Conheça a biografia de Rachel de Queiroz, professora, jornalista, romancista, cronista e teatróloga, primeira mulher a integrar a academia brasileira de letras. Uma mulher que recusou ser Ministra devido a seus ideais.
Da série Cultura Nordestina. Por Geraldo Gonçalves.
Rachel de Queiroz nasceu em Fortaleza, Ceará, no dia 17 de novembro de 1910. Era filha de Daniel de Queiroz e de Clotilde Franklin de Queiroz.
Na Academia Brasileira de Letras, foi a primeira mulher a ser eleita. Assumiu a cadeira de número 5, na sucessão de Cândido Mota Filho.
Foi para o Rio de Janeiro em 1915, juntamente com sua família, para fugir dos horrores da seca. Pouco tempo depois, viajaram para Belém do Pará, onde residiram por dois anos voltando a Fortaleza, face a nomeação de seu pai para o cargo de promotor. Após um ano no cargo, ele pediu demissão e vai lecionar Geografia no Liceu.
Rachel foi matriculada no curso normal, como interna do colégio Imaculada Conceição, formando-se professora em1925, aos 15 anos de idade.
Com o pseudônimo de Rita de Queluz, estreou no jornalismo publicando trabalhos no jornal O Ceará, a qual se tornou redatora efetiva. Seu primeiro trabalho literário foi com o romance “O Quinze”.
Submetida a rígido tratamento de saúde, em 1930, face a uma congestão pulmonar e suspeita de tuberculose, a autora se viu obrigada a fazer repouso e resolveu escrever um livro sobre a seca, que falava sobre os dramas dos flagelados da mesma, vítimas da extrema pobreza e sem ter quem os orientasse sobre o cultivo da terra. O romance lhe trouxe a consagração com o prêmio da Fundação Graça Aranha.
Em 1932 casou-se com o poeta José Auto da Cruz Oliveira. No ano seguinte, nasceu em Fortaleza sua filha Clotilde.
Era integrante do partido comunista o que lhe rendeu ser fichada como agitadora pela policia de Pernambuco.
Era integrante do partido comunista o que lhe rendeu ser fichada como agitadora pela policia de Pernambuco.
Após ter seu livro desaprovado pelo PC (Partido Comunista) porque nele um operário mata outro, Rachel abandona o partido.
Em 1939, separou-se de seu marido, e em 1940 passou a viver com o médico Oyama de Macedo.
Durante sua vida publicou varias obras e foi considerada uma das maiores escritoras Brasileiras. Recebeu em 1957, da Academia Brasileira de Letras, o prêmio Machado de Assis.
Convidada pelo então presidente do Brasil, Jânio Quadros, para assumir o cargo de ministra da educação, recusou dizendo; Sou apenas jornalista e gostaria de continuar sendo apenas jornalista.
Seu último grande sucesso literário foi Memorial de Maria Moura em 1992, que se tornou minissérie de televisão.
Morreu vítima de um infarto do miocárdio enquanto dormia, em sua casa no bairro do Leblon, na zona Sul do Rio de Janeiro, 13 dias antes de completar 93 anos. Seu corpo foi velado no prédio da Academia Brasileira de Letras, no Rio, e enterrado no mausoléu de sua família no cemitério São João Batista, em Botafogo.
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Fonte de pesquisa
Fonte: Cultura de Qualidade
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