O Capitão Diogo Lopes de Araújo Costa nasceu a 08 de março de 1761, na fazenda Lagoa Grande, próximo a atual cidade de Bela Cruz; filho do Capitão-mor português José de Araújo Costa e de Dona Brites de Vasconcelos, uma das Sete Irmãs. Muito cedo teve interesse pelo estudo e freqüentou, com seus irmãos, as aulas de um dedicado mestre-escola, contratado por seu pai. Aos 17 anos de idade passa a residir e estudar em Fortaleza. Aos 28 anos, de volta a sua terra, passou a viver maritalmente com a senhorita Antônia Maria do Rosário, mesmo sem as bênçãos do matrimônio. Em seguida, adquiriu uma fazenda e instalou-se na localidade de Lagoa do Mato; ali construiu casa de morada, uma pequena fábrica de beneficiamento da mandioca, cacimba, curral para gado etc. Essas instalações foram montadas um pouco ao poente do “Alto da Lagoa do Mato”, à margem norte da mesma lagoa, distante cinco quilômetros do então povoado de Santa Cruz, anteriormente “Alto da Genoveva”.
Unindo-se a Maria do Rosário, dedicou-se aos trabalhos da agricultura e da pecuária, sem descurar dos estudos da medicina que era a sua vocação. A terra era fertilíssima. A leste corria o legendário Rio Acaraú, cujos terrenos marginais se prestam admiravelmente ao cultivo do feijão, batata doce e frutas diversas. As terras da mata eram aproveitadas para o cultivo da mandioca, milho, feijão e outros produtos da nossa lavoura, enquanto o rebanho aumentava, graças à abundante pastagem ali existente.
No ano de 1817, necessitando de mais terras, para o desenvolvimento da lavoura e da criação, requereu ao Governador da Capitania do Ceará, como data de sesmaria, umas sobras de terra, medindo três léguas de comprimento, e tendo por sede a fazenda Lagoa do Mato. Mencionado trato de terra limitava-se ao Norte, com terras da Timbaúba; ao Sul, com a mesma Lagoa do Mato; ao Nascente, com terras de São Francisco da Cruz; ao poente, com terras das Ilhargas do Castelhano. O requerimento em referência, após as tramitações legais, foi deferido, em data de 18 de junho do mesmo ano, pelo então Governador Cel. Manoel Inácio de Sampaio. Como documentação transcrevemos aqui o teor da petição e o Despacho do Governador da Capitania.
Como líder comunitário, Capitão Diogo Lopes sempre exerceu uma notável liderança política na população do Baixo Acaraú. E, como conseqüência, seu nome foi solicitado para ingressar em uma das agremiações partidárias em atividade, na época. O certo é que, no ano de 1789, não obstante Lagoa do Mato distar mais de cem quilômetros da então Vila de Sobral, chegou a ser eleito Vereador à Câmara Municipal daquele Município. E, como naquele tempo, a Vila de Sobral era uma espécie de Capital do Vale do Acaraú, ele como representante do povo, conseguiu numerosos benefícios para a comunidade.
Aliás, o gosto pela política, herdou de seu pai, Capitão-mor José de Araújo Costa, o qual, embora Português, natural de Santa Lúcia de Barcelos, teve posição destacada na política da Ribeira do Acaraú. Tanto que foi convidado especial para assistir às solenidades e assinar a Ata de instalação da Vila Distinta e Real de Sobral, a 5 de julho de 1773, quando foi nomeado Tesoureiro para os impostos do Porto de Acaraú, pelo Dr. Joaquim da Costa Carneiro e Sá, então Ouvidor e Corregedor da Comarca do Ceará, sendo também eleito Vereador à Câmara de Sobral em 1775.
Também, alguns de seus filhos, se integraram nos partidos políticos da época, e prestaram bons serviços à comunidade de Santa Cruz. Tanto é que, criado o município de Acaraú, e realizada a eleição para Vereadores ao poder legislativo municipal, quatro deles foram votados para a sua primeira Câmara – Simplício de Araújo Costa, com 1010 votos; Manoel de Araújo Costa, com 1008; João Bento de Araújo Costa, com 769 votos, e João de Araújo Costa, com 769 votos. Desta maneira, Símplício de Araújo Costa e Manoel de Araújo Costa foram eleitos, os outros dois ficaram na suplência, porém, posteriormente ocuparam o cargo, na ausência dos respectivos titulares.
