terça-feira, 3 de maio de 2011

O passo constante da leitura

Acontece hoje na Assembleia Legislativa a primeira audiência pública voltada à criação do Instituto do Livro e da Leitura do Ceará

Hoje será dado um importante passo para o campo da leitura no Ceará. Com participação de representantes de diversos segmentos da cadeia do livro e da leitura no Estado, acontece na Assembleia Legislativa a primeira de várias audiências públicas voltadas à criação do Instituto do Livro e da Leitura do Estado do Ceará. A iniciativa é fruto de debates levantados no seminário "Do autor ao leitor: caminhos do livro e da leitura no Ceará", realizado em 2009, pelo Fórum de Literatura e Leitura do Ceará (Fllec).

Durante o evento, foram criados quatro núcleos correspondentes às respectivas cadeias do livro e da leitura - Criativa, Mediadora e Formadora, Produtiva e Reguladora. A partir das palestras do seminário e da divisão dos núcleos, foi possível enumerar propostas de ação em um documento.

Coube à cadeia Mediadora e Formadora, coordenada por Kelsen Bravos e Urik Paiva, a mobilização de setores públicos e políticos no sentido de fomentar e apoiar ações relacionadas aos autores, à leitura, ao leitor e ao livro; a contribuição na formulação de políticas públicas que permaneçam como prioridade seja qual for a administração à frente dos governos; e a realização de audiências públicas específicas para discutir o Instituto do Livro e da Leitura do Estado do Ceará, dada a importância estratégica dessa entidade para este setor cultural, entre outras metas.

"No Brasil já existiu um Instituto Nacional do Livro (INL), criado em 1937 (e extinto em 1990). Era dentro dele que as ações da política do livro e da leitura eram construídas. Por isso, há uma demanda nacional pelo retorno do INL. Da mesma forma, discussões estaduais também aconteceram", esclarece a livreira Mileide Flores, integrante da Comissão Provisória do Fórum de Literatura e Leitura do Estado do Ceará.

"O Instituto seria um espaço onde se discutiriam as questões intrínsecas ao campo do livro, não apenas como instrumento cultural, mas econômico, profissional, tendo em vista que a leitura esta na base da formação cidadã de um País", observa Mileide Flores.

Segundo a livreira, o Instituto possibilitaria a realização de metas de maneira mais ágil. "Seríamos um dos primeiros Estados a ter o Instituto com discussão mais adiantada. Existe um documento que foi escrito pelo Fórum, chamado ´Por uma Política do Livro e Leitura para o Estado do Ceará´, que deve ser lido durante a audiência e será balizador para o debate. É apenas o inicio de uma longa conversa, porque a criação do Instituto é algo grande, que requer tempo e vai ter impacto sobre a população como um todo", destaca.

MAIS INFORMAÇÕESAudiência pública sobre a criação do Instituto do Livro e da Leitura do Ceará. Hoje, às 15h30, no
Complexo das Comissões/Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Av. Des. Moreira, 2807, Aldeota)

ADRIANA MARTINS

REPÓRTER

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