FOTO: MIGUEL PORTELA |
Fortaleza Uma verdadeira viagem pela loucura, com a desmistificação de tabus e o resgate da dignidade e do respeito do paciente psiquiátrico. Tudo em um linguagem acessível. É o que promete a leitura de "Paradigmas da Loucura", do psicanalista Odaílson da Silva. O lançamento do livro ocorre, hoje, em noite de autógrafos, a partir das 19h30, na Academia Cearense de Letras (ACL).
Nascido em Maranguape, com três anos de acompanhamento de pacientes nos hospitais psiquiátricos de Fortaleza na bagagem, o autor simplifica a compreensão de complexos conceitos teóricos a partir de sua experiência nos centros de tratamento. O livro é um convite para um olhar diferenciado sobre o que, atualmente, a sociedade entende como distúrbio mental. Com uma base teórica que viaja de Platão a Freud, o escritor faz uma análise histórica da loucura. "Não se pode precisar o primeiro caso de alienação mental, mas a loucura é inerente à condição humana".
Durante toda a obra, são resgatados nomes expressivos da humanidade, no campo da literatura, artes plásticas, entre outros, que mesmo sendo considerados loucos, produziram um rico conteúdo artístico e souberam conviver com isso.
Odaílson segmenta o livro em quatro grandes momentos. O primeiro, na Grécia, aborda o mítico religioso, que atribuía aos deuses a condição de louco como castigo ou premiação. Da Idade Média vem o próximo modelo, em que a Igreja Católica classificava a pessoa com tal distúrbio como "endemoniada".
A ruptura desse pensamento vem com o terceiro paradigma, com a publicação, em 1801, do "Tratado Médico Filosófico Sobre Alienação Mental", de Phillipe Pinel. É feita uma análise sobre a figura do alienista e das ciências "psi" (psicologia, psicanálise e psiquiatria).
No quarto momento, o paradigma é o sofrimento psíquico moderno. Aqui, Odaílson faz uma crítica na forma de como a sociedade estigmatiza e exclui, atualmente, as pessoas com grave quadro psicopatológico.
Nascido em Maranguape, com três anos de acompanhamento de pacientes nos hospitais psiquiátricos de Fortaleza na bagagem, o autor simplifica a compreensão de complexos conceitos teóricos a partir de sua experiência nos centros de tratamento. O livro é um convite para um olhar diferenciado sobre o que, atualmente, a sociedade entende como distúrbio mental. Com uma base teórica que viaja de Platão a Freud, o escritor faz uma análise histórica da loucura. "Não se pode precisar o primeiro caso de alienação mental, mas a loucura é inerente à condição humana".
Durante toda a obra, são resgatados nomes expressivos da humanidade, no campo da literatura, artes plásticas, entre outros, que mesmo sendo considerados loucos, produziram um rico conteúdo artístico e souberam conviver com isso.
Odaílson segmenta o livro em quatro grandes momentos. O primeiro, na Grécia, aborda o mítico religioso, que atribuía aos deuses a condição de louco como castigo ou premiação. Da Idade Média vem o próximo modelo, em que a Igreja Católica classificava a pessoa com tal distúrbio como "endemoniada".
A ruptura desse pensamento vem com o terceiro paradigma, com a publicação, em 1801, do "Tratado Médico Filosófico Sobre Alienação Mental", de Phillipe Pinel. É feita uma análise sobre a figura do alienista e das ciências "psi" (psicologia, psicanálise e psiquiatria).
No quarto momento, o paradigma é o sofrimento psíquico moderno. Aqui, Odaílson faz uma crítica na forma de como a sociedade estigmatiza e exclui, atualmente, as pessoas com grave quadro psicopatológico.
Fonte: Diário do Nordeste
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