quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Acaraú recebeu Prêmio Selo Município Verde 2012

Foto: Aprece

Trinta e sete prefeituras que tiveram atitudes positivas relacionadas ao meio ambiente em seus municípios receberão nesta terça-feira (11),  às 19 horas, no auditório do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Prêmio Selo Município Verde 2012.

Dos 91 municípios inscritos, foram selecionados 37. São eles: Sobral, Novo Oriente, Crateús, Tauá, Croatá, Barreira, Acaraú, Beberibe, Crato, Bela Cruz, Piquet Carneiro, Missão Velha, Parambu, Juazeiro do Norte, Maracanaú, Cruz, Iguatu, Quixeramobim, Acopiara, Ibiapina, Massapê, Maranguape, General Sampaio, Eusébio, Fortaleza, Pacoti, Barbalha, Morada Nova, Monsenhor Tabosa, Farias Brito, Itaitinga, Jijoca de Jericoacoara, Caucaia, Pacatuba, Brejo Santo, Várzea e Icapuí.

Além dos prefeitos, os coordenadores do programa nos municípios receberão certificados. Na ocasião, será feita uma menção honrosa à professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), Maria Irles de Oliveira Mayorga, e à funcionária do Ibama, Glaura Maria Leite Barros, pelos serviços prestados ao Selo Verde desde 2004.

Fonte: Governo do Ceará e Diário do Nordeste

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Acaraú participará de oficina do Projeto 'Música é Para a Vida'

ApresentacaoResidencia2012_fotoAriadnePimenta_3webApresentação dos participantes do projeto em 2012 Ariadne Pimenta/ Divulgação

O projeto “Música é Para a Vida” está com inscrições abertas para alunos e arte-educa-dores até a próxima segunda-feira, 9 de dezembro. A etapa inicial prevê a seleção de 630 pessoas para as Oficinas de Sensibilização para a Cultura Musical. O projeto é uma parceria da Sociedade Cearense de Jornalismo Científico e Cultural (SCJCC), a Secretaria de Educação do Estado do Ceará (Seduc) e o Festival de Jazz & Blues.

As cidades que receberão as oficinais da primeira etapa são: Sobral, Tianguá, Acaraú, Camocim, Itapipoca, Canindé, Crateús, Tauá, Maracanaú e Horizonte (5 e 6 de janeiro); e: Baturité, Russas, Jaguaribe, Juazeiro do Norte, Crato, Brejo Santo, Quixadá, Iguatu, Icó, Senador Pompeu e Fortaleza. (12 e 13 de janeiro).

Jazz e Blues

A programação do projeto também inclui participação nas residências artísticas do Festival Jazz & Blues em fevereiro de 2013, com espaço de formação voltada ao aperfeiçoamento técnico-musical. Essa etapa o ocorrerá nos municípios de Pacoti e Guaramiranga entre 2 e 12/02, com a participação dos 100 alunos e 20 arte-educadores selecionados após as oficinas.

Apresentações

Ao final das aulas práticas com instrumentos musicais e teóricas, as participantes do projeto poderão se apresentar no Teatro Municipal Luis Pimenta, em Pacoti; e no palco principal do Festival Jazz & Blues em Guaramiranga. As inscrições podem ser realizadas no site do Festival de Jazz e Blues e os primeiros selecionados serão divulgados no dia 20 de dezembro no site da SEDUC. Para mais informações, 85.3262-7230.

Fonte: O POVO Online

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Acaraú pode concorrer a Certificação Praia Limpa

O Governo do Estado, por meio do Conselho Estadual de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam), abre a partir desta terça-feira (25) as inscrições para o processo de Certificação Praia Limpa - Edição 2013/2014. Podem concorrer os 20 municípios que pertencem à orla marítima cearense. A inscrição será on-line, através do site do Conpam (www.conpam.ce.gov.br), até 20 de outubro. Cada município pode concorrer com o máximo de duas praias.

A Certificação tem como objetivo incentivar as municipalidades para a adoção de medidas efetivas de proteção das praias e aplicabilidade dos Instrumentos da Política do Meio Ambiente de forma a garantir a proteção, conservação e restauração do patrimônio natural.

Podem concorrer as parias de Acaraú, Amontada, Aquiraz, Aracati, Barroquinha, Beberibe, Camocim, Cascavel, Caucaia, Cruz, Fortaleza, Fortim, Icapuí, Itapipoca, Itarema, Jijoca de Jericoacoara, Trairi, Paracuru, Paraipaba e São Gonçalo do Amarante.

Certificação Praia Limpa

Criada pela Lei Estadual Nº 13.892/07, a Certificação Praia Limpa é um programa do Governo do Estado coordenado pelo Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam). A certificação consiste na concessão de um selo de qualidade aos municípios que detenham jurisdição costeira, façam sua adesão voluntária ao programa e apresentem as condições de higiene limpeza, segurança e conservação exigidas pelo programa o que, de acordo com os artigos 1º e 2º da referida lei, habilita o município para formalização de qualquer tipo de convênio ou ajuste entre Estado e Município no que se refere a implantação de equipamentos públicos, obras e serviços de engenharia.

Avaliação

A avaliação das praias para Certificação será de responsabilidade da Comissão de Avaliação (CA), formada pela Comissão Técnica Estadual (CTE) do Projeto Orla/CE e terá como instrumentos o Questionário de Avaliação das Condições da Praia, de responsabilidade da Comissão de Avaliação (CA), e o Questionário de Gestão da Qualidade da Praia, de responsabilidade do município.

Fonte: Assessoria de Comunicação do Conpam

domingo, 2 de setembro de 2012

Paróquia de Acaraú realizará comemoração de seus 180 anos

Igreja Matriz de Acaraú Foto: Divulgação

Um Tríduo (três dias de orações e celebrações religiosas) será realizado na igreja Matriz e comunidades católicas a partir do dia 6 de agosto em comemoração aos 180 anos da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, no município de Acaraú, na região Norte.

O ponto alto das comemorações ocorrerá no dia 8 de agosto, quando ocorrerá uma celebração eucarística, na igreja Matriz às 19h, a ser presidida pelo vigário, Padre Eudes Cruz.

Após a missa, ocorrerá um momento festivo na Praça da igreja Matriz. Na ocasião, será partilhado um grande bolo para os presentes, que será confeccionado especialmente em comemoração a data. A Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, de Acaraú, que foi criada por decreto geral de 1832, comemora neste ano 180 anos.

Fonte: Blog Vale do Acaraú Noticias

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Padre Eudes Cruz – 13 Anos de Sacerdócio

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Neste dia, tão especial e importante para o senhor e para todos os que de alguma forma, durante estes 13 anos, sentiram o amor e presença de Deus através das  suas palavras, do seu perdão, da sua bênção, das suas homilias e consagrações onde celebra o “verdadeiro sacrifício do Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo”, queremos agradecer ao Pai sua vida e vocação e agradecê-lo por ter deixado tudo, pais, irmãos, a sua vida pessoal, para dedicar-se ao serviço de todos os que precisam de paz e bem.

Parabéns por este dia em que foi ordenado sacerdote de Cristo, escolhido e eleito por Deus, para tão grande e digno ministério… parabéns por esse dom tão grandioso através do qual todos os dias torna presente, na palavra, nos sacramentos, na eucaristia, o próprio Deus que o escolheu, o consagrou e o envia cada dia aos irmãos… agradecemos-lhe também por sua simplicidade, autenticidade, clareza, testemunho, preocupação no aperfeiçoamento e pela partilha fraterna hoje .

O Deus que o consagrou, escolheu e enviou, continue a ser a força, a coragem e a luz no seu caminhar de cada dia… e sinta-se agraciado pelo dom da sua graça, ternura e misericórdia, permanecendo com Jesus , sacerdote para sempre….

Parabéns Pe. Eudes Cruz, nós acarauenses agradecemos seu pastoreio, os grandes préstimos e serviços a frente de nossa paróquia !

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A paróquia de Acaraú tem novo relógio em sua torre

A implantação do relógio eletrônico na torre da igreja matriz começou na ultima quarta feira dia 8 de agosto, ficando pronto neste sábado (11). O novo equipamento, além de avisar a hora certa com o número de badaladas igual ao números de horas, será também  programado para tocar a ave Maria diariamente às 18:00 horas.

A parte sonora do relógio inicia-se a partir das 6:00h da manhã com término às 22:00h. Ele conta com 4 mostradores que trazem em si a imagem da Padroeira  e o nome da Paróquia, além da lembrança dos 180 anos Paróquia, comemorado no dia 5 de setembro.

