quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

José de Alencar, maior representante da corrente literária indianista

 Saiba um pouco mais sobre a vida do político e imortal da Academia Brasileira de Letras, que causava admiração pela qualidade e tamanho de sua obra.

Da série Cultura Nordestina. Por Geraldo Gonçalves.


José Martiniano de Alencar, nascido em Messejana, na época um município vizinho a Fortaleza, no dia 1 de maio de 1829.
José de Alencar tinha o mesmo nome do pai, que tinha sido padre e depois senador, e da prima de seu pai Ana Josefina de Alencar, com quem formara uma união socialmente bem aceita, desligando-se bem cedo de qualquer atividade sacerdotal.
José de Alencar foi um jornalista, político, advogado, orador, romancista e dramaturgo brasileiro.
A família transferiu-se para a capital do império do Brasil, Rio de Janeiro, e José de Alencar, então com onze anos foi matriculado no colégio de Instrução Elementar. Fundou em 1846 a revista Ensaios Literários, onde publicou o artigo questões de estilo.
Em 1850, forma-se em direito. Começa a advogar no Rio e passa a colaborar no Correio Mercantil, convidado por seu colega de faculdade Francisco Otaviano de Almeida Rosa, e a escrever para o Jornal do Commercio os folhetins.
Filiado ao Partido Conservador, foi eleito várias vezes deputado Federal pelo Ceará. De 1868 a 1870, foi Ministro da Justiça. Não conseguiu ser Senador. Desgostoso com a política, passa a dedicar somente a literatura.
Foi o maior representante da corrente literária indianista. Cearense, com parte da adolescência vivida na Bahia, Vaidoso e sentimental, iniciou sua carreira literária em 1857, com a publicação de O Guarani, lançado como folhetim, e que alcançou enorme sucesso, o que lhe rendeu fama.
Foi casado com Ana Cochrane. Foi pai de seis filhos, inclusive Mário de Alencar, que seguiria a carreira de letras do pai.
Escreveu varias obras, entre elas o romance Iracema, o qual em 1866, Machado de Assis, em artigo no Diário do Rio de Janeiro, o elogiou calorosamente. José de Alencar confessou a alegria que lhe proporcionou essa crítica. Por escolha de Machado de Assis, é o patrono da cadeira número 23, da Academia Brasileira de Letras.
Sua imensa obra causa admiração não só pela qualidade, como pela quantidade, se considerarmos o pouco tempo que José de Alencar pôde dedicar-lhe numa vida curta. Faleceu no Rio de Janeiro, em 12 de dezembro de 1877, aos 48 anos de idade, de tuberculose.

Veja também:

Principais fontes de pesquisa.
Fonte: Cultura de Qualidade

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