terça-feira, 21 de outubro de 2014

Festa Túnel do Tempo


Venha recordar os grandes momentos das décadas de 60,70 e 80. Uma Festa alucinante, cheia de gente bonita e os principais hits que encantaram as gerações! Com a Banda Nostalgia! E Dj Lucas! Sorteio de brindes. Que tem como objetivo a confraternização dos amigos pelo ano de 2014. A renda será em benefício do Celpa.

Local: Lions Clube de Acaraú
Horário: 22,00
Ingressos: à venda no Totó Buffet e Eventos
Informações: (88) 9625.8810
Realização: Coordenação do Celpa

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Mons. Sabino Feijão-Os tempos eram outros, os costumes também

Mons Sabino Feijão Foto: Divulgação

Idos de 1960. Os tempos eram outros. Os costumes também. Padre Sabino chega ao Acaraú para pastorear, sozinho, uma área onde, hoje, trabalham doze padres. Em junho de 1932, substituindo o padre José Arteiro, assassinado, fazia um ano, dentro da sacristia da Igreja Matriz, cabia-lhe o pastoreio de uma Paróquia cuja sede, próxima ao mar, estava distante seis do último ponto ao leste, distante onze léguas do último ponto a oeste, e quatro léguas do último ponto ao sul.

Começou, viajando só a cavalo. Ao ir para uma comunidade, lá se demorava três, quatro dias. Em desobrigas para a Páscoa, ou em outros momentos espeiciais, se fazia acompanhar de frades que trazia de fora e ficaram conhecidos na região: padre Pedro, padre João, padre Tiago. Mas, ia também, para voltar no mesmo dia, se fosse chamado para uma “confissão de hora de morte”. Que homens extraordinários nossos antigos vigários!... Mas, os tempos eram outros. As missas eram poucas. Só na Matriz e nas capelas já construídas. Não era permitido celebrar debaixo de árvores ou em casas particulares. E as capelas eram poucas. Umas doze, se muito. Hoje, naquele território, são mais de duzentas, prontas e com altar de celebração.

“NASCI POBRE, E POBRE QUERO MORRER...”
E os tempos eram outros. Na vida paroquial, não havia reuniões. Uma raridade. Nem atendimento demorado para orientação espiritual ao paroquiano. Eram só as missas (celebradas só pela manhã), as desobrigas no tempo Pascal, com as confissões gerais, agora, entrando madrugada adentro. Vi muito isto: monsenhor Sabino celebrava de manhã, depois ia sentar-se no balcão da loja (venda de tecidos) de seu Magalhães e dona Carmen, para conversar com os amigos. Se era noite, a demora era na calçada de dona Alzira, vizinha à Casa Paroquial. Como ele gostava! Naqueles tempos, televisão não era o passa-tempo. 
Nem novelas. Uma boa conversa na calçada preenchia o tempo.

Pároco de Acaraú não tinha ele dificuldades maiores na sustentação financeira da vida paroquial. A Paróquia tinha sua manutenção garantida independente das contribuições dos fiéis, dadas as rendas das terras que recebeu de generosos doadores. E padre Sabino até pode economizar para si alguma coisa do que ganhava, constituindo um pequeno patrimônio. Mesmo assim, demonstrava desapego aos bens materiais. Era generoso para com quem dele precisasse. No final de sua vida, deixou-nos, em forma de testamento, um testemunho escrito. A este testamento, assinado por ele, eu mesmo, em primeiro, logo após o seu falecimento, tive acesso, abrindo uma gaveta do seu birô da sala de atendimentos. Deixou-o ali a propósito, antes de ir para o Rio de Janeiro, onde faleceu?! É o que os mais próximos dele pensamos.

O que disse ali muito me edificou. Mas, o documento, não registrado em tempo, não teve nenhuma validade jurídica, nem efeito prático. E o que ele disse?! Dentre outras coisas, guardei isto na memória: “Nasci pobre e pobre quero morrer. Quero ter a minha alma tão limpa de pecados, como limpas tenho as minhas mãos de azinhavre. (sujo de metal, dinheiro). Nada tenho a deixar para meus irmãos, pois já os socorri em vida. E nisso penso que não faltei nem a justiça, nem a caridade. Quanto aos meus pequenos objetos de uso pessoal, peço aos meus testamenteiros, monsenhor Aloísio Pinto e padre Manoel Edmilson Cruz, que os entreguem aos meus irmãos, contanto que isto não fira os interesses da Paróquia”. Palavras que não ouvimos de sua boca, mas são autênticas como uma das suas últimas vontades. Requiescat in pace! (Descanse em paz!).