12Marcos Velastécnico e operários instalando o novo relógio Foto: Acaraú pra recordar

11Totó Rios na torre da Igreja Matriz Foto: Acaraú pra recordar

15Totó Rios. Marcos Velasi-técnico e Gonzaga Mendes

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Antigo relógio Foto: Acaraú pra recordar

DSC01578-x Máquina do antigo relógio Foto: Acaraú pra recordar

Fonte: Blog Paróquia de Acaraú

Pesquisador lança livro sobre famílias de Sobral

A obra, que homenageia os 270 anos de Inácio Gomes Parente, um dos colonizadores de Sobral, será lançada no dia 15

Sobral O genealogista Francisco de Assis Vasconcelos Arruda se dedica há mais de 40 anos à pesquisa e escrita de livros sobre famílias deste Município. No próximo dia 15 de agosto, na sede social do BNB Clube, às 19h30, em Fortaleza, ele lançará o primeiro volume da coletânea Dicionário Biográfico. O primeiro a ser divulgado é sobre a Família Gomes Parente.

O genealogista se dedica há mais de 40 anos à pesquisa e escrita de livros sobre a origem das famílias sobralenses. Afirma que realiza o trabalho por amor, para cumprir uma missão FOTO: JOSÉ LEOMAR

Na ocasião, será comemorado o aniversário de 270 anos de Inácio Gomes Parente, um dos colonizadores da região, e também será entregue o certificado de Filho Ilustre a alguns expoentes da família. A publicação faz parte dos planos do escritor de lançar, em parceria com a Editora Premius, uma Enciclopédia Genealógica da Ribeira do Acaraú, que abrange Sobral e cidades vizinhas. "Sobre a família Gomes Parente, já são cinco livros publicados, faltando ainda um para completar o estudo desta família com duas mil paginas escritas", afirma.

E, paralelo a isso, prepara a 2ª edição dos Gomes Parente, que pretende fazer logo consiga um apoio para sua publicação. Quanto à família Arruda, já trabalha a 3ª edição, que sairá em quatro tomos, perfazendo mais de duas mil páginas.

O pesquisador avisa que os leitores irão se surpreender com o Dicionário. "Muitas pessoas que estão relacionadas dentro dele não leva o sobrenome da Família Parente ou Gomes Parente, e muitos ficarão surpresos, pois não entendem como pertencem a essa família", destacou. Dentre os nomes que levarão o certificado de Filho Ilustre, que receberão por ocasião da comemorações dos 270 anos de Inácio Gomes Parente, está o governador do Estado Cid Ferreira Gomes, assim como seu irmão Ciro Ferreira Gomes, entre outras personalidades.

Histórico

O patriarca da família, Inácio Gomes Parente, nasceu no ano de 1742, em Portugal, e apenas mudou-se para Sobral com cerca de 20 anos, conforme o pesquisador explica. Casou-se em 24 de novembro de 1777, na Serra da Meruoca, e faleceu em 13 de abril de 1838, com 96 anos.

"Os membros desta família estão ligados à história de Sobral e do Ceará, desde o primeiro Prefeito municipal, José Ferreira Gomes, até os dias atuais, com o doutor José Clodoveu de Arruda Coelho Neto, frente à prefeitura de Sobral, perfazendo 13 prefeitos desta augusta família de Sobral", diz o pesquisador.

De acordo com Assis, o historiador Cônego Sadoc de Araújo escreveu livros sobre a cronologia sobralenses que servem com texto básico para quem busca se aprofundar no assunto. "Ele foi o grande garimpeiro. No livro Raízes Portuguesas do Vale do Acaraú encontra-se os diversos colonizadores que desaguaram seus sobrenomes em Sobral, e Inácio Gomes Parente é um destes pioneiros portugueses a aportar na região", explica.

Dificuldades

O pesquisador aponta que algumas famílias locais são mais fáceis de localizar e estudar, pois já possuem um histórico familiar. Quando se encontra o sobrenome delas pode-se presumir, com certeza, que existe parentesco. Dentre essas, ele cita a família Ferreira da Ponte, que chegou à Fazenda Caiçara em 1679, tendo as gerações seguintes mantido seu sobrenome.

"Já outras dificultam, pois o sobrenome pode ter vários troncos e origens, ou mesmo adotados, como era muito comum, principalmente, na época da escravatura negra.

Silva e Souza, por exemplo, eram sobrenomes de grande destaques em Portugal e, pela importância que tinham, passaram por uma massificação. Consequentemente, perderam a força do nome, tornando-se de difícil pesquisa genealógica", destaca o autor. Assis Arruda caracteriza a família Ferreira da Ponte como um "grande rio" das famílias da Ribeira do Acaraú. "Ela é o rio principal, e as demais são afluentes que desaguaram no grande leito genealógico". Ele diz, ainda, que a Fazenda Caiçara possuía poucas famílias.

Cita como as principais os Ferreira da Ponte, os Linhares, os Gomes Parente, os Vasconcelos, os Arruda e outras como os Frota. Este sobrenome, conforme o pesquisador, veio do Rio Grande do Norte através de Felipe Gomes da Frota, que casou-se com uma descendente da Família Linhares, fazendo com que todos os Frotas da região sejam também Linhares.

A própria família não teria esse conhecimento, por ter predominado em sua descendência os Gomes da Frota, em todos os filhos, esquecendo o nome da mãe, como era também costume. "Hoje, muita gente não sabe, mas, por ocasião do casamento, os filhos de Felipe acabaram sendo batizados apenas com o nome da família do pai", acrescenta Assis Arruda.

A família Linhares, de Sobral, tem sua origem em Domingos da Cunha Linhares. Já o Arruda vem de Amaro José de Arruda e, atualmente, também podem ser encontradas as ramificações dessa família nas cidades de Granja, Fortaleza e Baturité. Amaro vivia numa fazenda chamada Oiticará, na região que hoje é encontrada a cidade de Massapê, segundo explica Assis.

Criação de sobrenomes

De acordo com ele, Sobral criou sobrenomes genuinamente sobralenses, como a família Mont´Alverne, que foi um apelido dado pelo padre Fialho a Antonio Aguiar, um de seus alunos. "Ele utilizava essa tática, pois era professor de historia e isso auxiliaria aos alunos a memorizar alguns fatos. Também tiveram origem parecida os nomes Cialdine e Verniau", diz.

Conforme Assis Arruda, a família de João batista Demétrio acabou criando esse sobrenome, mas, a origem dele vem dos Aires de Sousa. A família Rangel também tem uma origem parecida, sendo genuinamente descendentes Manoel Jose do Nascimento, avô do general Tibúrcio. Eles tinham um filho chamado Antonio Rangel que repassou o nome. A família veio de André Vidal de Negreiros, que foi um grande restaurador da Revolução Pernambucana.

História

Amor pela genealogia

O interesse do pesquisador Assis Arruda pela Genealogia começou ainda na década de 70, quando residia com sua irmã, que era casada com o advogado Francisco José Ferreira Gomes, que, inclusive, já havia escrito sobre a genealogia da família e continuava com os estudos sobre seus antepassados. Suas pesquisas no campo surgiram a partir da vontade de conhecer inicialmente a própria família.

Com 20 anos de idade, escreveu para diversos parentes mostrando interesse em construir a árvore genealógica da Família Arruda. Suas fontes de pesquisa são registros públicos e arquivos e relatos pessoais. Certidões como as de casamento, óbito e nascimento são bastante buscadas por ele. Mesmo depois de 40 anos se dedicando à Genealogia, o pesquisador afirma que não teve espaço de trabalho apropriado, assim como outros grandes nomes do Estado, que acabavam por trabalhar na garagem casa, em meio ao calor intenso. Hoje, Assis Arruda é aposentado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

COLABORADORA
JÉSSYCA RODRIGUES

Fonte: Diário do Nordeste

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Almofala - Novenário abre festejos dos 300 anos da igreja

Apesar do aniversário ser em setembro, os eventos referentes à data vêm acontecendo durante o ano todo

Itarema No povoado de Almofala, na região Norte do Ceará, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição inicia, de 5 a 15 de agosto, o novenário da santa, padroeira do local. O evento faz parte da comemoração dos 300 anos do templo, tombado em 18 de abril de 1980 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

A igreja de N. Sra. da Conceição, construída em 1712, foi tombada pelo Iphan no dia de 18 de abril de 1980

Apesar do aniversário da Igreja ser apenas em setembro, as comemorações têm ocorrido durante todo o ano, sendo o novenário a principal atração, que reúne centenas de fiéis. Os festejos estão sob a organização da Prefeitura Municipal de Itarema e da Diocese de Itapipoca, tendo o padre Afonso como coordenador Geral.

