O Museu de Santana do Cariri criou espaços voltados para estudantes e pesquisadores de paleontologia
Santana do Cariri O Cariri é referência quando o assunto é paleontologia. Levando em consideração a importância desta área para o crescimento da região, algumas ações estão sendo adotadas para promover o incentivo à pesquisa paleontológica e ao turismo rural. Um dos pioneiros nessa ideia é o Museu de Paleontologia de Santana do Cariri.
A nova direção do local, que tem como diretor o professor Titus Riedl, instalou três pontos de apoio com capacidade para atender 13 pessoas e uma lanchonete, com o objetivo de atender a demanda de pesquisadores e estudantes que visitam o Museu, que só este ano já recebeu cerca de 130 mil pessoas. Além de ser uma fonte de pesquisa para a ciência, o museu é o carro chefe do turismo científico da região do Cariri.
Tanto o dormitório quanto a lanchonete estão localizados nas dependências técnicas do prédio. Atualmente, a cidade de Santana do Cariri não possui rede de hotelaria para receber os visitantes. O único restaurante está localizado no Pontal da Serra, a cerca de 3 quilômetros da cidade. A lanchonete e o dormitório, de acordo com o diretor técnico do Museu, João Kerensky, visam suprir a carência da cidade em termos de hospedagem. "Os pesquisadores antes tinham que se hospedar em Nova Olinda, Juazeiro do Norte ou no Crato, o que dificultava o trabalho. Lá, os pesquisadores dispõem de biblioteca especializada", ressalta Kerensky.
O técnico explica ainda que os interessados em ir até o local devem entrar em contato com antecedência pelos telefones: (88) 3545. 1206, (85) 8708. 1736 ou (85) 8860. 9276, falar com Roberta Távora ou João Kerensky. O preço das diárias variam. Para estudantes de graduação é de R$ 10,00, de Mestrado ou Doutorado R$ 15,00 e R$20,00 para pesquisadores.
Nova concepção
O Museu da Paleontologia de Santana do Cariri, que foi restaurado, está funcionando com uma nova concepção. O geólogo Idalécio Freitas, gerente do Geopark Cariri, informou que o objetivo não é somente mostrar coisas velhas. A finalidade, segundo afirmou, é aprimorar o ensino das ciências para estudantes de diversas idades, bem como contribuir para o estímulo à curiosidade, à criatividade, à resolução de problemas e ao raciocínio lógico.
A proposta é que uma visita ao museu seja tão agradável quanto ir a um parque de diversões. Para isso, foi instalada uma sala de vídeos para exibição de documentários e filmes de interesse dos jovens. Brevemente, será disponibilizada uma sala para deficientes.
O objetivo, conforme Idalécio, é fazer girar emoções, ideias, sentimentos. Mostrar aos jovens um caminho que pode ser seguido no futuro em aspectos profissionais.
Para ele, um museu moderno como esse, "com características que permitem aos jovens não só ver, mas interagir com as formas de conhecimento representadas nos diferentes objetos e nas diferentes situações de conhecimento" funciona, entre outras coisas, como uma motivação simpática para que os jovens se interessem pelas questões da cultura científica.
Despertar
Para a comunidade de Santana do Cariri, em específico, o museu oferece bolsas de trabalho para estudantes, treinamento de guias e emprega funcionários, visando à ação social e o despertar da consciência, no que se refere à proteção do patrimônio paleontológico. Ao todo, 13 guias mirins fazem relatos interessantes, cheios de referências históricas. Com apenas 12 anos de idade, o guia mirim Enzo Lima de Melo fala, com desenvoltura, sobre a origem dos fósseis e o que eles representam para a ciência.