Pe. Valderi Rocha

Mons. Sabino Feijão-Confiança na autoridade da batina

 Mons. Sabino Feijão Foto: Divulgação

Ele era muito alegre, ativo, divertido e brincalhão. Sempre de batina preta, gozava da admiração da comunidade e mantinha uma imensa autoridade. Andar apressado, por onde andasse as pessoas, fossem crianças, jovens ou adultos, homens ou mulheres, manifestavam receio com sua aproximação, pois ele não dispensava uma brincadeira\: ora, uma “mãozada” nas costas; aqui um cocorote na cabeça ou a caçoleta na orelha; ali o beliscão na barriga. Este até levava-nos ao grito de “ai...ai....ai.... Mas, na faltaram os que, surpresos, até revidaram com um tabefe na cara dele....Mais de uma história, ouvi eu contarem... E não se zangava quando de inesperada reação. Talvez até se saísse, às gargalhadas, como a sussurrar: “Bem feito...bem feito!...”.

Esta, ouvi de seu Raimundo Higino, um idoso de Aranaú, com muito riso, contar várias vezes aos que iam passando por aquela comunidade onde ele era o dedicado encarregado da Capela. “Um dia, narrava ele, estando eu na Casa Paroquial de Acaraú, em visita ao padre Sabino, este, de repente, grita forte para uma dupla de soldados que ia passando em frente à casa:” Ei, soldados, prendam este homem e leve para a cadeia!”. De pronto, um policial falou: “Teje preso!”. E eu respondi no mesmo tom: “Num Tejo!”. O soldado, já se zangando disse uma segunda e uma terceira vez, a ordem de prisão. E eu...respondia do mesmo jeito: “Num têjo!”. Padre Sabino, insultando e já parecendo zangado, falou: “Prendam este homem, soldados moles!”. Os soldados me agarraram com força para algemar”. Foi quando o padre Sabino, ás gargalhadas, interveio forte: “Soltem o homem!...Vocês estão prendendo é o homem mais importante de Aranaú!...”. Ai, eles me soltaram, e um deles falou meio zangado: “Eu logo via que aí tinha uma coisa... que a gente não estava entendendo...”. E entenderam: era mais uma brincadeira do padre Sabino.
Ele era assim: brincalhão. Parecia jeito de criança peralta. Certa vez, presenciei aflição da risonha e “gorducha” dona Tereza Pará, doméstica da Casa Paroquial. Trabalhando ali, com seu irmão Domingos Pará, os dois muito respeitavam padre Sabino e lhe eram muito gratos, pelos benefícios que ele lhes dava. Naquele dia, após o almoço, ainda na mesa, padre se levanta e, mais que de repente e de surpresa, padre Sabino se levanta e coloca, pelas costas, pescoço abaixo dentro do vestido da Tereza, uma mão cheia de pedras de gelo... Foi um sufoco da pobre doméstica...

Confiado na amizade e no respeito que lhe tinham as famílias, ele não pedia licença para “carregar” de uma loja fosse o que fosse: uma peça de tecidos, pacotes de bolachas, ou de bombons, ou, de uma residência rural, um saco de farinha... ou, numa casa da cidade, aquele queijo exposto lá na prateleira do quarto ao lado da cozinha...

Intempestivo, quantas vezes, nas noites das novenas, nas festas de padroeiros das Capelas, ou mesmo, na Matriz, ele descia aos locais das diversões e das vendas, para derrubar com um “chute” as bancas de caipira (jogo de azar), ou mesmo as mesas cheias de mercadorias, quando expostas em locais ou horários não permitidos. Atitudes parecidas, quando da teimosia dos operadores de carrosséis e canoinhas. Se não havia policiais na área, ele fazia as vezes deles, substituindo-os até no apartar de brigas, inclusive, brigas de rua envolvendo embriagados de faca em punho. Confiava na autoridade da batina. Uma imprudência, todos diziam. Mas, era o jeito dele! O que fazer?!