Show de abertura

De acordo com o coordenador de eventos diocesanos, padre Ailton Ramos da Silva, no dia de abertura do evento, haverá show que terá como atrações os Cantores de Deus, grupo que foi formado pelo padre Zezinho para acompanhar seus shows.

No decorrer das comemorações da padroeira de Almofala, haverá também apresentações culturais com bandas gospel da região e algumas vindas de Itapipoca e Itapajé, além de barracas com produtos típicos da região, como comidas e vestimentas produzidas pelos moradores. Acontecerão, ainda, apresentações de danças indígenas com a tribo dos Tremembés.

O padre Ailton diz também que, apesar de ser pároco da Igreja Nossa Senhora do Rosário, no Município de General Sampaio, estará presente durante as comemorações de Almofala.

"Já hoje (ontem) estarei indo para Almofala, onde acompanharei todas as atrações e atividades. Quem conhece a igrejinha sabe que, mesmo com sua pouca capacidade, já que lota com cerca de 100 pessoas, se encanta com o estilo português dela, ela tem um charme especial. Esse é um momento histórico pra região", afirma.

Na ocasião do encerramento, haverá outro show com o frei capuchinho Ricardo Régis, de Salvador. "Nós trouxemos o frei por ocasião do lançamento do seu novo CD", diz o religioso.

Histórico

Padre Ailton lembra também do roubo de duas imagens, que aconteceu no ano de 2006, quando a Polícia Federal chegou a fechar por um tempo o templo e houve até a presença da Interpol. As imagens de Nossa Senhora da Conceição, São José de Botas e de Nossa Senhora do Rosário, além do crucifixo, foram tirados do altar, mas foram encontrados algum tempo depois, enterrados. "Um agricultor local estava arando o campo quando as encontrou. Alguém provavelmente as deixou lá para voltar depois", pondera.

A conclusão da igreja se deu em 1712, quando substituiu uma antiga capela de taipa e palha do início do século XVII, de acordo com dados do Iphan. Sua arquitetura faz com que ela seja diferente das demais, de acordo com o Arquiteto do Iphan Francisco Veras.

"A igreja foi construída na beira da praia e tem uma forma diferente das demais igrejas do Ceará. Tem uma torre muito mais elaborada e fachada mais rebuscada. Essas peculiaridades fizeram com que ela se destacasse como monumento nacional", ressalta o arquiteto do Iphan, Francisco Veras.

Conforme os dados do Instituto, a Igrejinha de Nossa Senhora da Conceição teria começado um processo de soterramento em 1897, quando uma duna móvel passou a cobrir o povoado. No ano seguinte, os responsáveis pelo templo transferiram as imagens e obras para outro local, e a situação permaneceu assim por quase 50 anos, quando a duna começou a recuar. Após o tombamento, o Iphan restaurou e entregou a igrejinha para a população em fevereiro de 1984.

Blog

O artista plástico e diretor do Centro Cultural do Município de Itarema, Alexandre Mulato, mantêm um blog sobre o assunto e, segundo ele, o historiador Antônio Bezerra esteve no local em 1884, e teria afirmado na época: "No meio do espaço compreendido entre as duas ruas, do lado leste, fica a igrejinha, um mimo de arquitetura, que a Rainha de Portugal, D. Maria I, mandou edificar para os índios Tremembé. É diferente de todas que se encontram na Província, no gosto e na construção. Quem a visita não pode deixar de reconhecer em tudo o cunho das obras dos Jesuítas; sua perspectiva lembra os velhos templos de Portugal".

Blog do Alexandre Mulato: http://omulato.zip.net/

Mais informações

Prefeitura de Itarema
Rua 1º de Janeiro, 212
Zona Norte
Telefone: (88) 3667.1667

JÉSSYCA RODRIGUES
COLABORADORA

Fonte: Diário do Nordeste

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Ceará era Neerlandês

Agradeço contato J. Terto de Amorim cearense que mora na Holanda por ter me enviado links de outras matérias sobre o Ceará Neerlandês.

Acredito que em virtude de ter publicado a matéria no Blog Acaraú pra recordar:

Cartografia de holandeses no Ceará é apresentada em livro.
http://acarauprarecordar.blogspot.com.br/2012/04/cartografia-de-holandeses-no-ceara-e.html

Ele faz do grupo de estudiosos e pesquisadores autonômos que vem se dedicando a localizar, catologar e estudar os documentos neerlandeses sobre o Ceará entre os anos 1600 e 1654.

Isto constata que Blog Acaraú pra recordar está sendo lido nos mais diversos estados e paises.

Blog Acaraú Online volta as atividades

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Prezado leitor e amigo
Vimos comunicar-lhe que as noticias atuais do Acaraú e do Ceará serão publicadas no Blog Acaraú Online e no Blog Acaraú pra recordar as matérias sobre a cultura, literatura e história.
Agradeço desde já
Totó Rios-Editor

terça-feira, 24 de abril de 2012

Luiz Ratis - Acarauense lança autobiografia que relembra fatos da história de Acaraú

 Luiz Ratis

O acarauense Luiz Rátis Martins, faz o pré-lançamento em Acaraú, no dia 28, de sua autobiografia, onde relembra fases da carreira militar, da formação jurídica, da política e do ingresso na literatura. Na obra, transcreve ainda dados históricos, econômicos e culturais do município.

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Primeiros Carnavais de Acaraú

 Banda Tremembé 

Se as férias de minha infância tinham o sabor salgado da Gamboa os primeiros carnavais de minha adolescência tiveram lugar no clube social perto do grupo e no Açude Bau.

O carnaval do Acaraú começava ainda na rodoviária do Antônio Bezerra, no ônibus da Redenção, invariavelmente lotado, a rapaziada viajando em pé, dando assento aos mais velhos e às meninas. Alguém imagina que havia reclamação?

Que nada! Ninguém parava quieto, cantava e bebia a viagem inteira, numa confraternização completa, todo mundo acabava se conhecendo, sem falar nas inevitáveis paqueras. O coitado do motorista era a vítima favorita do “Se essa p. não virar, eu chego lá”. Houve uma vez que chegou a parar o ônibus no meio da estrada e ameaçou botar os “arruaceiros” para fora.

Era pura diversão. Quando a gente chegava à cidade dava até vontade de não descer do ônibus. Invariavelmente tinha alguém mandado por Vô Santos para nos ajudar com as malas e antes de continuar a folia tínhamos a gostosa obrigação de pedir sua benção. A noite era uma criança e o Canecão nos esperava, bem como as namoradas em potencial.

De madrugada quando chegávamos a casa encontrávamos nossas redes já armadas no corredor ou na varanda. Pela manhã depois do café reforçado com rosca e leite puro da vacaria do Manoel Roberto, visitámos Vovô no mercado. A visita era rápida, pois o Bau nos esperava para o banho de açude.

Lá encontrávamos o Tio Vicente Javan, um dos maestros do meu carnaval, junto com os primos e amigos. A cerveja se misturava com as piadas e gozações fazendo o dia passar ligeiro.

Aos domingos e terças havia o imperdível Bloco das Bichas, momento mais democrático e irreverente de toda a festa momina. Ao assumirem momentaneamente a nem sempre tão graciosa condição de mulher, velhos e meninos, ricos e pobres se misturavam para celebrar a vida sem preconceitos de sexo ou condição social.

Finda a tarde era a hora do repouso para a noite no clube. Saudade da querida “Casa de Farinha”. Mestre André e sua banda animava a noite com as famosas e eternas marchinhas e sambas. Cansei de subir no palco e, para alívio e descanso do cantor, cantar até a goela secar e ter de reabastecer as baterias.

A bebida preferida era a Cuba Libre, mais barata e de mais pegada. Cerveja era só para hidratar vez ou outra. Foi numa dessas noites que dei minha primeira cheirada em um lança perfume, que acabara de ser proibido. Dois guardas vieram confiscar o produto, mas o Tio Vicente, ou teria sido o Paulo Pinto, avisou ao delegado que, sentado numa mesa vizinha a nossa, vez ou outra se servia do nosso perfume cheiroso.

