sexta-feira, 20 de maio de 2011

Museu Histórico e Memorial da Liberdade ganha catálogo


O exemplar proporcionará a apresentação de vários objetos que perderam sua função de uso para ganhar o valor de documento.

Por: Roberta Farias

O lançamento do catálogo do Museu Histórico e Memorial da Liberdade, em Redenção, intitulado “Africania e Cearensidade”, aconteceu na sede da Secretaria de Cultura do município. A edição do catálogo teve o apoio da Associação dos Municípios do Maciço de Baturité (AMAB), uma realização do Instituto Olhar Aprendiz e patrocínio do Governo do Estado do Ceará.

O objetivo da obra não é o de simplesmente cumprir uma formalidade imposta por lei (Lei Federal nº 11.904, de 14 de janeiro de 2009 – que diz respeito às diretrizes do Estatuto dos Museus). A ideia é mostrar a diversidade de peças sob a guarda do Museu, integrando a diversidade museológica do Ceará, ainda pouco conhecida pelos cearenses.

Além disso, o catálogo irá proporcionar a apresentação de vários objetos que perderam sua função de uso para ganhar o valor de documento. Desta forma, a população passa a adquirir uma reflexão sobre os modos de vida de gerações antigas e atuais para, assim, fortalecer vínculos com a história do Ceará.

A solenidade contou com a presença da secretária de Cultura da cidade, Lisiê Freire, que também atuou como oradora da solenidade; a Secretária Adjunta de Cultura do Ceará, Maninha Morais; a pró-reitora de graduação da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Jacqueline Freire; o vereador Paulo Marcelo, representando a Câmara Municipal de Redenção; a secretária de Ação Social do município, Yolanda Bezerra, representando os secretários municipais; Chiquinho Tavares, representando a AMAB; Roberto Galvão, presidente do Instituto Olhar Aprendiz e mestre em História Social; e a diretora do Centro Educacional Perboyre e Silva, Maria Helena Russo, representando as escolas do município.

Durante o encontro foi destacada a importância do Museu para a cidade, assim como a difícil luta dos líderes abolicionistas do século XVII, para se conseguir a libertação da escravatura. A prefeita Cimar abriu o seu discurso com a seguinte frase “uma cidade sem passado é uma cidade sem futuro”, cuja menção foi direcionada ao destaque histórico e cultural que Redenção possui em relação aos demais municípios brasileiros, e reforçou o pioneirismo da libertação da escravatura no Brasil.

Maninha Morais, em seu discurso, falou da importância dos avanços democráticos dos acervos para se trabalhar a cultura no Ceará. Ela disse ainda que o momento é propício para tratar a memória e identidade do povo cearense. A secretária adjunta aproveitou a oportunidade para anunciar um convite a prefeita Cimar e a secretária Lisiê Freira, para participarem do I Encontro de Gestores Municipais da Cultura, no próximo dia 1 de junho. A reunião visa uma aproximação entre as culturas de cada localidade. Ela conta que no encontro será abordado o Plano Estadual de Cultura, um projeto de autoria da Secult.

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