Pe. Valderi da Rocha


Mons. Sabino Feijão-Homem Extraordinário

Mons. Sabino Foto: Divulgação

“Toda sua vida sacerdotal foi dedicada à sua primeira e única paróquia, onde trabalhou com invejável zelo e incansável atividade pastoral”. O comentário elogioso é do padre Aureliano Diamantino da Silveira, filho de Bela-Cruz e autor do livro de biografias, “Ungidos do Senhor”, publicado, há dez anos, em 2004, sobre os padres que nasceram, ou residiram, ou pastorearam paróquias no Ceará, num período de mais de trezentos anos, de 1700 a 2004.

A referência citada é a respeito do padre Sabino de Lima Feijão. Sua única paróquia foi Acaraú. Faleceu ele em 26 de julho de 1965, quando estava no interior de um cine, no Rio de Janeiro, aonde tinha ido a tratamento de saúde. Na época, eu estava sendo, desde fevereiro daquele ano, seu Vigário Cooperador. Como tal, em 28 de julho, coordenei as cerimônias de suas exéquias, presididas por dom Walfrido Teixeira Vieira, bispo diocesano, com sepultamento do corpo feito no piso do altar-mor da bela Matriz de Nossa Senhora da Conceição, de Acaraú, a qual havia sido reconstruída por ele, em definitiva reforma, iniciada em 1942 e concluída em 1947.

Monsenhor Sabino – assim nos referíamos a ele que tinha este título desde junho de 1958, por concessão do papa Pio XII. Nascido em 1906, faleceu com apenas 59 anos. Originário dos Feijões de Groaíras, tinha cabelos brancos, estatura alta e forte, no aspecto físico. Desde jovem, eu o conhecia nas suas andanças por minha terra, Morrinhos e, no último ano da vida dele, residindo em sua casa, em Acaraú.

Hoje, do alto dos meus 75 anos, ao lembrar a data do seu falecimento, fico surpreso pelo poucos anos vividos por ele. Eu o tinha como um homem já bem maduro e bem idoso; um “velho”, assim a gente falava, na época.

Pe: Valderi da Rocha

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Arimá Silveira homenageado com nome de rua em Acaraú


O objetivo deste Projeto de Lei e denominar a atual Rua Floriano Peixoto, existente no centro da cidade de Acaraú, de "RUA ARIMÁ SILVEIRA".

Inácio Arimá Silveira nasceu na Tapera, pequeno lugarejo da Zona Rural de Acaraú, no dia 04 de outubro de 1928, vindo a falecer em 27 de agosto de 2014, também nesta urbe. Era o primogênito de Francisco Celso Silveira e Rita Alzira de Araújo Silveira.

Ainda bem jovem, ajudava seu pai como se fosse gente grande. Com este gesto, além de deixar seu pai muito feliz, o fazia ter a certeza de que seguiria seu exemplo de um bom patriarca. 

Inácio Arimá Silveira não teve muito estudo, porem a vida lhe fez doutor do trabalho, da bondade, honestidade e da humildade. As principais faculdades de um bom cristão, Deus lhe presenteou de graça. 


Quando seu pai faleceu, por ser o filho mais velho, assumiu toda a responsabilidade com a família. Ficou sendo realmente o continuador de seu pai. Seus irmãos lhe tinham um carinho e respeito muito grande, a exemplo disso, foi o padrinho do Giraldi, seu irmão, e para continuar a tradição, foi padrinho também do Júnior, filho mais velho do Geraldi.

Casou-se no dia 24 de maio de 1955, com Gisela Rios, união que foi abençoada com seis filhos e onze netos. Criou muito bem seus filhos, prova que nenhum se desviou do caminho de Deus.

Durante sua vida, como diversão, gostava de frequentar festas de aniversários, casamentos e outros eventos, chegando a ser uns dos primeiros a fazer parte do Lions Clube de Acaraú. Gostava muito de rir, ate por que tinha motivos para isso, pois, sua vida era realmente maravilhosa. Apesar de todo esse divertimento, era muito reservado.

Era muito rígido em relação as suas origens, pois nunca permitiu que um filho dirigisse seu carro, antes da idade certa, e isso se chamava responsabilidade e amor. O direito de chefe moralista sempre prevaleceu, embora não lhe impedisse de ser um amoroso pai e esposo. Em síntese, um acarauense autêntico.

Dessa forma, o senhor Inácio Arimá Silveira, foi um acarauense respeitado por todos os munícipes, mormente pelo amor que sempre teve a sua terra natal, participando ativamente do seu crescimento, e nada mais justa que emprestar seu nome a uma das ruas do centro da cidade de Acaraú.