Prontamente o delegado despachou os guardas dizendo que eles cuidassem dali para lá; para cá era com ele próprio. Quanta loucura que nunca terminava mal. Vez ou outra uma pequena confusão, as eventuais escaramuças entre adversários políticos, tudo sem sérias consequências. Chegávamos com o sol já nascendo, caíamos na rede sonhando com o dia seguinte, invariavelmente igual, rotineiramente alegre e maravilhoso.

O clube e o Bau fecharam e tudo mudou, mas aí é outra história que talvez conta mais tarde.

Fonte: Teúnes Andrade Filho-Blog Acaraú vivendo e aprendendo

Raulzito, o jacaré - Lançamento de livro infantil


Lançamento de Livro Infantil Raulzito, o jacaré 
06 de Maio - Praça do Passeio Público às 9:00 hs

Autora: Aline Bussons
Ilustrações: Marcos Venícius
Expressão Gráfica Editora - 1ª edição - 2011 - 24 páginas.
ISBN 978-85-7563-862-0
Custo: R$ 20,00
 
Contação: Rosana Estrela, Chicão Oliveira e César Mota.
 
Fazendo referência a sucessos musicais do mestre da música brasileira Raul Seixas, Raulzito, o jacaré é um livro que fala de amigos, música e liberdade. De forma lúdica, trata de temas muito presentes na vida da garotada tais como rotina, criatividade e diversão. Vale a pena conferir.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Relógios da Torre da Matriz de Acaraú poderá voltar a funcionar


Técnicos estiveram visitando nesta quarta feira (18), as engrenagens que movem os ponteiros dos quatro relógios da torre da nossa Paróquia.

Devido ao grande tempo de existência do relógio, existem algumas peças que precisam de reparos, segundo os técnicos tudo é uma questão de tempo para que tudo volte a funcionar.




O relógio foi fabricado em Juazeiro do Norte no ano de 1944 e personalizado com o nome da Paróquia de Acaraú e de Monsenhor Sabino, Pároco daquela época.


Fonte: Blog Paróquia de Acaraú

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Memórias de Rita Mendes Fonteles



Memórias de Rita Mendes Fonteles é um registro autobiográfico de uma mulher aparentemente comum, como muitas desse país. Dona Rita, hoje com 87 anos, e mãe de uma familia extensa de onze filhos, uma dona de casa que viveu em função de sua familia, que teve que deixar a escola bem cedo - antes de completar a antiga 4ª serie primária -, que ficou órfã de pai aos cinco anos de idade e que, por ser a mais velha, teve que auxiliar na criação de seus outros cinco irmãos, que perdeu a mãe em plena juventude - aos vinte e quatro anos de idade -, que perdeu filho em acidente trágico e irmãos ainda jovens.

Situações semelhantes foram certamente experimentadas por outras pessoas. Contudo, o que fez e faz a diferença na trajetória desta senhora nascida em uma pequena cidade do interior do Ceará, foi e é aquilo em que ela transformou sua vida cotidiana, ou por outra, aquilo em que ela mesma se transformou ao decidir registrar suas vivências em forma de crônicas, poesias e outros gêneros Iiterários: uma artista de si mesma e de sua própria existência.

Dessa forma, a autora e protagonista dessas Memórias, certamente sem o saber, nos permite vislumbrar um sentido mais claro para uma instigante idéia de Nietzsche, quando o filósofo nos sugere que a vida e a verdadeira obra de arte.

Babi Fonteles

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Missa Penitencial na Matriz de Acaraú


A Paróquia realizou nesta terça feira(03) uma Celebração Penitencial, onde pessoas que estavam a muito tempo sem receber Corpo e Sangue de Cristo, teve a alegria de participar novamente da mesa do Senhor.    

Durante a  celebração, que teve como celebrante Pe. Eudes Cruz e concelebrante Pe. Jucelino Pascoal,  foi realizada a queima dos pecados, em uma penumbra os fiéis, organizados em filas, dirigiram-se à porta principal da Matriz com os seus pecados escrito em um papel e lá jogaram em um recipiente em chamas. Para muitos esta é uma boa opção, pois ainda existe o receio da confissão auricular, que também aconteceu durante todo o dia na Paróquia.


segunda-feira, 26 de março de 2012

Programação da Semana Santa-Paróquia de Acaraú

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30/03 Sexta Feira (Procissão de Passos)

16:00 hs - Visita aos doentes no Hospital Moura Ferreira seguida da procissão

Equipe litúrgica

Leituras-Legião de Maria

Canto- liturgia

01/04 (Domingo de Ramos)

07:30 hs - Procissão saindo da Capela Nossa Senhora de Lourdes no CELPA

8:00 hs - Celebração Eucarística

Equipe litúrgica

Leituras: CEBS (setor 2)

Canto: liturgia

02/04 (Segunda Feira Santa)

Confissões de 08 às 11 e de 15 às 17 horas na Matriz

19:00 hs - Celebração Eucarística

Equipe litúrgica

Leituras - PJMP

Canto - liturgia

03/04( Terça Feira Santa)

Confissões de 08 às 11 e de 15 às 17 horas na Matriz

19:00 hs - Celebração Penitencial

Equipe litúrgica

Leituras e canto: Rainha da Paz.

04/04 (Quarta Feira Santa)

05:00 hs (manhã) - Procissão saindo em frente ao Cemitério São João Batista

e encerrando na Igreja Matriz.

Confissões de 08 às 11 e de 15 às 17 horas na Matriz

19:00 h - Celebração Eucarística.(obs: trazer velas)

Equipe litúrgica

Leituras - liturgia

Canto - Rainha da Paz

05/04 (Quinta Feira Santa)

17:00 hs - Celebração da Ceia do Senhor

De 19:00 às 00:00hs - Vigília

Equipe Litúrgica

Leituras - Ministros da Sagrada Comunhão

Canto-Liturgia

06/04 (Sexta Feira Santa)

16:00 hs - Celebração da Paixão seguida de procissão do Senhor Morto.

Equipe litúrgica

Leituras-Catequese

Canto- Liturgia

07/04 (Sábado de Aleluia)

19:00hs - Celebração Eucarística

Equipe litúrgica

Leituras - Pastoral da Comunicação

Canto - Liturgia

08/04 (Domingo de Páscoa)

07:30hs - Café comunitário

08:00hs - Celebração Eucarística

Equipe litúrgica

Leituras - Pastoral do Dízimo

Canto-liturgia

Cronograma da Vigília

19 às 20 hs - Catequese, Past. Da Criança, Legião de Maria e Apostolado da Oração.

Ruas - Cap. Diogo Lopes e Santo Antônio.

20 às 21 hs - Irmãs Cordimarianas,liturgia e Coroinhas.

Ruas -João Jaime e Júlio Lousada.

21 às 22 hs - Past. Da Comunicação,Mis.do Dízimo,PJMP.

Ruas - Cap. Antônio Raimundo e Gen.Humberto Moura.

22 às 23 - Terço dos Homens, grupo de casais e Filhos de Maria.

Ruas - Cel.Sales, Cel. Duca, e Floriano Peixoto.

23 às 00 hs - Com. Rainha da Paz e Ministros da Sagrada Comunhão.

Famílias que residem próximo a Matriz

Fonte: Blog Paróquia de Acaraú

terça-feira, 20 de março de 2012

Agostinho Balmes Odisio

Agostinho Balmes Odísio foi oratoriano e aluno da Escola Profissional Domingos Sávio, em Turim, na Itália, e conheceu Dom Bosco. O Santo dos Jovens marcou profundamente a vida do escultor, discípulo de Rodin que deixou a terra natal para espalhar sua arte pelo Brasil. 
 
