segunda-feira, 7 de abril de 2014

Casarão de Acaraú do século XIX tem estuturas modificadas para abrigar estabelecimento comercial

 

Um casarão erguido na segunda metade do século XIX, localizado em frente à Praça do Centenário, no Centro da cidade de Acaraú, passará por modificações na sua estrutura para abrigar um estabelecimento comercial. A parte interna do prédio será modificada e o sobrado começou a ser demolido na última semana. A edificação foi construída pelo italiano, de Nápoles, Vicente Giffoni, que aqui chegou pelo porto do Acaraú e trabalhou no comércio local, durante o restante da sua vida. A suntuosa mansão foi, posteriormente, residência do empresário José Batista Rocha.

Um dos que se colocam contrário às modificações no prédio é o pesquisador de Acaraú, Totó Rios, que defende a preservação da história e da memória da cidade. O mesmo, que faz um trabalho de resgate histórico-cultural da cidade por meio do blog Acaraú Pra Recordar, bem como por meio da promoção de eventos, defende o tombamento dos prédios de relevância à memória local, como o casarão. Para Totó, é preciso “preservar às gerações do presente e do futuro, a característica do apogeu econômico dos ancestrais acarauenses", defendeu. Mas parece que seu sonho se esvai em nome do progresso.

O tombamento de prédios históricos de Acaraú já foi tema de debates na Câmara Municipal de Acaraú, inclusive com a proposta de projeto de lei no ano passado. A iniciativa dos alunos da Escola Estadual de Educação Profissional Marta Maria Giffoni de Sousa, juntamente com o Professor de História, Estevão Silveira que fizeram um extenso trabalho de levantamento patrimonial e histórico, apontando as edificações que deveriam ser tombadas e as devidas justificativas. Na sessão ordinária, realizada no ano passado na Escola Profissionalizante, foi apresentado o levantamento dos bens e a proposta de tombamento. O casarão que está passando por intervenções figura entre os prédios que deveriam ser tombados.

Enfim, será que tudo vale em nome do progresso?


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