Nicodemos Araújo
Bela Cruz
O poeta Nicodemos Araújo nasceu a 10 de março de 1905 na povoação de “Santa Cruz”, hoje a progressista cidade de Bela Cruz¹, no Estado do Ceará. Filho de João Lopes de Araújo, e dona Francisca Eucária da Silveira.
Batizou-se na capela de Santa Cruz, a 22 de junho de 1905, tendo como oficiante do ato o Rev. Pe. Joaquim Severiano de Vasconcelos. Serviram de padrinhos, o capitão Sabino Lopes de Araújo Costa e sua mulher, dona Beatriz Ibiapina de Vasconcelos.
Durante os anos de 1908 a 1912, a família do poeta, passou a residir na “Fazenda Várzea Comprida”, propriedade do Senhor Francisco Romão de Carvalho, onde plantavam e pescavam no legendário Rio Acaraú.
Em outubro de 1912, seu pai fora convidado, pelo irmão Francisco Xavier de Araújo, para residir no lugar “Serrota”, no município de “Santana do Acaraú”, hoje município de Marco, onde estava sendo construído o “Açude Tucunduba”.
O menino Nicodemos, então com 7 anos de idade, foi, neste tempo, um dos trabalhadores da construção do referido “reservatório”. Ficaram lá, até o ano de 1913, quando voltaram definitivamente para Santa Cruz.
No ano de 1913, Nicodemos freqüenta a primeira escola, no período de apenas dois meses, sendo sua professora dona Rita Leonora de Araújo (Rita Braga).
No ano de 1916, freqüenta por apenas cinco meses a Escola Estadual de Santa Cruz, regida pela professora Guiomar Costa Sousa. Em 1918, matricula-se na escola da professora Júlia Adélia Cordeiro, tendo lá permanecido apenas três meses, passando outros três meses na escola do Professor Manoel Carneiro, totalizando todo seu tempo de escola, apenas treze meses.
Aos 17 anos de idade se emprega como caixeiro da loja de propriedade de Clodoaldo Pinto (Seu Coló), demorando ali apenas oito meses. Em seguida, estabeleceu-se por conta própria, com uma “mercearia”, tendo como auxiliar, seu irmão Vicente Lopes. Seu estabelecimento comercial foi por ele batizado de “Casa Violeta”.
Com 22 anos de idade, a 16 de fevereiro de 1927, recebeu sua nomeação para o cargo de Oficial do Registro Civil, e a 3 de março do mesmo ano, é nomeado para as funções de “Inspetor Escolar”, funções que exerceu simultaneamente, com a de Oficial de Registro Civil.
Nicodemos Araújo e Alice Leitão Adriano
O Ato religioso teve como cenário a Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Bela Cruz, sendo oficiante o Pe. José Aloísio Pinto.
Do casamento não houve descendência, porém, adotaram duas crianças. A primeira, Maria Selma de Carvalho, sobrinha de Dona Alice, nascida a 1º de agosto de 1937, filha de José Didier de Carvalho e de dona Rogéria Adriano de Carvalho. Maria Selma iniciou seus estudos no Grupo Escolar Padre Antônio Thomaz, em Acaraú; dali passou para a Escola Normal Virgem Poderosa, onde recebeu seu diploma de professora, a 15 de dezembro de 1957. E logo em 1958 foi nomeada professora substituta do Grupo Escolar Padre Antônio Thomaz, e, no ano seguinte, professora titular da Escola Normal Virgem Poderosa, onde exerceu o magistério até 1971, quando aposentou-se no cargo. Foi casada com José Pacífico Muniz, que faleceu a 30 de outubro de 1981. Do casal nasceram dois filhos – José Dimas de Carvalho Muniz (o poeta e professor Dimas Carvalho) e Maria Alice de Carvalho, também professora.
A segunda, Rita Maria do Nascimento, filha de Roque Rafael do Nascimento e de Maria Margarida de Paiva. Rita Maria, freqüentou a Escola Normal Virgem Poderosa, em Acaraú, onde concluiu o primeiro grau e parte do segundo.
Araújo, Vicente Freitas – O Carpinteiro das Letras: perfil
bibibliográfico e antologia de Nicodemos Araújo,
Tanoa Editora, 2004
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