01Agostinho Balmes Odísio Foto: Divulgação
Animado pelos 70 anos de fundação da igreja matriz da Paróquia do Senhor Bom Jesus do Monte, em Piracicaba, SP, iniciei em 2007 uma pesquisa detalhada sobre sua história. Descobri que o Cristo Redentor da torre da igreja foi esculpido por Agostinho Balmes Odísio, que residia em Limeira, SP. A imagem, de 5m de altura, de cimento armado, começou a ser montada por ele em 19 de abril de 1932 e foi inaugurada entre os dias 5 a 15 de novembro do mesmo ano. Até então, pensava que o autor da obra era um escultor qualquer, de uma cidade vizinha.
02 Foto: Divulgação
As coisas começaram a ficar surpreendentes depois que conheci a neta de Agostinho, Vera Odísio Siqueira, que esteve em Piracicaba em 2007 em busca de informações sobre a obra de seu avô para um livro que estava escrevendo. Recebi em agosto de 2011 um exemplar do livro De Dom Bosco a Padre Cícero, lançado no Memorial Padre Cícero, em Juazeiro do Norte, CE, em 19 de julho de 2011.
Confesso que fiquei impressionado com a saga desse ex-aluno de Dom Bosco e com as junções históricas e as coincidências com a Família Salesiana, na Itália e no Brasil. Prova de que Dom Bosco e Maria Auxiliadora agem nas pessoas com a sabedoria que transcende os dias, os anos, os séculos.
Ex-aluno de Dom Bosco - Agostinho nasceu em 1º de maio de 1881, em Turim, Itália. Estudou na Escola Profissional Domingos Sávio, fundada por Dom Bosco; serviu na Companhia dos Bersaglieris e integrou a banda do primeiro Oratório Festivo de Dom Bosco, em Valdocco. Sim, ele conheceu São João Bosco em vida e, aos 7 anos, ele e sua mãe Maria foram ao enterro de Dom Bosco, que faleceu aos 72 anos, em 31 de janeiro de 1888.
03 Vera Odísio Siqueira - Neta de Agostinho Balmes Odísio Foto: Divulgação
Ao deixar a Itália, em 1913, seu destino era Buenos Aires, na Argentina, onde residia seu único irmão. Porém, o navio aportou em Santos, SP, onde Agostinho conheceu Natale Frateschi, imigrante italiano da cidade de Lucca, dono de uma loja de Armador e Marmoraria em Franca. Frateschi logo ofereceu ao já então conhecido artista italiano oportunidade de trabalho. Na cidade de Franca, Agostinho conheceu Dosolina, uma das filhas de Natale, com quem se casou. Da união nasceram sete filhos, dois homens e cinco mulheres.
Franca foi a primeira cidade paulista a ganhar obras de Agostinho. Depois vieram São Paulo, Campinas, Caçapava, Guaratinguetá, Jundiaí, Limeira, Piracicaba, Pindamonhangaba e São José dos Campos, entre outras. No Rio de Janeiro e em Minas Gerais, passou por Camanducaia, Itajubá, Juiz de Fora, Ouro Fino, Pouso Alegre, Santa Rita do Sapucaí, Santos Dumont, Três Corações, Uberaba e muitas outras. Em 1934, mudou-se para o Ceará. Deixou sua obra registrada em mais de 30 cidades, entre elas Juazeiro do Norte (terra de Padre Cícero) e a capital Fortaleza. Pelo Nordeste, circulou ainda nos estados da Paraíba e do Piauí.
Dom Bosco e Padre Cícero - No Brasil, Agostinho tornou-se um dos fieis defensores e seguidores de padre Cícero, conselheiro e guia espiritual do povo do sertão, que destinou seus bens aos Salesianos para que dessem continuidade ao seu trabalho. Dom Bosco e padre Cícero foram duas grandes influências na vida de Agostinho. Na página 19 do livro encontramos a evidência: "Sua formação foi guiada pelos Salesianos e ele sempre manteve uma ligação forte com Dom Bosco, procurando, em toda a cidade que morava ou trabalhava, a família salesiana. Em Fortaleza, sua oficina tinha o nome de Dom Bosco com uma imagem na fachada".
A genialidade de Agostinho ficou mesmo registrada na escultura e na arte sacra. Mas ele atuou também em outras áreas. Como arquiteto e engenheiro, projetou, construiu e reformou igrejas e logradouros públicos. Escreveu ainda peças teatrais e óperas.
Antes de vir para o Brasil, já era um artista reconhecido na Itália. Em 1912, esculpiu o busto de Vittorio Emanuelle II, no Palazzio Venezia (Roma), obra com a qual conquistou o primeiro lugar de um concurso e uma bolsa de estudos na França. Estudou na Escola de Belas Artes e Arquitetura de Paris, onde foi discípulo de Auguste Rodin, um dos maiores escultores da nossa história. Em sua terra natal, deixou belas obras, como o nicho em homenagem a Dom Bosco na Escola Profissional Domingos Sávio e trabalhos na Igreja de São Genésio, magnífico templo da região do Piemonte.
Não tinha o hábito de assinar suas obras, o que, segundo sua neta, dificultou um pouco o mapeamento de sua produção. Agostinho faleceu em 29 de agosto de 1948, deixando importante patrimônio histórico e cultural para o Brasil.
Marcos Antonio Vanceto
Fonte: Boletim Salesiano

terça-feira, 13 de março de 2012

Acaraú, o Rio das Garças

Foto: Divulgação
 
“Acaraú, o Rio das Garças”. Este é o título do documentário, que será lançado na próxima quarta-feira (14), às 19h30, na Universidade de Fortaleza (Unifor). O filme de 50 minutos conta a história do Rio Acaraú, que corta a Zona Norte cearense. “Percorremos cerca de 320 quilômetros para mostrar o Acaraú como um rio de pertencimento da população ribeirinha de muitas cidades cearenses”, afirma o pesquisador e documentarista, Roberto Bomfim, que dirigiu o filme.
 
O produção do documentário chegou a gravar mais de 50 horas de imagens e depoimentos para selecionar os 50 minutos. Bomfim conta que utilizou a história oral e documental para montar o documentário. “São historiadores, habitantes da ribeira, produtores culturais e escritores que contam a história do Acaraú, trazendo o sentimento de pertença a tradições culturais e folclóricas vitalmente importantes na formação e povoamento da Zona Norte do Ceará”, diz Roberto Bomfim.
 
Feito pela Setoceano Filmes, o documentário mostra as várias facetas do Acaraú. “Discutimos no documentário a preservação do rio, de sua mata ciliar e a degradação que ele está sofrendo em alguns municípios”, relata Bomfim.
 
Outra faceta retratada no filme é que o Acaraú tem garças em sua voz e apresenta desenvolvimento com a criação de camarão e peixe. “É um rio que move também a economia da Zona Norte”, cita Bomfim.
 
O Acaraú começa a ter uma importância maior para Zona Norte a partir do Século XVIII. O documentário exibe isso através de depoimentos de pesquisadores. “Nossos depoimentos mostram que estes objetos materiais e imateriais estão cristalizados elementos relevantes à memória do povo cearense”, destaca Bomfim.
 
Passando por Tamboril, Varjota, Cariré, Groaíras, Sobral, Santana do Acaraú, Morrinhos, Marco, Bela Cruz, Cruz e Acaraú. O filme traz depoimentos apaixonados e denunciadores de Lustosa da Costa, Juarez Leitão, Batista de Lima, Francisco Pinheiro e Audifax Rios.
 
O documentário mostra um pouco da história de cada uma das cidades onde foi filmado. “Tivemos esta preocupação de documentar também a história breve de cada um desses municípios onde filmamos. É uma contribuição para destacar a história dessas cidades que o Acaraú corta”, lembra Bomfim.
 
O aproveitamento do Acaraú para as populações ribeirinhas é um ponto que o documentário explora. “Todos dependem do Acaraú, quer do uso de suas águas, quer da produção de peixes ou de camarão ou para manifestar sua cultura através de tradições folclóricas que ainda hoje são preservadas por gerações”, revela Roberto Bomfim.
 
O documentário resgata manifestações como reisados, grupos quilombolas e mestres da cultura. “Resgatamos esta memória imaterial do Acaraú”, festeja Roberto Bomfim.
 
O filme, após o lançamento de Fortaleza será levado até o final do ano para exibição nas cidades onde foi filmado. “Pretendemos exibir o documentário por toda ribeira do Acaraú mediante a convênio e patrocínios. Vamos também distribuir cópias do documentário para bibliotecas, escolas, universidades, entidades culturais, prefeituras e organizações não governamentais”, informa Roberto Bomfim.
 
Depois a idéia é de exibição do documentário mediante convênio com tevês abertas e fechadas. Temos ainda o projeto de tradução para inglês, espanhol e francês para exibição em ONGs da França, Espanha e Portugal.
 
O documentário foi patrocinado pela Fundação Presidente Kennedy por convênio junto à Casa Civil do Estado do Ceará. Ele derivou do projeto “Rio Acaraú, o Gigante do Norte”.
 
