Esculturas e pinturas do artista estão expostas em "Pinturas de Barrica em tela e cerâmica", em Juazeiro do Norte
Juazeiro do Norte Uma exposição inédita para o Cariri de um dos maiores artistas plásticos da região, Clidenor Capibaribe, o Barrica, está exposta no Centro Cultural Banco do Nordeste-Cariri. O acervo pertencente ao Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (Mauc -UFC), foi cedido para a exposição até o dia 20 de abril, dentro da programação do centenário da cidade.
São esculturas e pinturas do artista, na exposição intitulada "Pinturas de Barrica em tela e cerâmica". Gratuita ao público, a visitação acontece de terça-feira a sábado, das 13h às 21h. No período de 15h às 21h, os visitantes podem contar com o auxílio de um monitor.
Uma série de eventos marcam o centenário de Juazeiro do Norte, que se realiza em julho. A exposição de Barrica abre um calendário de eventos a serem realizados por meio da parceria com o Centro Cultural. Há também a proposta da Comissão do Centenário para editar e reeditar livros importantes sobre a história de Juazeiro do Norte, o que deverá se concretizar até o fim do ano.
Até julho, serão 20 edições lançadas, e mais uma pela UFC. Exposições de fotografias e artes plásticas também estão no cronograma. Serão investidos, por meio de projetos, cerca de R$ 600 mil em exposições e lançamentos.
Para a mestre em Artes Visuais, professora e curadora da exposição, Adriana Botelho, a mostra oferecerá ao público uma excelente oportunidade para conhecer um pouco mais de um dos principais artistas do movimento modernista, discutindo as afinidades de sua arte, bem como a sua influência na arte cearense. Clidenor Capibaribe, o Barrica, nasceu em Juazeiro do Norte, em 1913, e faleceu em Fortaleza, em 1993. Segundo a doutora em Sociologia da Arte, Kadma Marques, a história das artes plásticas no Ceará passa de maneira inevitável pela presença de Barrica. A essa trajetória está marcada por meio da Fundação do Centro Cultural de Belas Artes (CCBA - 1941/1944) e da Sociedade Cearense de Artes Plásticas (SCAP - 1944/1958).
"Além das associações que congregaram os artistas do pincel em torno de ideais, como aquele que manteve a realização do salão cearense mais tradicional - o Salão de Abril - sob a responsabilidade da SCAP, no período de 1946 a 1958", lembra Kadma.
Discorrendo sobre a arte de Barrica, o diretor do Mauc, Pedro Eymar, afirma que a década de 1950 apresenta um Barrica personalizado e comercialmente aceito. "Desenha com cores e as paisagens florescem de sua alma profunda para uma interface plástica tensa, onde matéria e gesto disputam com a figuração o primeiro plano da fruição estética", explica.
Pedro Eymar relembra que, em 1961, Barrica esteve presente na exposição de abertura do Museu de Arte da UFC. Na ocasião, esteve ao lado de Chico da Silva, Sérvulo Esmeraldo e Raimundo Cela. O artista expôs sua vibrante interpretação dos subúrbios e abstratas composições em irreverentes cerâmicas. No mesmo período, Barrica instalou junto ao Mauc uma oficina de cerâmica, provida de forno, do qual procedem muitas das cerâmicas da presente mostra.
O gerente do Centro Cultural, Lênin Falcão, espera um bom público. Uma das intenções era fazer um trabalho com professores de escolas públicas, com a promoção de um encontro de educadores e palestras para os docentes. A proposta é abrir possibilidades de trabalhar a exposição e o artistas dentro de sala de aula. Será distribuído material didático e em seguida a realização de visitas. O centro irá disponibilizar ônibus para os alunos das escolas de Juazeiro.
Novos artistas
Há uma ideia do Centro Cultural de trazer artistas de fora, para que o público local possa conhecer, e abrir para a participação de artistas de Juazeiro do Norte e do Cariri. "Há profissionais com um longo período de trabalho ou no caso do Barrica, que já faleceu. Essa exposição do Barrica vem sendo estudada desde o ano passado Pedimos a curadoria para participar do edital e a proposta foi aprovada. É importante o resgate deste artistas, que são desconhecidos da maioria das pessoas", ressalta.
Ele destaca que o Centro Cultural Banco do Nordeste tem trabalhado de forma especial o centenário da cidade e os cinco anos do Centro Cultural. Em maio, haverá exposição de vários artistas de Juazeiro, na comemoração dos cinco anos, e, em julho, dentro do centenário, exposição de uma artista pernambucana, Ana Veloso, que traz no seu trabalho a religiosidade e Padre Cícero.
