Seminário no Ceará discute a identificação geográfica no Brasil
De 21 a 24 de agosto, especialistas de Portugal e Itália discutem com brasileiros a implantação do sistema na produção rural brasileira
Região da Costa Negra, no Ceará
O II Simpósio Internacional de Indicações Geográficas (IG), realizado em Fortaleza, no Ceará, vai oferecer palestras e minicursos, exposição de estandes de produtos de IG, apresentação de pôsteres sobre Propriedade Intelectual, Transferência de Tecnologia, Indicações Geográficas e tudo o que se relaciona à inovação. Na parte prática, haverá uma visita à região da Costa Negra, região próxima à Praia de Jericoacoara, onde se localiza o projeto da Denominação de Origem Camarão da Costa Negra. O encontro é realizado pelo Ministérrio da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), para incentivar a utilização de IG como forma de promover o desenvolvimento regional de forma sustentável e apresentar pesquisas recentes sobre o tema.
A indicação geográfica foi instituída por lei no Brasil em 1996 e é gerenciada pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). O Brasil tem hoje, 14 produtos certificados por IG, entre eles a panela de barro das Goiabeiras (ES), o café da Serra da Mantiqueira, queijo minas artesanal do Serro, doce de Pelotas (RS), capim dourado de Tocantins, e o camarão da Costa Negra do Ceará. O primeiro IG foi para os vinhos do Vale dos Vinhedos. O mais recente, o mármore de Cachoeiro de Itapemirim. Também são Indicações Geográficas registradas pelo Inpi o café do Cerrado Mineiro, a carne do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional, o couro acabado do Vale dos Sinos, a cachaça de Paraty, a manga e a uva do Vale do Submédio São Francisco, e os calçados de Franca.
Na Europa existem mais de 3 mil produtos agropecuários com certificados de IG. Funcionando como um certificado de origem que valoriza a produção regional do país, a Indicação Geográfica certifica e protege produtos tradicionais, oferecendo um diferencial competitivo.
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