 “Este projeto, que teve a chancela da Fundação Educacional Presidente Kennend, de Guaraciaba do Norte; quis dar uma lição da inteligência dos bravos sertanistas, índios e estrangeiros, que conquistaram e valorizaram o Norte do Ceará com suas tradições, costumes e culturas”, finaliza Roberto Bomfim.

segunda-feira, 5 de março de 2012

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Literatura Cearense - Antenas da raça

Abelardo Montenegro, Moreira Campos e Sânzio de Azevedo serão reeditados pela Secretaria de Cultura

image Sânzio de Azevedo: inéditos em edições lançadas pela Secult FOTO: MARÍLIA CAMELO

Os autores e suas estantes. Estão sempre lá nas fotos de divulgação, perpetuando um clichê impregnado de simbolismos. A princípio, aquelas mesmas prateleiras foram nutridas pelos livros de referência, a biblioteca particular, mas, para os escritores de longa data e dedicação, o acervo que emoldura a fotografia logo passou a ser composto por seus próprios títulos, assim no plural, coroando o triunfo do ofício nato.

Cearenses como Sânzio de Azevedo, que protagoniza a tradicional foto na estante, serão alvos de homenagem e registro neste ano, através de iniciativas da coordenação editorial da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará. Assim, livros inéditos e relançamentos deverão complementar o setor "Literatura Cearense" de muitas estantes das bibliotecas públicas e das universidades em todo o Estado. Para 2012, uma seleção de gigantes intelectuais, "antenas da raça", como chamava os poetas o escritor norte-americano Ezra Pound.

Homenagem

O primeiro dos livros comemora o centenário de um dos autores que mais publicou e investigou a cultura do Ceará: Abelardo Montenegro. Jornalista, sociólogo e economista, Abelardo dedicou a vida a registrar em livros, entre outros, os típicos personagens sertanejos: o beato, o penitente, o vaqueiro e, em seu derradeiro livro publicado em vida, os profetas da chuva. Pesquisador voraz, Abelardo faleceu em abril de 2010, mas deixou pronto material suficiente para, pelo menos, uma dezena de inéditos.

Entre os 41 títulos de sua bibliografia, produziu um importante ensaio acerca da literatura cearense, conceituando as particularidades do romance desenvolvido em terras alencarinas e destacando principais autores. O clássico "O Romance Cearense" foi a obra escolhida para receber nova edição da Secult.

Segundo o coordenador editorial da pasta, o escritor Raymundo Netto, a proposta de relançar a obra surgiu ainda em 2010, por iniciativa de Gildácio Sá, prefaciador de boa parte dos livros do amigo. "Gildácio é uma das pessoas que mais tem promovido a obra de Abelardo depois do seu falecimento. Conversamos e juntos resolvemos relançar ´O Romance Cearense´ na Coleção Nossa Cultura, na série Memórias", explica Raymundo Netto.

Lançada em meados dos anos 50, a obra foi bastante elogiada pela crítica, sobretudo por conta da pesquisa minuciosa, que disseca os estilos de romance desenvolvidos no Estado (indianista, de seca, psicológico, de costumes, sertanista, proletário...), e pelo registro dos principais romancistas cearenses, partindo do século XIX até o ano da publicação do ensaio, passando por José de Alencar, Franklin Távora, Manuel de Oliveira Paiva, Adolfo Caminha, Rodolfo Teófilo, Antônio Sales, dentre outros.

De acordo com Raymundo Netto, a intenção da Secult é, inclusive, posteriormente, convidar pesquisadores para lançar uma continuidade à pesquisa de Abelardo, a partir dos anos 50. "Seria muito interessante poder montar um material com estudiosos que façam o registro dos outros romancistas cearenses surgidos depois", complementa.

Fortaleza

Outro nome que recebe homenagens neste ano é Otacílio de Azevedo, o pintor e poeta cearense. Natural de Redenção, o escritor, ainda que reconhecido sobretudo no campo das artes plásticas, marcou a literatura de e sobre Fortaleza ao produzir um registro memorialista ainda hoje considerado referência para quem estuda a história da cidade.

"Fortaleza Descalça", lançado em duas edições, mas ambas de baixa tiragem, recebe da Secult uma revisão, com atualização e mais imagens de uma Fortaleza pertencente ao fim do século XX. Esta, aliás, é uma das surpresas da edição: a faceta de retratista do escritor foi explorada no livro, que deve trazer algumas de suas obras.

A previsão do relançamento está marcada para abril: uma homenagem ao aniversário de Fortaleza, que no dia 13 do mês citado comemora 286 anos. "Esta é a primeira vez que está sendo feita uma tiragem maior desse livro, que hoje só deve ser encontrado em raros sebos. Nele, Otacílio de Azevedo comenta sobre pontos principais de uma Fortaleza que ele conheceu e contemporâneos, como Leonardo Mota e Quintino Cunha", descreve Raymundo.

Pesquisa

Os relançamentos, no entanto, só tiveram sucesso por meio de importantes parcerias. E um nome se destaca entre elas: Rafael Sânzio de Azevedo. O pesquisador, poeta e ficcionista foi um dedicado parceiro de Raymundo Netto nas leituras, pesquisas e revisões das obras raras selecionadas. Uma outra em que sua participação foi essencial é não menos cobiçada: "Moreira Campos: obra completa". O compêndio que pretende reunir todo o trabalho de um dos maiores contistas cearenses não poupa esforços.

"Serão três volumes, também parte da Coleção Nossa Cultura, que deverá conter, inclusive, ´A Gota Delirante´, o último livro de Moreira Campos que ele não conseguiu publicar. Ele tentou, levou a São Paulo, mas nunca conseguiu. O livro ficou parado, mas falamos com o Sânzio e com Neuma Cavalcante, que é curadora da obra do Moreira, e conseguimos fazer. A previsão é que saia ainda este ano", revela Raymundo Netto. E, com justiça, também outros dois livros inéditos devem compor a lista de lançamentos de autores cearenses: "Rodolfo Teófilo e a saga de Jesuíno Brilhante", de Sânzio de Azevedo, contemplado com o edital Prêmio Literário Para Autor Cearense, lançado em 2010; e "Os Acangapebas", o primeiro livro de contos de Raymundo Netto, que sai pelo II Edital de Artes da Secultfor, na categoria Criação Literária.

Também em parceria com Raymundo, o ensaio de Sânzio de Azevedo é uma imersão na obra "Os Brilhantes", de Rodolpho Teófilo, centrado na configuração do cangaceiro Jesuíno Brilhante. No romance naturalista, Rodolpho atua como um narrador onisciente, dissecando o comportamento e o caráter dos indivíduos.

No inédito de Sânzio, o cangaceiro gentil é mais uma vez observado. Uma das bandeiras mais fortes do autor é desmitificar a ideia de que o romance se passa no Ceará ou de que Jesuíno teria estado em nossas terras. Sânzio explora questões do cangaço e esmiúça o personagem Brilhante com a intimidade de um quase "parentesco", como define Raymundo. O lançamento está previsto para março.

Já "Os Acangapebas", do próprio Raymundo Netto, é a gestação de um livro que já existia e repercutia muito antes de saltar para o papel. "Há mais de cinco anos que mexo nesse livro e comento sobre ele, então as pessoas me perguntavam quando ia sair. Não me considero essencialmente contista, então estava procurando uma linha que achasse realmente interessante de ser lançada", explica o autor.
Pelo jeito, a vertente procurada foi encontrada e está descrita já no título. Acangapebas, em Tupi-Guarani, significa "os cabeças chatas", uma referência ao afamado apelido dos cearenses. "O livro é composto por histórias de personagens que poderiam ser cearenses, ele fala da nossa tribo", detalha Raymundo.
As obras lançadas pela Secult, incluindo o inédito de Sânzio, deverão ser encontradas em todas as bibliotecas públicas do Estado. Através da parceria acertada com as Edições UFC, acredita-se que uma parte da tiragem das obras completas de Moreira Campos poderá ser adquirida.

SAIBA MAIS

"O Romance cearense", ensaio escrito por Abelardo Montenegro, será relançado ainda neste primeiro semestre. Nele, o autor trata dos tipos de romances produzidos no Estado e dos romancistas cearenses.

"fortaleza Descalça", de Otacílio de Azevedo, está previsto para abril e deve comemorar o aniversário de Fortaleza e os 120 anos do autor, registrou na rara obra a cidade em fins do Século XX.