Pesquisa
"A finalidade é aprimorar o ensino das ciências para estudantes de várias idades"
Idalécio Freitas
Gerente do Geopark Araripe
"O museu contribui para que a comunidade tome consciência de sua identidade"
José Demontier FerreiraProfessor de Química
MAIS INFORMAÇÕES
Museu de Paleontologia de Santana do Cariri
Rua Dr. José Augusto Araújo, 326
Telefone: (88) 3545.1206
PREPARAÇÃO DE FÓSSEIS
Estudantes e professores participam de curso na área
Com o objetivo de aperfeiçoamento na pesquisa, são abordadas técnicas de preparação química e mecânica
Santana do Cariri. Dentro dessa concepção, alunos e professores que trabalham com paleontologia na região do Cariri estão participando de um curso de Preparação de Fósseis, ministrado por um dos maiores especialistas na área: o professor de Preparação de Fósseis, Hélder de Paula Silva, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O curso é promovido pela Universidade Regional do Cariri (Urca) e Geopark Araripe. O professor Álamo Feitosa destaca que é uma nova frente na pesquisa paleontológica da Bacia do Araripe. Estão sendo abordadas técnicas de preparação química e mecânica.
Para o ex-reitor da Urca, Plácido Cidade Nuvens, o museu é uma porta aberta na linha da extensão e da pesquisa. Somente no mês de julho, mais de três mil pessoas visitaram o museu o que, segundo Plácido, é um número expressivo para uma cidade pequena como Santana do Cariri, que conta com pouco mais de 17 mil habitantes.
Plácido destaca que o museu tem uma função básica de pesquisa, no apoio logístico aos pesquisadores que se dirigem à região, no sentido de conhecer a riqueza fóssil da Chapada do Araripe.
O museu, de acordo com Plácido, é uma instituição permanente, aberta ao público, sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento, que adquire, conserva pesquisa, expõe e divulga as evidências materiais e os bens representativos do homem e da natureza, com a finalidade de promover o conhecimento, a educação e o lazer.
Antônio Vicelmo
Repórter
O Museu de Santana do Cariri criou espaços voltados para estudantes e pesquisadores de paleontologia
Santana do Cariri O Cariri é referência quando o assunto é paleontologia. Levando em consideração a importância desta área para o crescimento da região, algumas ações estão sendo adotadas para promover o incentivo à pesquisa paleontológica e ao turismo rural. Um dos pioneiros nessa ideia é o Museu de Paleontologia de Santana do Cariri.
A nova direção do local, que tem como diretor o professor Titus Riedl, instalou três pontos de apoio com capacidade para atender 13 pessoas e uma lanchonete, com o objetivo de atender a demanda de pesquisadores e estudantes que visitam o Museu, que só este ano já recebeu cerca de 130 mil pessoas. Além de ser uma fonte de pesquisa para a ciência, o museu é o carro chefe do turismo científico da região do Cariri.
Tanto o dormitório quanto a lanchonete estão localizados nas dependências técnicas do prédio. Atualmente, a cidade de Santana do Cariri não possui rede de hotelaria para receber os visitantes. O único restaurante está localizado no Pontal da Serra, a cerca de 3 quilômetros da cidade. A lanchonete e o dormitório, de acordo com o diretor técnico do Museu, João Kerensky, visam suprir a carência da cidade em termos de hospedagem. "Os pesquisadores antes tinham que se hospedar em Nova Olinda, Juazeiro do Norte ou no Crato, o que dificultava o trabalho. Lá, os pesquisadores dispõem de biblioteca especializada", ressalta Kerensky.
O técnico explica ainda que os interessados em ir até o local devem entrar em contato com antecedência pelos telefones: (88) 3545. 1206, (85) 8708. 1736 ou (85) 8860. 9276, falar com Roberta Távora ou João Kerensky. O preço das diárias variam. Para estudantes de graduação é de R$ 10,00, de Mestrado ou Doutorado R$ 15,00 e R$20,00 para pesquisadores.