MAIS INFORMAÇÕES Centro Cultural Banco do Nordeste- Região do Cariri
Telefone: (88) 3512.2855 / 8802.0362
lenin@bnb.gov.br
Elizângela santos
Obras do artista plástico juazeirense Barrica estarão expostas até o dia 20 de abril, no Centro Cultural Banco do Nordeste, em Juazeiro, em homenagem aos 100 anos da cidade FOTO: ELIZÂNGELA SANTOS |
São esculturas e pinturas do artista, na exposição intitulada "Pinturas de Barrica em tela e cerâmica". Gratuita ao público, a visitação acontece de terça-feira a sábado, das 13h às 21h. No período de 15h às 21h, os visitantes podem contar com o auxílio de um monitor.
Uma série de eventos marcam o centenário de Juazeiro do Norte, que se realiza em julho. A exposição de Barrica abre um calendário de eventos a serem realizados por meio da parceria com o Centro Cultural. Há também a proposta da Comissão do Centenário para editar e reeditar livros importantes sobre a história de Juazeiro do Norte, o que deverá se concretizar até o fim do ano.
Até julho, serão 20 edições lançadas, e mais uma pela UFC. Exposições de fotografias e artes plásticas também estão no cronograma. Serão investidos, por meio de projetos, cerca de R$ 600 mil em exposições e lançamentos.
Para a mestre em Artes Visuais, professora e curadora da exposição, Adriana Botelho, a mostra oferecerá ao público uma excelente oportunidade para conhecer um pouco mais de um dos principais artistas do movimento modernista, discutindo as afinidades de sua arte, bem como a sua influência na arte cearense. Clidenor Capibaribe, o Barrica, nasceu em Juazeiro do Norte, em 1913, e faleceu em Fortaleza, em 1993. Segundo a doutora em Sociologia da Arte, Kadma Marques, a história das artes plásticas no Ceará passa de maneira inevitável pela presença de Barrica. A essa trajetória está marcada por meio da Fundação do Centro Cultural de Belas Artes (CCBA - 1941/1944) e da Sociedade Cearense de Artes Plásticas (SCAP - 1944/1958).
"Além das associações que congregaram os artistas do pincel em torno de ideais, como aquele que manteve a realização do salão cearense mais tradicional - o Salão de Abril - sob a responsabilidade da SCAP, no período de 1946 a 1958", lembra Kadma.
Discorrendo sobre a arte de Barrica, o diretor do Mauc, Pedro Eymar, afirma que a década de 1950 apresenta um Barrica personalizado e comercialmente aceito. "Desenha com cores e as paisagens florescem de sua alma profunda para uma interface plástica tensa, onde matéria e gesto disputam com a figuração o primeiro plano da fruição estética", explica.
Pedro Eymar relembra que, em 1961, Barrica esteve presente na exposição de abertura do Museu de Arte da UFC. Na ocasião, esteve ao lado de Chico da Silva, Sérvulo Esmeraldo e Raimundo Cela. O artista expôs sua vibrante interpretação dos subúrbios e abstratas composições em irreverentes cerâmicas. No mesmo período, Barrica instalou junto ao Mauc uma oficina de cerâmica, provida de forno, do qual procedem muitas das cerâmicas da presente mostra.
O gerente do Centro Cultural, Lênin Falcão, espera um bom público. Uma das intenções era fazer um trabalho com professores de escolas públicas, com a promoção de um encontro de educadores e palestras para os docentes. A proposta é abrir possibilidades de trabalhar a exposição e o artistas dentro de sala de aula. Será distribuído material didático e em seguida a realização de visitas. O centro irá disponibilizar ônibus para os alunos das escolas de Juazeiro.
Novos artistas
Há uma ideia do Centro Cultural de trazer artistas de fora, para que o público local possa conhecer, e abrir para a participação de artistas de Juazeiro do Norte e do Cariri. "Há profissionais com um longo período de trabalho ou no caso do Barrica, que já faleceu. Essa exposição do Barrica vem sendo estudada desde o ano passado Pedimos a curadoria para participar do edital e a proposta foi aprovada. É importante o resgate deste artistas, que são desconhecidos da maioria das pessoas", ressalta.
Ele destaca que o Centro Cultural Banco do Nordeste tem trabalhado de forma especial o centenário da cidade e os cinco anos do Centro Cultural. Em maio, haverá exposição de vários artistas de Juazeiro, na comemoração dos cinco anos, e, em julho, dentro do centenário, exposição de uma artista pernambucana, Ana Veloso, que traz no seu trabalho a religiosidade e Padre Cícero.
MAIS INFORMAÇÕES Centro Cultural Banco do Nordeste- Região do Cariri
Telefone: (88) 3512.2855 / 8802.0362
lenin@bnb.gov.br
Elizângela santos
Repórter
Fonte: Diário do Nordeste
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