"Moreira Campos: obras completas", composta por três volumes, tem lançamento previsto ainda para o primeiro semestre do ano. O conjunto de trabalhos do contista cearense deverá incluir o livro inédito "A Gota Delirante".
"Rodolpho teófilo e a saga de Jesuíno Brilhante", de Sânzio de Azevedo, analisa o romance "Os Brilhantes", de Teófilo. A obra tem lançamento previsto para fevereiro ou março.

"Os Acangapebas" é o primeiro livro de contos de Raymundo Netto, vencedor do II Edital de Artes da Secultfor. Previsão de lançamento também entre março e abril.

MAYARA DE ARAÚJO
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Acaraú beneficiado com política para o semiárido nordestino

imageFoto: Divulgação

O Ceará dispõe de novo pleito para negociar com o governo federal: a inclusão de mais 31 municípios na faixa beneficiada com uma série de atrativos oferecidos pela política para o semiárido nordestino. A alteração, se aprovada, poderá ser feita por decreto da presidente da República.

O Estado encontra-se com 85% de seu território encravado na faixa de aridez regional, nela englobando 150 municípios, distribuídos por 148 mil km². Essa classificação foi promovida pelo Ministério da Integração Nacional, em 2005, com base na legislação vigente. Antes das mudanças, 93% das áreas geográficas cearenses se enquadravam como típicas da semiaridez.

Como surgiram novos fundamentos técnicos para enquadrar as regiões afetadas por questões climáticas, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos e o Banco do Nordeste promoveram os estudos objetivando propor ao governo federal um novo enquadramento. A delimitação pretendida objetiva corrigir distorções e injustiças.

As regiões semiáridas do Nordeste brasileiro são contempladas com programas de investimentos governamentais, de crédito agrícola com taxas subsidiadas, da concessão de bônus por adimplência e por renegociações da dívida agrícola. Os incentivos fiscais concedidos às indústrias instaladas no semiárido são mais elevados, estimulando a sua opção por essas áreas críticas e mais investimentos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste.

Há, pelo menos, três parâmetros essenciais, fixados pelo Ministério da Integração Nacional para a caracterização de uma cidade inserida no semiárido: a precipitação pluviométrica anual inferior a 800 milímetros; o município ter uma probabilidade de seca maior do que 60%; e a evapotranspiração na cidade ser pelo menos duas vezes maior do que o índice pluviométrico.

O novo estudo da Funceme e do BNB adiciona outros critérios classificatórios, como vegetação, solo, relevo e hidrologia de cada localidade. Esses acréscimos poderão excluir três municípios atualmente figurando na ampla faixa de aridez. São eles: Mulungu, Pacoti e Guaramiranga, situados no Maciço de Baturité.

Eles não se enquadrariam nos requisitos geográficos da classificação, em face de suas condições privilegiadas na região serrana. Ainda assim, a Secretaria de Desenvolvimento Agrário admite a hipótese da adoção de outras soluções para compensar possíveis perdas.
Ampliada a faixa da semiaridez no Estado, os municípios beneficiados sairiam de 150 para 181, neles incluídos Fortaleza; comunidades praieiras como Acaraú, Aquiraz, Barroquinha, Beberibe, Camocim, Cascavel, Eusébio e Fortim; áreas de transição como Maracanaú, Bela Cruz, Granja, Guaiúba, Chaval, Marco; regiões sertanejas como Tururu, Moraújo, São Luiz do Curu; e Viçosa, na Ibiapaba.
A divisão geográfica do Ceará tem exemplos peculiares como Trairi, em torno do qual se localizam praias belíssimas, embora o município seja marcado por uma extensa faixa de aridez. O mesmo fenômeno do tempo se repete em Jijoca de Jericoacoara, município-berço de Jericoacoara, arrolada, internacionalmente, entre as cinco praias consideradas como as mais bonitas.

Ser marcado pela aridez não é vantagem. O essencial, nesse caso, é o esforço governamental para fazer de um problema crucial fator de mudança ambiental. O desenvolvimento sustentável é compatível com regiões marcadas pelas condições desfavoráveis da natureza. Isso é o que se busca com esse enquadramento.

Fonte: Diário do Nordeste

sábado, 7 de janeiro de 2012

Acaraú pra recordar de volta, mais informações culturais pra você

Desde 2008 desenvolvo o resgate histórico de Acaraú-Ce através do Blog Acaraú pra recordar e comecei a me interessar por História, Literatura, Cultura, Livrosde Acaraú e do Ceará.

Criei os Blogs Ceará de Fato e Acaraú Online onde publiquei matérias culturais, e agora resolvi resgatar o Blog Acaraú pra recordar,onde iniciou todo meu trabalho, peço a compreensão de todos os que acompanham este humilde espaço para conferirem as novas informações no blog: http://acarauprarecordar.blogspot.com/

Obrigado pela atenção

Totó Rios

Dragão do Mar em preto e branco

Resultado de oficina de xilogravura pode ser visto em exposição no Espaço Multiuso, no Dragão do Mar
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É visível a importância do fazer artístico e da fruição estética para o desenvolvimento de crianças e adolescente. Este contribui, dentre outros aspectos, para o fortalecimento de seu potencial cognitivo. Como reconhecimento não só da necessidade, mas também da capacidade, transformadora da arte, experiências desse tipo vêm sendo realizadas em Fortaleza.
O Núcleo Educativo do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC) promove um trabalho onde arte e educação estão interligadas no processo de construção de um pensamento pedagógico que busca a dinâmica entre o sentir, o pensar e o fazer. Dessas atividades, as oficinas de gravuras ministradas pelo artista visual Eduardo Eloy têm contribuído não só com a formação de jovens e adultos, mas também no estimulo para as artes e na descoberta de novos talentos da terra.
Coletiva
A partir da exposição "Um olhar sobre o Dragão do Mar", aberta desde a última quarta-feira, no Espaço Multiuso do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, é possível entrarmos em contato com a produção de cerca de 26 alunos, que participaram, intensamente, do curso Imagens da Cidade - Educação Patrimonial Através da Xilogravura, ocorrido no ano de 2004.
De acordo com Eduardo Eloy, também responsável pela curadoria da mostra, tudo começou com um exercício artístico, onde ele convidou os alunos (jovens moradores do entorno do Dragão do Mar), a perceber e representar a cidade por meio de um de seus ícones mais significativos.
A exposição, portanto, tem como foco de atenção o olhar desses jovens sobre a arquitetura do Centro cultural como fonte para um exercício poético com o auxílio da xilogravura, técnica tão marcante da expressão artística no Ceará.
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As xilogravuras têm como fonte de inspiração a arquitetura do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura MARINA CAVALCANTE
 
Percepções
"Após sete anos, as obras, que fazem parte do acervo do Instituo de Arte e Cultura do Ceará (IACC), voltam a ser apresentadas ao público, evidenciando a criatividade dos artistas e a contemporaneidade da técnica. A exposição tem como cenário o Espaço Multiuso, visando proporcionar ao visitante um contexto mais intimista com as obras, sem a perda com a totalidade do tema", explica Eduardo Eloy.
O artista ressalta que o resultado da oficina é fantástico, uma prova do esforço e da criatividade de seus participantes. "Temos reunidos nesta exposição, os mais curiosos e singelos olhares. Embora oriento os alunos no decorrer do processo, não intervenho na expressividade deles. Assim, temos obras oriundas de olhares autônomos", frisa.

Eloy conta que durante o curso foram produzidas mais de 100 matrizes, sendo 30 delas escolhidas para a mostra. Nessa mesma linha, relacionada a arte, a educação e o patrimônio, o artista desenvolveu duas séries com outras turmas de alunos: "Um olhar sobre o Theatro José de Alencar" (2005) e "Um olhar sobre o bairro Jacarecanga" (2006). As obras fazem parte do acervo da Escola de Artes e Ofícios Thomaz Pompeu Sobrinho.

Olhares
Além da exposição "Um olhar sobre o Dragão do Mar", encontram-se em cartaz mais cinco exposições no Museu de Arte Contemporânea (MAC) do Dragão do Mar. "Nova visitação", de Eduardo Eloy, apresenta 70 desenhos aguados de café, misturado com caneta nanquim e grafite.
Essas obras surgiram de um acidente com uma xícara cheia de café, que foi derrubada pelo artista numa folha em branco. Da mancha sobre o suporte vieram novas indagações e o estímulo para pesquisar os traços aleatórios. Deles surgiram desenhos que dialogam fortemente com a tonalidade trazida à superfície do papel pelo uso da técnica de pintura "aguada".

