segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Livro Agostinho Balmes Odísio — Memórias do Juazeiro do Padre Cícero, de autoria de Vera Odísio Siqueira


O livro “Agostinho Balmes Odísio — Memórias do Juazeiro do Padre Cícero”, de autoria de Vera Odísio Siqueira foi publicada sob o patrocínio do Museu do Ceará dentro do projeto Resgate da Memória Cearense. A apresentação foi feita pelo escritor de Juazeiro do Norte, Renato Casimiro.

Italiano de nascimento, Agostinho Balmes Odísio foi um escultor e arquiteto que viveu seis anos no Cariri, entre 1934 e 1940. Neste curto espaço de tempo, ele foi autor de bom número de obras de arte implantadas no Cariri, sendo a mais conhecida a Coluna da Hora, com 29 metros de altura, onde está a estátua do Cristo Redentor, com seis metros — totalizando 35 metros —  hoje oficializado como  o ícone da cidade de Crato.

Biografia

De acordo com pesquisa feita pelo historiador Armando Lopes Rafael, Agostinho Balmes nasceu em 1881, em Turim, norte da Itália, e formou-se pela Escola de Belas Artes daquela cidade. Na infância, foi aluno da Escola Profissional Domingos Sávio, mantida por São João Bosco.

Em 1912, ele esculpiu um busto do Rei da Itália, Vito Emanuel II, conquistando o 1º lugar numa disputa por uma bolsa de estudo em Paris. Na Capital francesa, foi discípulo de August Rodin, considerado, ainda hoje, o maior escultor contemporâneo. Em 1913, com 32 anos de idade, Agostinho Odísio resolveu emigrar para a Argentina, onde residia um irmão seu. Entretanto, por motivos ignorados, desembarcou no Porto de Santos, em São Paulo e permaneceu no Brasil até sua morte.

Durante 20 anos, produziu dezenas de obras de arte nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Em 1934, devido a problemas de saúde, foi aconselhado a residir no Nordeste, por causa do clima quente da região. Por acaso, leu na Imprensa sobre a morte do Padre Cícero e, vislumbrando oportunidade de negócios – por conta da religiosidade da cidade – veio para Juazeiro do Norte, onde residiu até 1940. Agostinho Balmes foi também responsável pelo projeto do Palácio Episcopal de Crato, Coluna da Hora, na Praça Padre Cícero, e reforma do Santuário Diocesano Nossa Senhora das Dores, os dois últimos localizados em Juazeiro do Norte.
( Matéria publicada no "Diário do Nordeste", edição de 19/11/2006)



Sobre a autora: Vera Odísio Siqueira

Neta de Agostinho Balmes Odísio, nascida em Fortaleza, filha do advogado João Otávio Siqueira(autor do Livro Viçosa do Ceará(noticias Esparsas) e Josefina Odísio Siqueira.

Inicou seus estudos no Colégio Batista e cursou o Normal no Colégio Imaculada Conceição, Advogada, com pós graduação em Teoria da Comunicação e da Imagem pela UFC e pós graduação em Recursos Humanos, Ex empregada da CAIXA, hoje aposentada.
Fonte: Livro “Agostinho Balmes Odísio — Memórias do Juazeiro do Padre Cícero

Totó Rios: Agradeço recebimento deste livro de Vera Odísio, o que muito enriqueceu minha pesquisa sobre a História de Acaraú, citado livro trás informações sobre Agostinho Balmes Odísio que reformou a Igreja Matriz de Acaraú segundo citação a seguir:

"Em 1931 assumiu o cargo de Vigário da Paróquia de Acarau o Pe. Sabino de Lima Feijão. Jovem, vontadoso e dinâmico, pensou logo em uma reforma total na Matriz, serviço que teve inicio a 2 de setembro de 1943. O arquiteto e escultor italiano, Agostinho Baume Odísio foi contratado para superintender os trabalhos. Chamou, então, uma equipe de artistas e operários, e a obra teve inicio em ritmo acelerado.

Assim, no ano da graça de 1947, a 28 de novembro, teve sua festiva inauguração a nova Matriz de Acarau, com a benção, por S. Exa. Dom Jose Tupinambá, da Frota. Trata-se de um dos templos mais belos do interior do Ceará. Segundo opinião de Dom Edmilson Cruz, "a nossa Matriz avulta entre os demais templos do interior e de muitos da Capital do nosso Estado e quiçá do Nordeste, como uma vitoriosa exceção, pela majestade de seu conjunto e pela beleza de suas linhas arquitetônicas" .

Fonte: Acaraú Cidade Centenária-Nicodemos Araújo postados nos Blog Paróquia de Acaraú e Acaraú pra recordar

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