O centenário de José Valdevino de Carvalho será comemorado hoje, às 19h30min, em sessão solene na Academia Cearense de Letras
Um homem profundamente lírico e religioso, apegado à sua infância, à sua terra e ao amor de uma mulher. José Valdevino, nascido em Água Verde, distrito de Redenção, formado professor de português, latim e história, escritor e poeta, completaria um século de vida no próximo sábado. Em homenagem à memória do antigo ocupante da cadeira de número 11 da Academia Cearense de Letras, será realizada hoje, às 19h30min, sessão solene na sede da Academia, com o lançamento de edição fac-símile do livro Tardes Sem Sol.
“A escolha foi pessoal”, revela Flávio Leitão sobre a seleção do título a ser relançado. O livro de sonetos é o preferido do terceiro dos nove filhos de José Valdevino, que cresceu acostumado a ver o pai diariamente na lida com os livros em seu gabinete. Entre os temas dos versos, as lembranças da infância no Engenho Livramento - onde foi criado pelo avô, Juvenal de Carvalho -, o cuidado com a natureza e o amor pela mulher de sua vida, Maria Adamir Leitão de Carvalho.
“O papai era um apaixonado pela mamãe. Ele tem muitos sonetos dedicados a ela”, conta Flávio. Depois de uma vida ao lado de Adamir, Juvenal não suportou a morte da amada e definhou aos poucos, até o coração parar por falência cardíaca. Aos 78 anos, Valdevino deixou uma legião de alunos formados nos diversos colégios da cidade em que lecionou, além dos nove filhos, que hoje carregam o nome da mãe pelo amor do pai.
“Nós todos somos conhecidos como Leitão, porque quando o papai nos apresentava, ele era tão apaixonado pela mamãe, que dizia: ‘esse menino é inteligente, bonito... Puxou a mãe”, explica Flávio. O sobrenome, também herdaram os filhos Tarcísio, Adamir, Armanda, Helena, Fernando, Ângela e Gerardo Majela, o caçula.
De seu último livro, lançado em 1984, José Valdevino dedicou as histórias aos seus mais novos descendentes. Historinhas para Meus Netos e Bisnetos foi inspirado nos contos ouvidos ainda menino, contados por sua babá, filha de escravos. A exemplo das fábulas de Esopo, o moralista e católico escritor deixou lições ao fim de cada história.
Na solenidade de logo mais, o escritor deve ser homenageado em discursos dos imortais cearenses Pedro Henrique Saraiva Leão e Dimas Macedo, atual ocupante da antiga cadeira de Valdevino e que também assina a apresentação da edição fac-símile de Tardes Sem Sol. Com uma tiragem de 500 exemplares, o livro será distribuído gratuitamente durante a sessão.
SERVIÇO
CENTENÁRIO DE JOSÉ VALDEVINO DE CARVALHO
Quando: hoje, às 19h30
Onde: na Academia Cearense de Letras, rua do Rosário, n. 1 - Centro (Praça dos Leões).
Mais informações: 3226 0326
Quem
ENTENDA A NOTÍCIA
José Valdevino de Carvalho nasceu em 1911 e faleceu em 1989. Foi professor e escritor, autor de livros como Coração (1934), Tardes Sem Sol (1978) e Historinhas para Meus Netos e Bisnetos (1984). Ocupou a cadeira de número 11 da ACL.
“A escolha foi pessoal”, revela Flávio Leitão sobre a seleção do título a ser relançado. O livro de sonetos é o preferido do terceiro dos nove filhos de José Valdevino, que cresceu acostumado a ver o pai diariamente na lida com os livros em seu gabinete. Entre os temas dos versos, as lembranças da infância no Engenho Livramento - onde foi criado pelo avô, Juvenal de Carvalho -, o cuidado com a natureza e o amor pela mulher de sua vida, Maria Adamir Leitão de Carvalho.
“O papai era um apaixonado pela mamãe. Ele tem muitos sonetos dedicados a ela”, conta Flávio. Depois de uma vida ao lado de Adamir, Juvenal não suportou a morte da amada e definhou aos poucos, até o coração parar por falência cardíaca. Aos 78 anos, Valdevino deixou uma legião de alunos formados nos diversos colégios da cidade em que lecionou, além dos nove filhos, que hoje carregam o nome da mãe pelo amor do pai.
“Nós todos somos conhecidos como Leitão, porque quando o papai nos apresentava, ele era tão apaixonado pela mamãe, que dizia: ‘esse menino é inteligente, bonito... Puxou a mãe”, explica Flávio. O sobrenome, também herdaram os filhos Tarcísio, Adamir, Armanda, Helena, Fernando, Ângela e Gerardo Majela, o caçula.
De seu último livro, lançado em 1984, José Valdevino dedicou as histórias aos seus mais novos descendentes. Historinhas para Meus Netos e Bisnetos foi inspirado nos contos ouvidos ainda menino, contados por sua babá, filha de escravos. A exemplo das fábulas de Esopo, o moralista e católico escritor deixou lições ao fim de cada história.
Na solenidade de logo mais, o escritor deve ser homenageado em discursos dos imortais cearenses Pedro Henrique Saraiva Leão e Dimas Macedo, atual ocupante da antiga cadeira de Valdevino e que também assina a apresentação da edição fac-símile de Tardes Sem Sol. Com uma tiragem de 500 exemplares, o livro será distribuído gratuitamente durante a sessão.
SERVIÇO
CENTENÁRIO DE JOSÉ VALDEVINO DE CARVALHO
Quando: hoje, às 19h30
Onde: na Academia Cearense de Letras, rua do Rosário, n. 1 - Centro (Praça dos Leões).
Mais informações: 3226 0326
Quem
ENTENDA A NOTÍCIA
José Valdevino de Carvalho nasceu em 1911 e faleceu em 1989. Foi professor e escritor, autor de livros como Coração (1934), Tardes Sem Sol (1978) e Historinhas para Meus Netos e Bisnetos (1984). Ocupou a cadeira de número 11 da ACL.
Pedro Rocha
pedrorocha@opovo.com.br
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Fonte: O Povo
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