"Sala experimental", de Paulo Lima e Diego Moreno, versa sobre a temática do movimento, corpo e cotidiano religioso. "Fotografia contemporânea: experimento" traz obras de Marcelo Brasileiro, resultantes de uma experimentação química com emulsão e papel fotográfico. "Cíceros", com fotos homenageando os romeiros de Juazeiro do Norte. As imagens foram feitas pelo fotógrafo Leopoldo Kaswiner no Dia de Finados, e incorporam um trabalho maior do fotógrafo em que retrata figuras populares do Nordeste, como vaqueiros, rendeiras e pescadores.

Há ainda a exposição "30 anos esta noite". O projeto reúne obras de cinco artistas cearenses que iniciaram sua trajetória em meados da década de 1980 e ainda são atuantes em Fortaleza, como: Ascal, José Pinheiro, Tarcísio Felix, Vidal Jr. e Cleoman Fontenele.

FIQUE POR DENTRO
A xilogravura: suas raízes e processosEsta é uma técnica de gravura na qual se utiliza madeira como matriz, possibilitando a reprodução da imagem gravada sobre papel ou outro suporte adequado. É um processo semelhante a um carimbo. A xilo é de provável origem chinesa, sendo conhecida desde o século VI. No ocidente, a técnica já se afirma durante a Idade Média. Ela chega ao Brasil por intermédio dos portugueses, tendo a região Nordeste como sua principal difusora. Francisco de Almeida e J. Borges são grandes gravadores.
Mais informações
Exposição "Um Olhar sobre o Dragão do Mar, em cartaz no Espaço Multiuso. Gratuita. Contatos: (85) 3488. 8600

ANA CECÍLIA SOARES
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Teatro José de Alencar

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No final do século passado o quarteirão da Rua Liberato Barroso entre a Rua General Sampaio e a Rua 24 de Maio no lado sul da antiga Praça Marquês do Herval (atual Praça José de Alencar) era ocupado por apenas duas instituições, o Batalhão de Segurança (Polícia Militar) e a Escola Normal Pedro II. Em 1908 parte do prédio do Batalhão de Segurança foi cedido pelo Governo Estadual para a construção do Teatro José de Alencar.

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A construção foi confiada ao Capitão Engenheiro Bernardo José de Mello, iniciando-se no dia 6 de junho de 1908. A inauguração oficial do Teatro José de Alencar, foi no dia 17 de junho de 1910, com a execução de hinos pela Banda Sinfônica do Batalhão de Segurança, sob a regência dos maestros Luigi Maria Smido e Henrique Jorge Ferreira Lopes, logo após discurso proferido por Júlio César da Fonseca, que recebeu o presidente, comendador Antônio Pinto Nogueira Acioly. A parte metálica, no estilo art-nouveau, foi importada da Inglaterra, fabricada por Walter Max Farlene & Co., de Glasgow. As pinturas internas foram feitas por J. Paula Barros e R. Ramos.

A foto mais antiga data de 1931 e mostra o teatro bem conservado e com as características da época em seu redor, como as famosas "melindrosas" os automóveis conversíveis da época, o combustor a gás carbônico, enfim, uma atmosfera aconchegante.
A foto nova nos traz o mesmo teatro, após longa reforma feita pelo Governo Estadual através da Secretaria de Cultura e Desporto. As janelas que tinham sido alteradas em outras reformas voltaram à condição original. Na foto antiga os vizinhos do teatro eram a Escola Aprendizes Artífices, no antigo prédio do Batalhão de Segurança de um lado e, do outro, a Grupo Norte da Cidade, no prédio já reformado da antiga Escola Normal Pedro II. Na foto atual, o vizinho da direita já não existe, pois o jardim pertence ao próprio teatro e o vizinho da esquerda já é o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN. (ver texto 94).
Fonte: Fortaleza de Ontem e de Hoje - Marcos Prediais

Passeio Público de Fortaleza

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Estamos na Avenida Caio Prado, que fica atualmente nos fundos do Passeio Público, aquela que dá para o lado do mar.
Foi iniciada, em 1864, a construção do Passeio Público no Largo da Fortaleza ou Campo da Pólvora, que era a primeira praça da povoação, na gestão do presidente da Província Dr. Fausto Augusto de Aguiar, compreendendo três planos, o atual e outros dois mais abaixo, hoje ocupados pela Avenida Leste-Oeste.
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O Passeio Público já foi Campo da Pólvora, Largo da Fortaleza, Largo do Paiol, Largo do Hospital de Caridade, Praça da Misericórdia e, a partir de 3/04/1879, Praça dos Mártires. Teve dois nomes não oficiais: Campo da Pólvora (1870) e Passeio Público, pelo qual é hoje conhecido. A praça foi urbanizada em 1864.
Havia três planos em três níveis, destinados às classes rica, média e pobre. Por volta de 1879 as duas praças mais baixas foram desativadas e a atual foi dividida em três setores com a mesma finalidade, ficando os ricos com a avenida do lado da praia, a classe média com a do lado da Rua Dr. João Moreira e os pobres com a central. Foi nesta época que o passeio recebeu as bonitas grades de ferro que o rodeavam e que foram retiradas em 1939 e recentemente feitas novas de acordo com as antigas.

O nome de Praça dos Mártires é uma homenagem aos heróis tombados ali, pertencentes ao movimento República do Equador, que foram bacamarteados: João Andrade Pessoa Anta, tenente-coronel Francisco Miguel Pereira Ibiapina, padre Gonçalo Inácio de Loiola Albuquerque e Melo Mororó, tenente de milícias Luís Inácio de Azevedo e o tenente-coronel Feliciano José da Silva Carapinima.
Na foto mais antiga, vemos no fundo o velho quartel do 9º Batalhão das Forças Federais ainda com apenas um andar; várias dezenas de combustores de iluminação a gás ladeando a avenida; em primeiro plano uma coluna encimada por uma esfinge, que dava acesso a uma escada que levava ao segundo plano; por trás, trecho da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção e de frente para o fotógrafo pessoas posando para a posteridade, podendo-se notar a maneira de vestir da época, quando todos, sem exceção, usavam chapéus, independente de idade, cor, credo ou condição social.
A foto atual mostra o mesmo trecho hoje, quando o quartel abriga a 10ª Região Militar e já tem dois pavimentos, que não são vistos por estarem cobertos pelas copas das árvores. Os combustores presentes encimando a grade não são os mesmos antigos, mas novos, com luz elétrica.
RUA JOÃO MOREIRA - ANTIGA RUA DA MISERICÓRDIA - PASSEIO PÚBLICO
A atual Rua João Moreira já se chamou Rua Nova da Fortaleza, Rua da Misericórdia (por causa da Santa Casa), Rua General Tibúrcio e Rua nº 17. 

Na foto antiga, que data de 1905, o fotógrafo está na calçada do Passeio Público, próximo à esquina da Rua João Moreira com a Rua Barão do Rio Branco, de costas para esta. Do lado esquerdo vemos, as antigas colunas com as grades de ferro que dali foram retiradas em 1932 e que recentemente foram refeitas no mesmo estilo, porém, com proporções alteradas. Na ponta da calçada, os combustores de gás. 

Do lado direito, o prédio de dois andares (incluindo o térreo), onde ficava o "Hotel de France", que foi depois reformado, passando a ter mais um pavimento e nele funcionou, por muitos anos, o Pálace Hotel, de Efrem Gondim. Atualmente, no mesmo prédio, está a Associação Comercial do Ceará.
É a esquina com a rua Major Facundo, que nasce ali. Do outro lado da rua, a casa com as janelinhas quadradas no sótão, que era dos "Mississipis" e na outra esquina, já com a Floriano Peixoto, o edifício onde funcionou o Hotel do Norte, de Silvestre Rendall e depois lá ficou por muito tempo os Correios, a Light, o Serviluz, a Conefor e a Coelce. Hoje, apesar de pertencer ao patrimônio da Coelce, ao abandono, tendo já desmoronado parcialmente durante uma chuva.

O tempo trouxe o que mostra a foto atual, como a presença de carros, o asfalto na rua antes com calçamento, postes e fios, etc. O prédio em primeiro plano, que antes tinha apenas dois pavimentos e quatro portas, na nova foto tem três pavimentos e seis portas; no outro lado da rua a velha casa dos "Mississipis" bastante alterada, o sobrado semi-abandonado da Coelce na esquina da Rua Floriano Peixoto.

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Fonte: Portal da História do Ceará