Manoel de Araújo Costa, já no Posto de Capitão da Guarda Nacional, chegou a ser eleito Chefe do Poder Executivo de Acaraú. E Simplício de Araújo Costa, exerceu o mandato de Vereador em mais de uma legislatura, tendo ali marcante atuação.
Fonte: Bela Cruz-Biografia de um município
Vicente Freitas
Unindo-se a Maria do Rosário, dedicou-se aos trabalhos da agricultura e da pecuária, sem descurar dos estudos da medicina que era a sua vocação. A terra era fertilíssima. A leste corria o legendário Rio Acaraú, cujos terrenos marginais se prestam admiravelmente ao cultivo do feijão, batata doce e frutas diversas. As terras da mata eram aproveitadas para o cultivo da mandioca, milho, feijão e outros produtos da nossa lavoura, enquanto o rebanho aumentava, graças à abundante pastagem ali existente.
No ano de 1817, necessitando de mais terras, para o desenvolvimento da lavoura e da criação, requereu ao Governador da Capitania do Ceará, como data de sesmaria, umas sobras de terra, medindo três léguas de comprimento, e tendo por sede a fazenda Lagoa do Mato. Mencionado trato de terra limitava-se ao Norte, com terras da Timbaúba; ao Sul, com a mesma Lagoa do Mato; ao Nascente, com terras de São Francisco da Cruz; ao poente, com terras das Ilhargas do Castelhano. O requerimento em referência, após as tramitações legais, foi deferido, em data de 18 de junho do mesmo ano, pelo então Governador Cel. Manoel Inácio de Sampaio. Como documentação transcrevemos aqui o teor da petição e o Despacho do Governador da Capitania.
Como líder comunitário, Capitão Diogo Lopes sempre exerceu uma notável liderança política na população do Baixo Acaraú. E, como conseqüência, seu nome foi solicitado para ingressar em uma das agremiações partidárias em atividade, na época. O certo é que, no ano de 1789, não obstante Lagoa do Mato distar mais de cem quilômetros da então Vila de Sobral, chegou a ser eleito Vereador à Câmara Municipal daquele Município. E, como naquele tempo, a Vila de Sobral era uma espécie de Capital do Vale do Acaraú, ele como representante do povo, conseguiu numerosos benefícios para a comunidade.
Aliás, o gosto pela política, herdou de seu pai, Capitão-mor José de Araújo Costa, o qual, embora Português, natural de Santa Lúcia de Barcelos, teve posição destacada na política da Ribeira do Acaraú. Tanto que foi convidado especial para assistir às solenidades e assinar a Ata de instalação da Vila Distinta e Real de Sobral, a 5 de julho de 1773, quando foi nomeado Tesoureiro para os impostos do Porto de Acaraú, pelo Dr. Joaquim da Costa Carneiro e Sá, então Ouvidor e Corregedor da Comarca do Ceará, sendo também eleito Vereador à Câmara de Sobral em 1775.
Também, alguns de seus filhos, se integraram nos partidos políticos da época, e prestaram bons serviços à comunidade de Santa Cruz. Tanto é que, criado o município de Acaraú, e realizada a eleição para Vereadores ao poder legislativo municipal, quatro deles foram votados para a sua primeira Câmara – Simplício de Araújo Costa, com 1010 votos; Manoel de Araújo Costa, com 1008; João Bento de Araújo Costa, com 769 votos, e João de Araújo Costa, com 769 votos. Desta maneira, Símplício de Araújo Costa e Manoel de Araújo Costa foram eleitos, os outros dois ficaram na suplência, porém, posteriormente ocuparam o cargo, na ausência dos respectivos titulares.
Manoel de Araújo Costa, já no Posto de Capitão da Guarda Nacional, chegou a ser eleito Chefe do Poder Executivo de Acaraú. E Simplício de Araújo Costa, exerceu o mandato de Vereador em mais de uma legislatura, tendo ali marcante atuação.
Fonte: Bela Cruz-Biografia de um município
Vicente Freitas
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