Conheça um pouco sobre a vida do “Poeta dos Escravos”, o abolicionista Castro Alves. Importante integrante do grupo de poetas brasileiro imortais, escritor dos mais belos poemas líricos do Brasil.
Antônio Frederico de Castro Alves, nasceu em 14 de março de 1847, na fazenda Cabaceiras em Curralinho, hoje Castro Alves, no estado da Bahia. Filho do médico Antônio José Alves e de Clélia Brasília da Silva Castro.
Perdeu a mãe quando tinha 12 anos de idade. Seu pai se casou pela segunda vez em 1862, com a viúva Maria Rosário Guimarães.
Aos 17 anos fez as primeiras poesias. Submeteu-se à prova de admissão para ingresso na faculdade de Direito do Recife sendo reprovado.
Era um belo rapaz, de porte esbelto, voz possante, dons e maneiras que impressionavam. Era sempre muito requisitado nas sessões publicas da faculdade, nas sociedades estudantis, na platéia do teatro. Ocorrem então os primeiros romances, os mais belos poemas líricos do Brasil.
A atriz Portuguesa Eugênia Câmara se apresentou no teatro Santa Isabel em 1863, sendo grande sua influencia na vida de Castro Alves.
Neste mesmo ano, a tuberculose se manifestou e ele teve sua primeira hemoptise.
Ele enfim consegue se matricular-se na faculdade de Direito de Recife.
Publicou no primeiro número de a Primavera, seu primeiro poema contra a escravidão: “A canção do Africano”.
Perdeu seu irmão, que sofria de distúrbios mentais desde a morte de sua mãe, vitima de suicídio em 1864, e o seu pai a 23 de Janeiro de1866.
Fundou com Rui Barbosa e outros amigos uma sociedade abolicionista.
Em 1866, iniciou apaixonada ligação amorosa com Eugênia Câmara, a qual duraria até 28 de agosto de 1868.
Em São Paulo ,resolveu realizar uma caçada na várzea do Brás e feriu o pé com um tiro. Disso resultou longa enfermidade, cirurgias, e o martírio de uma amputação. Os cirurgiões e professores da faculdade de medicina do Rio de Janeiro, Andrade Pertence e Mateus de Andrade, amputaram seu membro inferior esquerdo sem qualquer anestesia. Pouco tempo depois voltou a faculdade para concluir o curso jurídico.
No dia 31 de Outubro de 1869, assistiu a uma representação de Eugênia Câmara, no teatro Fênix Dramática, no Rio de Janeiro, onde a viu pela última vez, pois resolveu partir para Salvador. Tendo piorado seu estado de saúde abandonou os estudos. No inicio de 1870 seguiu para Curralinho para melhorar a tuberculose que se agravara.
Sua ultima aparição em público foi em 10 de fevereiro de 1871, numa recita beneficente. Morreu às três e meia da tarde , em 6 de julho de 1871, no Solar da família no Sodré, Salvador, Bahia. Morreu sem acabar o que se propusera o poema “Os Escravos”, uma série de poesias em torno do tema da escravidão. Era conhecido como “Poeta dos Escravos”. É patrono da cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras.
Literatura de Castro Alves
- “Espumas Flutuantes” (1870).
- “Gonzaga ou a revolução em Minas ”(1875).
- “Cachoeira de Paulo Afonso (1876)”.
- “Vozes, D’África” e “Navio Negreiro ”(1880).
- “Os Escravos” (1883), etc.
Em 1960 publicou-se sua obra completa, enriquecida de peças que não figuram nas obras completas de Castro Alves, editadas em 1921.
Veja também:
Principal fonte de consulta: pt.wikipedia.org/wiki/Castro_Alves
Fonte: Cultura de Qualidade
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