No museu foi criado biblioteca para oferecer aos estudantes e pesquisadores um acervo diversificado
FOTO: ANTONIO VICELMO
FOTO: ANTONIO VICELMO
Nova concepção
O Museu da Paleontologia de Santana do Cariri, que foi restaurado, está funcionando com uma nova concepção. O geólogo Idalécio Freitas, gerente do Geopark Cariri, informou que o objetivo não é somente mostrar coisas velhas. A finalidade, segundo afirmou, é aprimorar o ensino das ciências para estudantes de diversas idades, bem como contribuir para o estímulo à curiosidade, à criatividade, à resolução de problemas e ao raciocínio lógico.
A proposta é que uma visita ao museu seja tão agradável quanto ir a um parque de diversões. Para isso, foi instalada uma sala de vídeos para exibição de documentários e filmes de interesse dos jovens. Brevemente, será disponibilizada uma sala para deficientes.
O objetivo, conforme Idalécio, é fazer girar emoções, ideias, sentimentos. Mostrar aos jovens um caminho que pode ser seguido no futuro em aspectos profissionais.
Para ele, um museu moderno como esse, "com características que permitem aos jovens não só ver, mas interagir com as formas de conhecimento representadas nos diferentes objetos e nas diferentes situações de conhecimento" funciona, entre outras coisas, como uma motivação simpática para que os jovens se interessem pelas questões da cultura científica.
Despertar
Para a comunidade de Santana do Cariri, em específico, o museu oferece bolsas de trabalho para estudantes, treinamento de guias e emprega funcionários, visando à ação social e o despertar da consciência, no que se refere à proteção do patrimônio paleontológico. Ao todo, 13 guias mirins fazem relatos interessantes, cheios de referências históricas. Com apenas 12 anos de idade, o guia mirim Enzo Lima de Melo fala, com desenvoltura, sobre a origem dos fósseis e o que eles representam para a ciência.
Pesquisa
"A finalidade é aprimorar o ensino das ciências para estudantes de várias idades"
Idalécio Freitas
Gerente do Geopark Araripe
"O museu contribui para que a comunidade tome consciência de sua identidade"
José Demontier FerreiraProfessor de Química
MAIS INFORMAÇÕES
Museu de Paleontologia de Santana do Cariri
Rua Dr. José Augusto Araújo, 326
Telefone: (88) 3545.1206
PREPARAÇÃO DE FÓSSEIS
Estudantes e professores participam de curso na área
Com o objetivo de aperfeiçoamento na pesquisa, são abordadas técnicas de preparação química e mecânica
Santana do Cariri. Dentro dessa concepção, alunos e professores que trabalham com paleontologia na região do Cariri estão participando de um curso de Preparação de Fósseis, ministrado por um dos maiores especialistas na área: o professor de Preparação de Fósseis, Hélder de Paula Silva, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O curso é promovido pela Universidade Regional do Cariri (Urca) e Geopark Araripe. O professor Álamo Feitosa destaca que é uma nova frente na pesquisa paleontológica da Bacia do Araripe. Estão sendo abordadas técnicas de preparação química e mecânica.
Para o ex-reitor da Urca, Plácido Cidade Nuvens, o museu é uma porta aberta na linha da extensão e da pesquisa. Somente no mês de julho, mais de três mil pessoas visitaram o museu o que, segundo Plácido, é um número expressivo para uma cidade pequena como Santana do Cariri, que conta com pouco mais de 17 mil habitantes.
Plácido destaca que o museu tem uma função básica de pesquisa, no apoio logístico aos pesquisadores que se dirigem à região, no sentido de conhecer a riqueza fóssil da Chapada do Araripe.
O museu, de acordo com Plácido, é uma instituição permanente, aberta ao público, sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento, que adquire, conserva pesquisa, expõe e divulga as evidências materiais e os bens representativos do homem e da natureza, com a finalidade de promover o conhecimento, a educação e o lazer.
Antônio Vicelmo
Repórter
Fonte: Diário do Nordeste
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