segunda-feira, 18 de maio de 2009

Manoel Nicodemos Araújo-Acaraú

Poeta e historiador – nasceu em Bela Cruz, Ceará, a 10 de março de 1905. Filho de João Lopes de Araújo e dona Francisca Eucária da Silveira. Em Acaraú, representou o distrito de Bela Cruz, na Câmara Municipal, durante o período de 14 de março de 1928 a outubro de 1930, perdendo o cargo em virtude do movimento revolucionário, daquele ano.

Em 1936, foi eleito novamente vereador, assumindo até novembro de 1937, quando foi estabelecido o Estado Novo, pelo Presidente Getúlio Vargas. Durante vários anos foi Redator-Chefe do Jornal “O Acaraú”. Publicou seu primeiro soneto, intitulado Virgem da Conceição, no jornal “A Comuna”, edição de 15 de maio de 1923, editado na cidade de Acaraú.

Em 1933, juntamente com o amigo João Venceslau Araújo – Joca Lopes, funda em Bela Cruz o Jornal ALVORADA e uma pequena biblioteca. Estreou na literatura em 1935, com o livro de poemas “Harmonia Interior”, período em que o Brasil passava – política e socialmente – por uma série de transformações: Eleição de Getúlio Vargas, em 34.; sublevação comunista, em 35 – resultando, em 37, na dissolução do Congresso e na implantação do Estado Novo, que se estenderia até 45.

Escreveu valiosos trabalhos sobre a região norte do Ceará, notadamente, sobre Bela Cruz e Acaraú. É autor de 12 livros de poesias, 12 de história, com incursão pelo teatro, biografia e genealogia. Pertenceu a Academia Sobralense de Estudos e Letras, Academia Cearense de Letras, Academia de Letras Municipais do Brasil e a União Brasileira de Escritores. Faleceu na cidade de Acaraú, a 23 de junho de 1999, sendo sepultado no dia seguinte em Bela Cruz, sua cidade natal.

Fonte:
FREITAS, Vicente. Almanaque poético de uma cidade do interior. Bela Cruz: Tanoa Editora, 2004.

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