Mons. Sabino Foto: Divulgação
“Toda sua vida sacerdotal foi dedicada à sua primeira e única
paróquia, onde trabalhou com invejável zelo e incansável atividade
pastoral”. O comentário elogioso é do padre Aureliano Diamantino da
Silveira, filho de Bela-Cruz e autor do livro de biografias, “Ungidos do
Senhor”, publicado, há dez anos, em 2004, sobre os padres que nasceram,
ou residiram, ou pastorearam paróquias no Ceará, num período de mais de
trezentos anos, de 1700 a 2004.
A referência
citada é a respeito do padre Sabino de Lima Feijão. Sua única paróquia
foi Acaraú. Faleceu ele em 26 de julho de 1965, quando estava no
interior de um cine, no Rio de Janeiro, aonde tinha ido a tratamento de
saúde. Na época, eu estava sendo, desde fevereiro daquele ano, seu
Vigário Cooperador. Como tal, em 28 de julho, coordenei as cerimônias de
suas exéquias, presididas por dom Walfrido Teixeira Vieira, bispo
diocesano, com sepultamento do corpo feito no piso do altar-mor da bela
Matriz de Nossa Senhora da Conceição, de Acaraú, a qual havia sido
reconstruída por ele, em definitiva reforma, iniciada em 1942 e
concluída em 1947.
Monsenhor Sabino –
assim nos referíamos a ele que tinha este título desde junho de 1958,
por concessão do papa Pio XII. Nascido em 1906, faleceu com apenas 59
anos. Originário dos Feijões de Groaíras, tinha cabelos brancos,
estatura alta e forte, no aspecto físico. Desde jovem, eu o conhecia nas
suas andanças por minha terra, Morrinhos e, no último ano da vida dele,
residindo em sua casa, em Acaraú.
Hoje, do alto dos
meus 75 anos, ao lembrar a data do seu falecimento, fico surpreso pelo
poucos anos vividos por ele. Eu o tinha como um homem já bem maduro e
bem idoso; um “velho”, assim a gente falava, na época.
Pe: Valderi da Rocha
Fonte: Correio da Semana
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