alguns anos e retornando a Acarau em 1961.

Em 1963 engajou-se na vida política. Membro fundador do diretório do PMDB no município de Acarau, posicionando-se contra os coronéis. Foi eleito a vereador por dois mandatos e escolhido para ser suplente da Câmara de Vereadores.

Em 1982, a pedido do PMDB, foi candidato a prefeito. Em 1988, apoiou 0 candidato do PL a prefeito.
No ano de 1962, foi dirigente do dia do Senhor e assumiu as cáritas diocesanas por um período de um ano.
Realizou trabalho de evangelização nos diversos distritos de Acaraú, sendo as áreas de Rodagem Açude Novo e Saguim de sua responsabilidade evangélica.
Com a participação popular da comunidade de Saguim, construiu um prédio para celebrações religiosas e eventos sociais.
 No aniversário de trinta anos de evangelização da comunidade de Rodagem, os seus moradores com espírito de reconhecimento e gratidão, faz referência ao trabalho de evangelização do senhor Zé Cruz, com os seguintes versos:

 "Oh! Comunidade da Rodagem, exultai, bendizendo o Senhor.
Pela história do nosso trabalho, que no bairro tem grande valor.
Seu Zé Cruz com amor e com fé,foi o primeiro a implantar a missão.
Com o auxílio de irmãos dedicados, conduzia a evangelização.
E o projeto caminha ate hoje, muitos cuidam da sua função.
Crianças, jovens, adultos e idosos, recebem a boa lição "

Viúvo aos 84 anos de idade, espelho de retidão, desapego materiais, amor, tolerância e humildade. Homem de oração e fé crista.
Sua vida, alicerçada pela autenticidade e pelo silêncio contemplativo do amor, da compreensão e do perdão.

Fonte: Familia

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