Portanto, por sua atenção e relevante importância no cenário acarauense, consideramos justo dar-lhe o nome dessa rua do centro de nossa cidade, para cujo Projeto de Lei solicitamos o apoio de nossos ilustres Pares para a desta proposta.

Autor: Paulo Sérgio Gomes de Andrade
Vereador

Obs: O projeto ainda não foi votado e nem aprovado pela câmera.

Pe Denilson de Sousa lança livro 100 anos Paróquia de Taperuaba

Pe. Denilson de Sousa Foto: Divulgação

Esta obra e fruto de um desejo particular do Padre Antonio Denilson de Sousa, pároco de Taperuaba, que sempre comentou sobre seu sonho de deixar registrado na historia de Taperuaba, sua primeira paróquia, algo marcante e significativo. 


Creio que seu sonho se realiza aqui. Com esta obra, fonte de leitura e futuras pesquisas, cada pessoa, comunidade e Povo de Deus em Taperuaba poderá se ver e conhecer muito mais acerca desta Paroquia, a mais nova da Diocese. Esta foi a primeira comunidade que Dom Fernando visitou e a ultima em que andou antes de retornar para Olinda e Recife; esta foi a primeira Paroquia que Dom Odelir visitou, ao chegar a Sobral. Enfim, sempre houve um carinho e uma atenção especial dos bispos por esta comunidade ativa e viva na Fé.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

15º Aniversário de ordenação Sacerdotal de Pe. Eudes Cruz

Foto: Fernando Vitoriano


"Não fostes vós que Me escolheste, mas fui Eu que vos escolhi, para que vá e produza fruto, e que o vosso fruto permaneça" (João 15,16)

Há acontecimentos e datas que não se podem esquecer. No que diz respeito a uma vocação, se torna muito mais importante fazer memória, principalmente como atitude de ação de graças pelo dom recebido. É neste contexto que comemoramos no dia 15 de agosto o aniversário de ordenação do nosso pároco, Padre Eudes Cruz.

Podemos afirmar que comemorar o aniversário de ordenação é comemorar a vida, pois o sacerdote não é apenas o homem da liturgia, mas faz da sua vida um culto litúrgico, uma entrega, uma doação, identificando-se com a realidade da cruz, que é doação e entrega, se entregando aos irmãos e à Igreja, fazendo de sua vida um sacramento intenso e fecundo.

É um dia festivo para todos nós e principalmente para Deus, ao ver que um filho amado ao qual escolhestes para trilhar em seus caminhos, tornou-se um pastor de muitas ovelhas, pois um dia ouviu esse chamado e disse seu sim.

E nós somos muito gratos, Pe. Eudes, pelo seu sim, onde Deus nos presenteou com você em nossa comunidade para que juntos, chegássemos mais próximos ao coração de Deus. Obrigado pelo seu esforço, dedicação e pelo seu carinho por todos nós. Obrigado por ser este fiel amigo, este pai espiritual que conduz os nossos passos sempre em direção a Deus.

Missa:
15 de agosto de 2014
19 hs
Igreja Matriz de Acaraú

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Totó Rios homenageia Acaraú nos seus 165 anos



Hoje, os corações de todos os munícipes estão em festa, pois comemoramos o aniversário de 165 anos de nosso município. A origem de o seu nome dar-se pela língua indígena que tem significado de rio das garças, que as mesmas ao entardecer enchem-nos os olhos com sua elegância na beira-mar do rio que banha esta cidade, o qual começa em Monsenhor Tabosa e tem por afluentes os rios Jaibaras, Groaíras e riacho dos macacos.

Localizada a 255 km da capital cearense, Fortaleza, o município foi à cidade-mãe que deu origem à Cruz, Jijoca de Jericocoara, Itarema, Bela Cruz.

Onde habita mais de 57.000 mil habitantes e que tem a curiosidade de Arpoeiras ser a maior praia seca do Brasil. Congratulo a todos os devotos de Nossa Senhora da Conceição que fazem com que o município desenvolva-se cada dia muito mais, com a participação da rica economia, boa gastronomia, turismo, terra dos poetas como se pode destacar Padre Antônio Tomaz que é considerado “o príncipe dos poetas cearenses”, o município é o maior exportador de camarão da América latina.

Destaca-se a beleza do nosso Acaraú, cantada no hino: “Acaraú terra bendita, campo de afã, berço gentil, Acaraú em ti palpita o coração do meu Brasil!”, o qual foi feito pelo grande poeta Nicodemos Araújo.