quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Sousândrade, Poeta e político importante maranhense


Um dos escritores mais originais do Romantismo Nacional, após diversos reveses na vida, veio a se tornar importante político maranhense, presidindo a comissão que redigiu o primeiro projeto da constituição Republicana do Maranhão.


Joaquim de Souza Andrade,  mais conhecido por Sousândrade , nasceu em 9 de Junho de 1833, na Vila de Guimarães, comarca de Alcântara, no estado do Maranhão. Foi escritor e poeta. Formou-se em letras e em engenharia de minas pela Sorbonne, em Paris.

Seu primeiro livro de poesia, Harpas Selvagens, foi publicado em 1857. Fixou residência nos Estados Unidos, depois de ter viajado por vários países. Nos Estados Unidos publicou sua  obra poética O Guesa Errante, que só foi valorizada muito depois de sua morte. Em 1877, escreveu; “ Ouvi dizer já por duas vezes que o Guesa Errante será lido 50 anos depois; entristeci – decepção de quem escreve 50 anos antes”. Resgatada no início da década de 1960, pelos poetas Augusto e Haroldo de Campos, revelou-se uma das mais originais de todo o nosso romantismo.

Na sua poesia, Sousândrade faz repetidas referências a uma infância feliz vivida na fazenda Vitória, onde era o único varão e o mais novo dos três filhos. Teve a felicidade interrompida quando a mãe, Maria Bárbara, por quem tinha especial carinho, morreu de tifo. Pouco tempo depois, morria-lhe o pai.

Por confiar em amigos, perdeu grande parte de sua herança. Contrariado pela perda da herança e pela morte dos pais, rebelou e viveu vida boêmia  no Rio de Janeiro. Viajou pelo Amazonas entre 1858 à1860. Casou-se no Maranhão, com Mariana de Almeida e Silva, dois anos mais velha que ele e analfabeta, pois não estudara,  mas que lhe proporcionaria respeitabilidade e bens materiais.

Em 1889, quando foi proclamada a República, Sousândrade foi nomeado Primeiro Intendente, o que equivale hoje a Prefeito, de São Luis. Presidiu também a comissão que redigiu o primeiro projeto da constituição Republicana do Maranhão.

No final da vida, Sousândrade vivia do salário de professor de Grego, no Liceu Maranhense e de aluguéis. Foi encontrado pelos seus alunos, doente em casa. Levaram-no ao Hospital Português, mantido pela Real Sociedade Humanitária, onde viria a falecer em 21 de abril de 1902, às vésperas de completar 70 anos.
Veja também:

Principiais contribuições literárias

  • Poesias
  • Harpas Selvagens – 1857
  • Guesa Errante – 1866
  • Novo Éden – 1893

Principais fontes de pesquisa

 Fonte: Cultura de Qualidade

Nenhum comentário: