domingo, 23 de janeiro de 2011

Rio Acaraú-Lugar de sobrevivência e diversão para ribeirinhos

Estudantes, todos os dias, percorrem o rio de barco para chegar até a escola
FOTOS: CID BARBOSA
Milhares de famílias em todo o curso do Rio Acaraú utilizam-se de suas águas no sustento da vida e para o lazer

Rio Acaraú. Um rio tem sempre múltiplos usos: pesca, para beber, oferecer alimento, navegar, desenvolver e entre muitas outras, para se divertir. A família Sousa sempre teve uma ligação forte com o Rio Acaraú, que trouxe prosperidade. Eles vivem bem próximo às nascentes, na Serra das Matas.

Esta família é uma daquelas que nasce e cresce no mesmo local. No quintal de casa plantam cebola, coentro, beterraba, cenoura e criam algumas cabeças de gado. Para eles, "é o melhor interior que tem. Não seca nunca. Quando chove fica tudo bem ´verdim´, a água escorrendo pela terra. Muda tudo", festeja o pai, Ademir Maciel de Sousa.

Para João Rodrigues do Nascimento, 56 anos, que todos os dias vai ao Açude Araras, em Varjota, pescar, as águas que abastecem o reservatório é tudo para sua família. Ele é pescador e desde os 15 anos trabalha no local, e da sua cultura criou os oito filhos. "Esse açude aqui é tudo na minha vida, porque tiro o pão de cada dia. No dia que eu não venho aqui, eu não fico satisfeito", disse.


No mesmo local, um grupo de estudantes olha curioso para seu João. Eles aguardam para seguir viagem pelas águas do Araras até a Ilha do Ezaú. Conta a lenda que Ezaú era um pescador que frequentava o local para pescar e um dia encontrou o pedaço de terra. Durante as chuvas e cheias fica ilhado dos Municípios de Hidrolândia e Varjota.

Lá fez morada e deu seu nome ao lugarejo. Todos os dias, o grupo de estudantes percorre o açude numa viagem que dura em torno de 45 minutos cada trecho, tempo suficiente para os amigos colocarem o assunto em dia. Os mais velhos são responsáveis por pilotar o barco. Já os mais novos olham atentos para aprender o ofício, outros seguem no teto observando o percurso, e os mais tímidos vão revendo o material da escola. O percurso é feito uma vez ao dia.

Em Cariré, o Rio Acaraú passa no Distrito Tapuio, separando-o da comunidade de Flores. No distrito, tem água encanada e energia. A população utiliza o leito para lavar roupa e como lazer, na maioria das vezes. A paraibana Francinete Luiz da Silva, 44 anos, mora no Tapuio há 21 anos. Vai ao rio duas ou três vezes por semana lavar roupa. Ela diz que "se não fosse esse rio a gente passava sede, não lavava roupa".


Nas margens, marcas de degradação: sacolas plásticas, queimada e bolsões de areia. Do lado de Flores, faltam água encanada e esgotamento sanitário. Energia tem, mas só dentro das casas. Além de pescar, lavar roupa e se divertir no Acaraú, a população também cozinha e bebe das águas que passam a poucos metros de casa.

Francisco Glayson da Silva, 15 anos, utiliza um método repassado pelos pais para pegar água do rio: faz um buraco raso na margem e retira a água que emerge. Ele diz que "a água sai mais limpa. Ela fica coada pela areia". É a partir deste trecho do rio que o lazer torna-se mais presente. Enquanto várias mulheres se desdobram para lavar roupas, crianças e adolescentes arriscam-se em saltos e jovens jogam vôlei bem no leito do rio.

Na passagem molhada entre Cariré e Groaíras, os balneários oferecem lazer e diversão aos banhistas durante os fins de semana. A Cabana do João é uma delas. O proprietário, João Batista do Nascimento Melo, montou uma estrutura para receber os clientes dentro do rio.

Ele garante que a barraca é provisória, permanece durante o período sem chuvas, e que é feita com materiais da própria natureza. E, ainda, que estimula os clientes a recolherem o lixo. "A gente pede para colocarem lixo nos cestos, recolhe, mas precisa de uma ajuda do poder público".

Em Sobral, o espelho d´água e a urbanização da margem esquerda do Rio Acaraú tornou a área ideal para prática de esporte e lazer. É um dos principais pontos de diversão dos sobralenses, que vão ao local manhã, tarde e noite. O lugar ganhou uma iluminação especial para embelezar ainda mais a entrada da cidade. Mas é um trecho que sofre abusos com a poluição.

Para o secretário do Comitê da Bacia Hidrográfica do Acaraú, João Batista do Espírito Santo, a obra ficou bela, mas com alguns prejuízos para os Municípios vizinhos. "É uma enorme fossa a céu aberto, porque não tem como conter os esgotos que caem dentro. Nós sofremos as consequências, porque tudo o que é depositado naquele espelho passa por aqui".

Beleza

Quando o Rio Acaraú chega ao seu destino final, na cidade que recebeu seu nome, a imagem é ainda mais bela. Um trajeto de cerca de sete quilômetros, do porto do Acaraú ao encontro com o mar, mostra a riqueza oferecida por este guerreiro. O trajeto no estuário é todo ladeado pelo mangue e acompanhado pelas garças - brancas e azuis, além da tradicional galinha d´água. Em alguns pontos as canoas paradas na beirada indicam a presença de homens na cata aos caranguejos.

Para alguns empresários, o local poderia ser melhor visitado e explorado pelo turismo. "Seria mais importante para o turismo se fosse mais explorado, com passeios. Tentamos fazer, mas falta iniciativa privada e do Governo. Tem que ter um certo investimento", afirmou o dono de pousada, João Ivo Ferreira Gomes Filho.

O piloto da embarcação São Francisco, também pescador, Raimundo Nonato Ferreira, confirma que "esse rio sempre teve muito fartura. Se a pessoa se dispôs a sair, vai achar o que comer. Aqui no rio está tudo na vida da gente". (E.L)

Protagonista
Raízes

A família de Ademir Maciel de Sousa e Francisca Nascimento de Sousa é daquelas que nasceram e se criaram no mesmo local. Às margens do Rio Acaraú, ainda hoje plantam o sustento da família: coentro, beterraba, cenoura e outros. Tudo que se planta, dá, garante os moradores, mesmo quando não chove. A terra arenosa do local garante o alimento da família e ainda sobra para comercializar nas feiras. A relação com a terra e o rio, nesta família, é repassada de geração em geração.

Fonte: Diário do Nordeste 

Rio Acaraú - O gigante

Ele nasce no ponto mais alto do Ceará, a Serra das Almas, em Monsenhor Tabosa. O local abriga também a nascente do Rio Quixeramobim. Na comunidade Belmonte, duas nascentes bastante degradadas dão início ao rio. Sua extensão de 315km corta o Ceará no sentido sul-norte. Tem como principais afluentes os rios Groaíras, Jacurutu, Macacos e Jaibaras. O Rio Acaraú, propulsor do desenvolvimento de toda a Zona Norte, drena 28 Municípios. Destes, 13 foram visitados pela nossa equipe de reportagem. Em cada cidade, seres humanos, recursos naturais e setores econômicos formam uma das principais bacias hidrográficas do Estado: a do Acaraú.

Marco - Projeto de irrigação
Neste Município está localizado o segundo perímetro irrigado da Bacia, o Baixo Acaraú. Nos 8.335 hectares distribuídos no Municípios de Bela Cruz, Acaraú e Marco são produzidas diversas frutas. Além das belas frutas, a atração deste local é a barragem. Neste trecho, o volume de água parece aumentar. A produção é destinada, principalmente, para exportação. O destaque fica nas culturas de mamão, melancia, melão e abacaxi. O Baixo Acaraú é administrado por uma associação dos produtores e recebe assistência técnica da Secretaria de Agricultura do Estado e do Ministério da Integração Nacional.

Sobral - Lixo e esgoto

Sobral carrega consigo muitas estrelas: é um dos principais Municípios do Estado em desenvolvimento; possui universidades e figuras ilustres. Todo o seu florescer se deu logo ali, na margem do Rio Acaraú. Infelizmente, também é a cidade que mais o polui. Mesmo com 70% de cobertura de esgotamento sanitário, sozinho é responsável por despejar toneladas de esgoto e lixo diariamente. Um dos principais cartões-postais da cidade denuncia a urgência nos cuidados: a presença de macrófitas no espelho-d’água. A cidade tem desenvolvido, no entanto, ações a médio e longo prazos para tratar melhor o rio.

Santana do Acaraú - Paisagem Urbana

Os moradores de Santana do Acaraú têm o privilégio de ter o rio bem ali, logo à porta de casa. O Acaraú passa na zona urbana, possibilitando lazer e renda para a população. Infelizmente, estas funções não têm sido aproveitadas devido à quantidade de lixo e esgoto acumulados no braço que passa nesta cidade. Mesmo assim, alguns banhistas e lavadeiras arriscam em tomar banho e lavar roupas nas águas sujas. E acabam dividindo o espaço com bichos que passam para se refrescar ou beber água.

Cariré - Diversão e lazer

Enquanto aguardam as mães lavarem roupa, meninos e meninas se divertem no Rio Acaraú. Nadar, brincar e jogar vôlei fazem parte do repertório de lazer para as comunidades ribeirinhas. Eles dizem que no final de semana é sempre mais movimentado. Durante a semana, somente quem não tem aula vai para o rio. Quando o leito está cheio, os saltos são a grande pedida. Enquanto às chuvas não vêm com frequência, a opção é improvisar um quadra de vôlei. Independente da quantidade de água, a diversão está garantida. As opções de balneários aumentam a partir deste trecho do rio.

Varjota - Perímetro Irrigado

O Açude Araras é o principal reservatório da Bacia do Acaraú e possibilita múltiplos usos para as populações que vivem no seu entorno: pesca, navegação, lazer, abastecimento, irrigação, além de produção de energia. Localizado no Município de Varjota, o açude é responsável pela perenização do Rio Acaraú. Em dezembro, sua capacidade marcava cerca de 455 mil metros cúbicos. Atualmente, abriga mais de 400 gaiolas de piscicultura, podendo receber em breve mais 1.000 gaiolas. Abastece dois perímetros, o Araras Norte e o Baixo Acaraú.

Monsenhor Tabosa - Nascente do rio

A Serra das Matas, no Município de Monsenhor Tabosa, é o ponto mais alto do Ceará, com 1.145m de altitude. E é onde estão localizadas as duas nascentes do Rio Acaraú. O local era reduto de povos indígenas já extintos, mas com herança fincada no local. Centenas de famílias ainda hoje vivem da agricultura de subsistência. Há 40 anos era sinônimo de fartura. Canaviais e uma diversidade de frutas podiam ser encontrados nas baixas, responsáveis por abastecer os Municípios vizinhos. Hoje, estão ameaçadas pela devastação e poluição. A criação de uma Unidade de Conservação neste local pode ser a garantia de sua existência.

Acaraú - Estuário

Neste Município está localizada a sua principal riqueza: o estuário. É aquela região onde há o contato entre as águas do rio e do mar. É aqui, também, onde está localizado um dos principais ecossistemas existentes, o manguezal - a transição entre ambientes terrestre e marinho. “Ali é o berçário das espécies, é onde se produz matéria orgânica, nutrientes para dar suporte à atividade pesqueira e a qualidade de vida da comunidade ribeirinha”, define o doutor em Geografia, Jeovah Meireles. O espaço é disputado por pescadores, marisqueiras e carcinicultores.

Bela Cruz - Por entre as terras

Este Município é uma das quatro cidades da bacia do Acaraú que receberm Selo Município Verde, categoria C, em 2010. Tem realizado um programa ambiental que, entre várias ações, distribui ecobag para diminuir o consumo de sacolas plásticas. A comunidade de Varjota, zona rural deste Município, vê bem de perto o leito do Rio Acaraú passar. São cerca de 200 metros da porta de casa. Mesmo estando com pouca água, o lugar oferece oportunidade para pescar e se refrescer. Neste trecho do rio, a água parece mais limpa e chega a ser cristalina. Pena que está proibida para o uso desta comunidade. Os proprietários das terras que a água corta cercaram o trecho ou proibiram expressamente a utilização do rio.

Cruz - Deserto no leito do rio

Neste trecho do rio, podemos andar vários metros de uma margem a outra sem água e com muita areia. Embaixo da ponte de 162 metros não passa mais tanta água assim. E pensando nos problemas ambientais, a Secretaria de Meio Ambiente deste Município realiza desde 2002 diversas ações para contribuir com a recuperação do rio e de outros setores. A coleta seletiva é uma realidade nesta cidade. Livros e cartilhas são distribuídas na escola para conscientização dos estudantes.

Morrinhos - Cidade

A ocupação urbana em direção às margens do Rio Acaraú neste Município não ocorreu na mesma proporção que as outras 12 cidades visitadas. Segundo o Censo 2010, do IBGE, a população urbana é de 9.615 habitantes. Outro fator que contribui para que as famílias morem distantes da margem é a topografia local, bastante íngreme. Enquanto isso, os moradores aproveitam o final de semana para se deliciar nos balneários da região ou mesmo na passagem molhada ali próxima ao centro da cidade. A partir daqui o Rio ganha uma bifurcação, fácil de percebê-la na chegada ao Município de Marco.

Groaíras - Lazer e preservação

No limite entre Cariré e Groaíras, o Rio Acaraú banha um trecho e agracia os moradores e turistas com uma ótima opção para banho. É lá que se encontra o balneário Cabana do João. Além da margem, os banhistas podem usufruir de uma barraca provisória instalada bem no leito do rio. Pode-se comer um aperitivo e molhar os pés ao mesmo tempo. O proprietário, João Batista do Nascimento, diz que a extensão permanece durante 4 meses no leito, “durante o verão, que não chove”. Para não agredir o meio ambiente, ele diz que a armação é toda feita de forma natural, com troncos e palhas, e que faz um trabalho de conscientização com os clientes para recolher o lixo.

Hidrolândia - Ilha do Ezaú

A Ilha do Ezaú só se torna ilha na época de cheia do Açude Araras. Na época de pouca água tem ligação com o Município de Hidrolândia. Cerca de 83 famílias moram no local e sobrevivem da pesca, do plantio e, agora, do cultivo de abelhas. Mas é a piscicultura a principal atividade da comunidade. O trabalho artesanal também faz parte da rotina da comunidade. Várias mulheres executam diariamente o vai-e-vem de linhas para produção de redes em suas calçadas.

Tamboril - A origem do local

A Barragem Pedra e Cal, localizada na sede deste Município, desviava o leito do Rio Acaraú tempos atrás. Segundo contam os moradores de Tamboril, o ilustre morador capitão Luiz Vieira de Souza, dono de muitas cabeças de gado e fazendas na região, queixava-se da estiagem que assolava o local na grande seca de 1777. Em promessa a sua santa padroeira, prometeu construir uma barragem, caso escapasse da seca. Logo tornou-se um dos principais reservatórios da região no século XVIII. Sem água, atualmente a barragem resguarda apenas o seu valor histórico. No local foi flagrado plantação de capim e construções irregulares.

Fonte: Diário do Nordeste 

Rio Acaraú - Rio das Garças

Rio Acaraú significa Rio das Garças na Língua Tupi, que traz uma junção das palavras "Acará" (garça-branca-grande) e "Hu" (água), nome muito bem divulgado pelo ilustre escritor cearense José de Alencar. Oferecendo um roteiro instigante para conhecer o Ceará a partir das perspectivas históricas, econômicas, sociais e ambientais, este rio é fonte perene para esta reportagem especial.  O Diário do Nordeste percorreu, em 10 dias, 13 Municípios da Zona Norte do Estado, que são cortados pelo rio. Foram 1.808 km de descobertas e encantamentos, não só pelo cenário natural, constituído pelo próprio rio, a fauna e a flora, mas, também, pela população que sobrevive e tem suas vidas ligadas e condicionadas à existência do grande Acaraú.

A repórter Emanuelle Lobo e o repórter fotográfico Cid Barbosa, guiados pelo motorista Audênio Domingos, visitaram 13 Municípios banhados pelo Rio Acaraú. Das nascentes, em Monsenhor Tabosa, à sua foz em Acaraú, foram constatadas riquezas e desafios
FOTOS: CID BARBOSA
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Os caminhos traçados pelo Rio Acaraú

Os rios sempre tiveram papel fundamental para o Ceará. São fontes de renda, de alimento, de água, de vida. À época da colônia, traçaram os caminhos para que descobridores, estrangeiros ou exploradores chegassem ao sertão. Em suas margens foram formados os arraiais, depois as fazendas de criação, os lugarejos e, logo em seguida, as primeiras cidades. O Rio Acaraú foi um destes rios que ajudou a escrever a história do Ceará.

O Acaraú ou Rio das Garças, citado por José de Alencar em Iracema, teve sempre a abundância como característica. Hoje, vive o dilema de acumular lixo, esgoto e danos ambientais. Desmatamento, queimadas, assoreamento e desertificação são alguns dos fenômenos que preocupam pesquisadores, ambientalistas e gestores.

Hoje, quem viveu o tempo de glória deste rio, localizado na Zona Norte do Estado, tenta reescrever sua história. Projetos tentam equilibrar a relação entre rio, pessoas e empresas, com foco na sua proteção e preservação. Os animais que ainda povoam seu leito, anunciam que a vida ainda é latente naquele espaço. Mesmo com tantos desafios a enfrentar, o Rio Acaraú vai cortando, embelezando, florindo e descortinando as cidades por onde passa.

Quem visitar suas margens vai encontrar mosaicos de roupas lavadas; peixes fresquinhos nas redes e tarrafas; mariscos nos baldes de homens e mulheres; e crianças, muitas crianças brincando em suas águas. Perto de regiões serranas ou mais próximo do mar, o sentimento de quem bebe desta água é o mesmo do pescador José Edson de Sousa: "ele é o pai dessas comunidades, porque ele traz pra nós a nossa fonte de alimentação".
Fonte: Diário do Nordeste

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Congregação das Filhas do Coração Imaculado de Maria



1. Carisma: A palavra Carisma significa favor, graça, dom gratuito que Deus concede a alguém para o bem o bem espiritual de terceiros. SER CORAÇÃO DE MARIA é o espírito próprio da Cordimariana, inspirada na fé com que Maria sempre acolheu o Verbo; na sua SIMPLICIDADE de pobre, na sua COMPAIXÃO de deixar-se tocar pelo sofrimento humano; em sua MISERICÓRDIA ao acolher, perdoar e assumir o compromisso de libertação do oprimido.


2. Fundação: Histórico das Filhas do Coração Imaculado de Maria
A CONGREGAÇÃO DAS FILHAS DO CORAÇÃO IMACULADO DE MARIA, segundo a narração do seu próprio fundador – Padre Júlio Maria de Lombarde, “nasceu pequenina na humildade, na pobreza, sem intervenção nem de ricos nem de poderosos”.
Padre Júlio Maria – missionário belga ao ser enviado para o Brasil, num momento de oração para escutar os desígnios de Deus, decidiu-se a fundar uma Congregação Religiosa, inspirada na vida de Maria.

Chegando em Macapá, questiona-se sobre seu projeto perante a realidade sócio-cultural, econômica e religiosa da cidade.
Após ter ele fundado a Associação das Filhas de Maria, algumas jovens desejaram o ingresso na vida religiosa. – As vocações que surgiam, as necessidades de religiosas para a missão e o apelo pessoal de fundar um Congregação deram ao Padre Júlio Maria a certeza de que a hora de Deus chegara.
Muitas vezes falara de seu projeto para D. Amando Bahlman – Bispo de Santarém – Pará – que talvez percebendo a impossibilidade de sua realização, não interfere nos planos do vigário, do fundador.
Padre Júlio Maria marca com o bispo um encontro em Belém, para ultimar a fundação do Instituto Cordimariano. O bispo não se faz presente na hora prevista e Padre Júlio Maria toma a iniciativa de organizar a cerimônia de fundação. – Quando Dom Amando chega, percebendo que tudo está preparado, opõe-se radicalmente. O missionário justifica-se, dizendo ter querido somente a glória de Deus, mas está disposto a enviar as candidatas para suas famílias, caso fosse esta a vontade da autoridade diocesana.
O bispo se acalma, reflete e diz que, fechando os olhos à fundação Cordimariana, permitirá a obra e, no futuro, verá o que fazer.
A Congregação estava fundada.

ERA O DIA 21 DE NOVEMBRO DE 1916 – FESTA DA APRESENTAÇÃO DE MARIA.

3. Espiritualidade: A Espiritualidade Cordimariana foi delineada pelo seu fundador cujo ideal missionário é alimentado e vivido no mistério do Cristo Eucarístico à imitação de Maria ou seja, nossa Espiritualidade é Eucarístico-Mariana. “As Irmãs devem ter por ideal e modelo, o Coração de Maria Santíssima e o divino Coração de Jesus no Sacramento da Eucaristia”. (Regulamento nº 3) “O que deve distinguir as Filhas do Coração Imaculado de Maria, como devoção, é o amor a Santíssima Virgem, principalmente nas suas relações com a Eucaristia...” (Regulamento nº 6)

4. Governo: No quadriênio de 2007 a 2010:
 Ir. Maria do Disterro Rocha Santos - Superiora Geral

 Ir. Elizabete Barbosa de Souza – Conselheira

 Ir. Maria do Socorro Laurentino – Conselheira

 Ir. Maria Letícia Dias - Conselheira

Ir. Silvanete Maria Bezerra Pontes – Conselheira

Homenagem do Conselho Paroquial à Ir. Silvanete-23.12.10

O Conselho Paroquial realizou um coffee break em homenagem e agradecimento pelos serviços e préstimos da Ir. Silvanete à frente da Direção do Colégio Virgem Poderosa e da Paróquia de Acaraú.
Ir. Silvanete que a vários anos dirigiu o Colégio Virgem Poderosa irá assumir a direção do Colégio N. S. Das Dores em Bezerros-Pe. 

















Fonte: Blog Paróquia de Acaraú