Sou Dalinha, sou da lida.
Sou cria do meu Sertão.
Devota de São Francisco
E de Padre Cícero Romão.
Sou rês da Macambira,
Difícil de ir ao chão.
Sou o brotar das caatingas,
Quando cai chuva no chão.
Sou cacimba de água doce,
Jorrando em pleno verão.
Sou o sol quente do agreste.
Sou o luar do sertão.
Minha árvore é mandacaru.
Meu peixe, curimatã.
Macaxeira e tapioca,
É meu café da manhã.
Sou uma bichinha da peste,
Meu ídolo é Lampião.
Sou filha das Ipueiras.
Sou de forró e baião.
Sou rapadura docinha,
Mas mole eu não sou não.
Sou abelha que faz mel,
Sem esquecer o ferrão.
Fonte: Cantinho da Dalinha
Um comentário:
Oi Totó,
Obrigada por postar meu poema, por acompanhar meus blogs e por divulgar nosso Ceará.
Um abraço,
Dalinha
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