segunda-feira, 21 de março de 2011

Brilho cearense na Cidade Luz

As escritoras Grecianny Carvalho Cordeiro, Joyce Cavalcante e Lêda Maria Souto com o tradutor da antologia Marc Gallan

Grupo de escritoras cearenses, integrantes da Rede de Escritoras Brasileiras, divulga literatura feminina contemporânea no Salão do Livro de Paris, que se encerra hoje, na França

O Brasil ocupou o centro das atenções do Salon du Livre de Paris - 2011, na noite do dia 18. No estande da editora Yvelinedition, a Rede de Escritoras Brasileiras (Rebra) lançou sua antologia "Le Grand Show des ÉcrivainesBrésiliennes", reunindo 62 participantes, entre elas as cearenses Joyce Cavalccante, presidente e fundadora  da entidade, a jornalista e poeta Lêda Maria Souto (colunista do Diário do Nordeste), a contista e advogada Grecianny Cordeiro e a escritora Beatriz Alcântara.

No círculo da intelectualidade presente a opinião sobre a edição primeira em francês, vem revelar a colaboração das mulheres na criação de uma nova linguagem, mantendo um compromisso com a literatura e seu envolvimento com o social e as emoções, muitas relacionadas as mudanças do universo feminino.

Para François Baudez, editor da publicação da antologia da Rebra na França, "a mulher brasileira aqui representada, em versos, contos e narrativas, permite ampliar os laços entre o mundo literário da França e do Brasil, fortalecendo algo que anos atrás foi mais desenvolvido. Nesta antologia, temos emoções reveladas, que vão desde denúncias sobre o mundo feminino, até a dança de emoções reveladoras de uma mulher que sabe amar e se comunicar".

A escritora Joyce Cavalccante, feliz com a promoção, revelava, "aqui em Paris damos um show de talentos, direcionado à expansão e ao conhecimento da língua portuguesa, proporcionando a revelação do pensamento de cada uma das escritoras presentes à antologia, diretamente colaboradoras efetivas, no fortalecimento de nossa associação, comprometida sempre com a produção literária da mulher brasileira".

Valorização
Geo de Carvalho, representando a embaixada brasileira, ressaltava, a contribuição da Rebra para uma divulgação da literatura brasileira. "Chega ao Salão do Livro, um dos maiores eventos anuais de Paris, desvendando o lado belo de nossa literatura acoplado muito bem com as emoções de cada uma das escritoras da Rebra".

Mesma opinião tem Ana Berlin, natalense que integra a equipe da Embaixada do Brasil na Alemanha. Ela foi a Paris somente para o evento da Rebra. "Mais que nunca, precisamos mostrar ao mundo a produção da mulher brasileira, enriquecedora para a imagem do Brasil. Aqui confirma-se essa projeção e ficamos orgulhosos".

O tradutor Mare Galan confessou ao Diário do Nordeste ser grato por ter percorrido a realidade da mulher brasileira da atualidade. "Ela é forte, entusiasta e emotiva. Sabe falar ao mundo e muitos dos seus poemas chegam para colorir as nossas emoções. Foi um trabalho muito gratificante, para mim".

 Todas as participantes presentes ao lançamento, vivenciaram o grande momento e os jornalistas franceses, ao receber a antologia, expressavam sempre "trés belle" . Ninguém duvidava ser a obra a expressão repetida por Diva Pavesi, que representa a Rebra em Paris. "Nesses três anos de representação, o Brasil, através da voz feminina, se impõe como centro de um mundo novo e fraternal. Somos unânimes em afirmar que as escritoras da Rebra, ou as rebrinhas, abrem em Paris uma bela vitrine cultural ao mundo. São 62 textos literários na língua de Molière, permitindo também uma agradável leitura".

Trechos
"...j´ai besoin de ton sang. J´ai besoin du rouge légitime, a-t-il dit en apportant le stylet en un grand bassin./ Il s´est approché./ Je suis sortie en courant jusqu´au jardin, mais je me suis aperçue que j´étais nue. Je suis revenue sur mes pas pour ramasser un vêtement, um chiffon, que sais-je, quelque chose pour me couvrir./ - Alors, tu es revenue? Nous allons continuer notre travail, a-t-il dit avec sadisme". ("Imagination Signée", de Joyce Cavalcante)

"...Si nous sommes chômeurs, nous rêvons du jour où nous trouverons un emploi pour occuper notre temps, et nous nous promettons que nous nous consacrerons intègralement â notre nouveau métier, néanmoins, une fois l´emploi obtenu, nous découvrons alors que c´est fastidieux de se lever de bonne heure tous les jours, d´affronter la circulation et des rester travailler sans avoir le temps de s´amuser et de ne rien faire comme autrefois". ("Temps", de Grecianny C. Cordeiro)

"Je te tends mes bras/Qui, comme des coquilles, te protégeront/Et te sauvegarderont des tempétes, /defais tes noeuds,/donne libre cours â tes larmes, jouis de tes émotions,/rejette la peur,/au son don luth du garçon â moitié nu, qui joue en liberté". ("Cadres Parfaits",de Lêda Maria )

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