O evento deste ano terá caráter itinerante e também discutirá temas transversais, como Delmiro Gouveia
Ontem à noite, foi aberta exposição com o maior acervo imagético sobre o cangaço. As fotos feitas por Ademar Albuquerque e Benjamin Abraão retratam Lampião em Juazeiro ELIZÂNGELA SANTOS
Juazeiro do Norte. A história de uma heroína, Bárbara de Alencar, abre o maior evento sobre o cangaço que se tem notícia no mundo, conforme os organizadores. O Cariri Cangaço entra na terceira edição. De caráter itinerante, reunirá este ano cerca de 1,5 mil pessoas, entre pesquisadores e admiradores de uma temática que até hoje desperta o fascínio do público. Bandidos ou heróis, a controvérsia sobre os cangaceiros atravessa 72 anos de história.
Ontem à noite, foi realizada a solenidade de abertura, no Teatro Municipal Salviano Arraes Saraiva, no Crato. Em seguida, foi aberta a maior exposição temática sobre o cangaço, intitulada "Cangaceiros", com acervo da Abafilm, na galeria da RFFSA, pertencente ao empresário Ricardo Albuquerque.
Acervo remanescente
Esta mesma exposição esteve em temporada por Paris. Todas as fotos relacionadas ao cangaceirismo estarão expostas, inclusive com fotografias de Lampião que foram tiradas em Juazeiro do Norte. O evento segue até domingo.
Segundo os organizadores, este é o maior e mais qualificado acervo de imagens do cangaço do planeta, resultado do empreendedorismo de Ademar Albuquerque, fundador da Abafilm, e do fotógrafo árabe Benjamim Abraão. São mais de 120 fotografias remanescentes de um acervo maior, mas que foi destruído durante o regime do Estado Novo.
Durante a abertura, houve a entrega do Título de Cidadão Cratense ao curador do evento, Manoel Severo Gurgel Barbosa. O debate sobre Bárbara de Alencar contou com a presença de vários estudiosos da região. Severo diz que outros temas transversais serão tratados no evento, como a trajetória de Delmiro Gouveia, cearense de Ipu. "É um grande empreendedor e um dos maiores brasileiros do século", afirma. Cinco grandes pesquisadores do tema estarão presentes, incluindo o presidente da Fundação Delmiro Gouveia, em Alagoas, Adair Nunes.
Por ter um caráter itinerante, o evento contará com palestras em lugares muitas vezes inusitado, como a Chapada do Araripe, com palestra de técnicos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) e visitas a locais marcantes na história do Cangaço no Cariri, como a Fazenda Ipueiras, localizada em Aurora.
Temas transversais
Este ano, segundo Manoel Severo, a novidade é que o evento não estará preso à temática do Cangaço, mas envolve momentos históricos importantes como a Sedição de Juazeiro, em 1914. Também será lançada a minissérie "Sedição em Juazeiro". Jonas Luiz, o produtor do filme, fará palestra sobre o assunto, no Sesc de Juazeiro.
Para Severo, o cangaço pode ser trabalhado por várias vertentes da cultura popular, como a música. No domingo, será realizada palestra sobre a história da música no Nordeste, com o pesquisador Múcio Procópio.
MAIS INFORMAÇÕES
Cariri Cangaço
Região do Caririwww.cariricangaco.com
Telefone: (85) 9629.9826
Elizângela Santos
Repórter
Ontem à noite, foi aberta exposição com o maior acervo imagético sobre o cangaço. As fotos feitas por Ademar Albuquerque e Benjamin Abraão retratam Lampião em Juazeiro ELIZÂNGELA SANTOS
Juazeiro do Norte. A história de uma heroína, Bárbara de Alencar, abre o maior evento sobre o cangaço que se tem notícia no mundo, conforme os organizadores. O Cariri Cangaço entra na terceira edição. De caráter itinerante, reunirá este ano cerca de 1,5 mil pessoas, entre pesquisadores e admiradores de uma temática que até hoje desperta o fascínio do público. Bandidos ou heróis, a controvérsia sobre os cangaceiros atravessa 72 anos de história.
Ontem à noite, foi realizada a solenidade de abertura, no Teatro Municipal Salviano Arraes Saraiva, no Crato. Em seguida, foi aberta a maior exposição temática sobre o cangaço, intitulada "Cangaceiros", com acervo da Abafilm, na galeria da RFFSA, pertencente ao empresário Ricardo Albuquerque.
Acervo remanescente
Esta mesma exposição esteve em temporada por Paris. Todas as fotos relacionadas ao cangaceirismo estarão expostas, inclusive com fotografias de Lampião que foram tiradas em Juazeiro do Norte. O evento segue até domingo.
Segundo os organizadores, este é o maior e mais qualificado acervo de imagens do cangaço do planeta, resultado do empreendedorismo de Ademar Albuquerque, fundador da Abafilm, e do fotógrafo árabe Benjamim Abraão. São mais de 120 fotografias remanescentes de um acervo maior, mas que foi destruído durante o regime do Estado Novo.
Durante a abertura, houve a entrega do Título de Cidadão Cratense ao curador do evento, Manoel Severo Gurgel Barbosa. O debate sobre Bárbara de Alencar contou com a presença de vários estudiosos da região. Severo diz que outros temas transversais serão tratados no evento, como a trajetória de Delmiro Gouveia, cearense de Ipu. "É um grande empreendedor e um dos maiores brasileiros do século", afirma. Cinco grandes pesquisadores do tema estarão presentes, incluindo o presidente da Fundação Delmiro Gouveia, em Alagoas, Adair Nunes.
Por ter um caráter itinerante, o evento contará com palestras em lugares muitas vezes inusitado, como a Chapada do Araripe, com palestra de técnicos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) e visitas a locais marcantes na história do Cangaço no Cariri, como a Fazenda Ipueiras, localizada em Aurora.
Temas transversais
Este ano, segundo Manoel Severo, a novidade é que o evento não estará preso à temática do Cangaço, mas envolve momentos históricos importantes como a Sedição de Juazeiro, em 1914. Também será lançada a minissérie "Sedição em Juazeiro". Jonas Luiz, o produtor do filme, fará palestra sobre o assunto, no Sesc de Juazeiro.
Para Severo, o cangaço pode ser trabalhado por várias vertentes da cultura popular, como a música. No domingo, será realizada palestra sobre a história da música no Nordeste, com o pesquisador Múcio Procópio.
MAIS INFORMAÇÕES
Cariri Cangaço
Região do Caririwww.cariricangaco.com
Telefone: (85) 9629.9826
Elizângela Santos
Repórter
Fonte: Diário do Nordeste
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