Raimundo Nonato Aragão entrou para o Banco do Brasil em 1971, na agência de Itaituba (PA). Foi auxiliar de escrita e chegou a cargo de gerência. Pelo banco, trabalhou em diversas cidades do estado do Ceará, como Bela Cruz, onde se aposentou em 2001.
Natural de Sobral (CE) e pós-graduado em Ciências Contábeis, Aragão lecionou por dois anos na Universidade Estadual do Vale de Acaraú (CE), de 2002 a 2004. Por se considerar novo e bastante ativo, não tinha a intenção de ficar sem atividades profissionais. Desde 2005, exerce o cargo de secretário adjunto de Cultura e Turismo de Sobral.
Aragão sempre gostou de artes e escrita. Assinou por anos uma coluna de crônicas no jornal Correio da Semana, de sua cidade natal. Só parou de produzir os textos porque precisou se dedicar à produção do livro “De frente para o Norte”, com lançamento no dia 11 de maio de 2011, na Casa de Cultura da Prefeitura de Sobral.
Vitória
Até receber o livro impresso o aposentado passou por uma prova de fogo. O livro é fruto da vitória do Prêmio Literário Autores Cearenses, que objetiva garantir a democratização do acesso aos recursos do Tesouro do Estado para estimular a valorização dos autores e editores radicados no Ceará, além de promover a circulação do livro e preservar o patrimônio literário. Aragão foi um dos oito vencedores na categoria “Crônicas e memórias”.
“De frente para o Norte” é a compilação de artigos já escritos somados a crônicas inéditas do autor. Ao todo são 47 crônicas que abordam temas como a seca do nordeste, questões políticas, Amazônia e, ainda, situações do cotidiano da região de Sobral.
Qual o maior desafio em produzir um livro?
Eu tive a facilidade de ter o incentivo do estado. O primeiro desafio, então, foi participar do concurso. Depois, foi achar o “ponto certo”. Cada vez que eu achava que tinha finalizado a obra, enxergava algo a melhorar. Até ficar satisfeito demorou bastante. Isso foi o mais desafiador: saber o momento certo de parar de mexer no conteúdo.
Você viveu a seca? Como a questão entrou na obra?
Eu vivi a seca de 58. Era criança e o sentimento de todos era de muita aflição, pois a grande seca anterior, de 1932, foi terrível. Havia o medo dos chamados “currais do governo” erguidos para que a população rural não invadisse as cidades em busca de água e comida. Em 1958, Juscelino Kubitschek criou frentes de trabalho que salvaram milhares de vidas e a situação não se repetiu. Mas, o livro é feito de coisas alegres, a seca é apenas uma crônica.
Eu tive a facilidade de ter o incentivo do estado. O primeiro desafio, então, foi participar do concurso. Depois, foi achar o “ponto certo”. Cada vez que eu achava que tinha finalizado a obra, enxergava algo a melhorar. Até ficar satisfeito demorou bastante. Isso foi o mais desafiador: saber o momento certo de parar de mexer no conteúdo.
Você viveu a seca? Como a questão entrou na obra?
Eu vivi a seca de 58. Era criança e o sentimento de todos era de muita aflição, pois a grande seca anterior, de 1932, foi terrível. Havia o medo dos chamados “currais do governo” erguidos para que a população rural não invadisse as cidades em busca de água e comida. Em 1958, Juscelino Kubitschek criou frentes de trabalho que salvaram milhares de vidas e a situação não se repetiu. Mas, o livro é feito de coisas alegres, a seca é apenas uma crônica.
Fonte: Previ
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